Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), foi um dos maiores nomes do anarquismo francês, filósofo, economista e fervoroso crítico do capitalismo, escrev...

Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), foi um dos maiores nomes do anarquismo francês, filósofo, economista e fervoroso crítico do capitalismo, escreveu O que é a propriedade? Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo, publicado em 1840, onde minutou a célebre frase “a propriedade privada é um roubo”, porque via na exploração da mão de obra por outro ser humano um roubo e defendia a propriedade dos meios de produção nas mãos dos trabalhadores. Apoiava as associações e cooperativas de trabalhadores, associação de trabalhadores e a propriedade coletiva dos meios de produção. Entendia que a revolução socialista viria pela organização dos trabalhadores de forma pacífica. Propôs a criação de um banco operário, com empréstimos aos trabalhadores sem a cobrança de juros. Foi o primeiro a assumir ser anarquista e definir a anarquia como o “o governo de cada um por si próprio”, entendia que a sociedade deveria ser conduzida pelas relações de trocas.

Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865)

Os socialistas franceses influenciaram em muito a obra de Karl Marx, a tal ponto de se tornarem amigos e travarem muitos debates sobre o socialismo. Marx questionava aqueles que denominou de “socialistas utópicos” por sentir falta de uma análise real e científica nas propostas de socialismo apresentada por eles. A principal crítica de Marx era em relação ao desprezo dos “socialistas utópicos” ao fato de não perceberem que o proletariado não estaria preparado para assumir o poder quando simplesmente fossem derrubados a classe dominante e as estruturas de dominação utilizadas por eles, inclusive o Estado.

Enquanto a proposta de Karl Marx e Friedrich Engels, descrita no Manifesto Comunista (1848) conclamava os trabalhadores do mundo para unirem-se e transformarem a sociedade, através do socialismo científico, os socialistas utópicos queriam a implantação de uma sociedade igualitária destituído do poder os capitalistas e passando-as aos trabalhadores.

Marx e Engels no Manifesto Comunista, destacam a luta antagônica e dicotômica existente entre trabalhadores e capitalistas e a revolta inevitável da classe trabalhadora contra a exploração capitalista e defendem que a emancipação da classe trabalhadora será realizada pela própria classe trabalhadora. Tendo em vista que o capitalismo seria um modo de produção a ser superado, haja vista à sua incapacidade de promover a melhoria das condições de vida de toda a população e de ser um sistema de concentração de riqueza nas mãos de poucos, estaria fadado a desaparecer, Marx e Engels propõem a destituição das formas capitalistas de produção e de poder com a instituição da ditadura do proletariado controlando os meios de produção. Através do controle do Estado, o proletariado prepararia toda a sociedade para o comunismo. Um modelo de sociedade igualitária posterior ao Modo de Produção Socialista.