A via das lectinas é uma das três vias de ativação do sistema complemento, juntamente com a via clássica e a via alternativa. Essa via é ativada pela ligação de proteínas chamadas lectinas a carboidratos presentes na superfície de microrganismos invasores. A ativação da via das lectinas começa com a ligação da lectina de ligação a manose (MBL) ou a ficolina a carboidratos específicos na superfície do patógeno. Essa ligação ocorre por meio dos domínios de reconhecimento de carboidratos presentes nas lectinas. Após a ligação da MBL ou ficolina, ocorre a ativação de uma enzima chamada MASP (manose-binding lectin-associated serine protease), que está associada à lectina. A MASP cliva proteínas do sistema complemento, como o C4 e o C2, gerando fragmentos ativos. Os fragmentos C4b e C2a se unem para formar a enzima C3 convertase, que cliva a proteína C3 em C3a e C3b. O fragmento C3b se liga à superfície do patógeno, marcando-o para fagocitose pelos macrófagos e neutrófilos. Além disso, o fragmento C3b também pode se ligar a outros componentes do sistema complemento, levando à formação do complexo de ataque à membrana (MAC) e à lise do patógeno. Em resumo, a via das lectinas do sistema complemento é ativada pela ligação de lectinas a carboidratos na superfície do patógeno, desencadeando uma cascata de reações que resultam na opsonização e lise do microrganismo invasor.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar