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Leia o texto a seguir: Para compreender a doutrina fisiocrática será necessário ter presente (embora, como veremos, isso não baste) o modo como...

Leia o texto a seguir: Para compreender a doutrina fisiocrática será necessário ter presente (embora, como veremos, isso não baste) o modo como era constituída a economia francesa nessa época. Tratava-se de uma economia ainda predominantemente agrícola, encontrando-se a terra em grande parte nas mãos dos grandes proprietários fundiários; as actividades manufactureiras e comerciais das cidades muito raramente eram de tipo capitalista, sendo nelas dominantes as formas artesanais. Por outro lado, o capital havia já penetrado significativamente no campo, sobretudo na França setentrional, onde o trabalhador agrícola, era, a maior parte das vezes, um trabalhador assalariado; inversamente, no Sul, o trabalho agrícola era predominantemente não assalariado, sendo a sua produtividade (veremos de que modo esta produtividade era determinada e medida pelos fisiocrátas) bastante inferior à produtividade dos trabalhadores agrícolas assalariados do norte do país. Relativamente a esta estrutura económica, o discurso fisiocrático centrava-se nos dois pontos seguintes: por um lado, o confronto entre os dois níveis diferentes de produtividade das duas partes da economia agrícola francesa constituía a base da tese segundo a qual a condução capitalista da agricultura fornece, na agricultura, a organização óptima do processo produtivo; por outro lado, o carácter dominante das formas artesanais nas manufacturas citadinas era considerado como a manifestação de um carácter intrinsecamente não capitalista destas actividades económicas. Fonte: NAPOLEONI, C. O valor na ciência econômica. Lisboa: Presença, 1977. p. 10-1123 Com base em suas leituras e no texto acima explique a relação entre o quadro econômico dos fisiocratas (Quesnay) e o motivo dessa escola considerar a manufatura como uma atividade improdutiva.

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A doutrina fisiocrática, desenvolvida por François Quesnay, considerava a manufatura como uma atividade improdutiva devido à sua visão de que apenas a agricultura era capaz de gerar riqueza real na economia. Segundo os fisiocratas, a agricultura era a única atividade capaz de produzir excedentes e gerar valor econômico, enquanto as atividades manufatureiras eram vistas como meras transformações de produtos agrícolas, sem criar valor adicional. Essa visão estava fundamentada na estrutura econômica da França na época, em que a agricultura era predominante e a terra estava concentrada nas mãos dos grandes proprietários fundiários. As atividades manufatureiras e comerciais eram em sua maioria de caráter artesanal, com pouca presença do capitalismo. Os fisiocratas acreditavam que a agricultura era a única atividade capaz de gerar excedentes e, portanto, consideravam as manufaturas como improdutivas, pois não contribuíam diretamente para a criação de riqueza na economia. É importante ressaltar que essa visão dos fisiocratas foi contestada posteriormente por outras correntes econômicas, que reconheceram a importância das atividades manufatureiras e comerciais no desenvolvimento econômico.

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