A Educação Permanente em Saúde (EPS) surge em meados da década de 1980 e foi disseminada pelo Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A EPS é uma abordagem que busca promover a formação contínua dos profissionais de saúde, indo além da educação continuada, considerada mais restrita. A Constituição Federal, em seu artigo 200, atribui ao Sistema Único de Saúde (SUS) a responsabilidade de organizar a formação dos recursos humanos na área da saúde. A Reforma Sanitária Brasileira reconheceu a formação profissional como fator essencial para o processo de consolidação do SUS. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/2003) assumiu a responsabilidade de formular políticas que orientam a gestão, formação, qualificação e regulamentação dos trabalhadores da saúde no Brasil. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), instituída pela Portaria MS/GM 198/2004, estabelece diretrizes para a implementação da EPS no país. A implementação dessa política implica em um trabalho articulado entre o sistema de saúde e as instituições de ensino, destacando a formação e o desenvolvimento para o SUS como construção da Educação Permanente em Saúde. A EPS é caracterizada pelo aprendizado no trabalho, onde a aprendizagem e o ensino são incorporados ao cotidiano das organizações e do trabalho. A PNEPS busca articular a proposta com os princípios e diretrizes do SUS, o cuidado integral em saúde e a construção da Rede de Atenção à Saúde.
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