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“Por um lado, na formação, em Psicologia, deveríamos aprender a história dos objetos de estudo, dos métodos e das técnicas psicológicas como forma ...

“Por um lado, na formação, em Psicologia, deveríamos aprender a história dos objetos de estudo, dos métodos e das técnicas psicológicas como forma de compreender como tais elementos compõem o presente. Isso tenderia à direção de produzir uma formação, potencialmente mais crítica, dos futuros psicólogos, já que, ao longo do tempo, eles perceberiam a maneira como os variados modelos de Psicologia se produziram. Por outro, só seria possível alimentar tal ensino se pudéssemos fomentar o campo da pesquisa em História da Psicologia. Assim, deveríamos pesquisar as formas pelas quais a Psicologia se constituiu como um campo do saber e uma profissão, ao longo do tempo, dialogando com diferentes condições intelectuais, econômicas, sociais e outras. Ou seja, os argumentos operam a partir da importância de ensinarmos o passado da Psicologia (sua história) para uma formação crítica do psicólogo, o que só seria possível pela pesquisa historiográfica da Psicologia (a História da Psicologia).” (MOTA; CARA; MIRANDA, 2018, p. 1050-1051)

Fonte: MOTA, Ana Maria Del Grossi Ferreira; CARA, Bianca dos Santos; MIRANDA, Rodrigo Lopes. História da Psicologia, por quê?. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 18, n. spe, p. 1049-1067, dez. 2018 .  Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2022.

Apesar de ter nascido entre os séculos XVIII e XIX, a evolução da Psicologia decorre de um processo mais longo, estudado por pesquisadores da história dessa ciência. Nesse contexto, julgue as proposições a seguir:

I - A evolução da Psicologia contou com três marcos: interlocuções com o conhecimento filosófico, religioso e científico.

II - Os filósofos gregos foram os primeiros que tentaram sistematizar a Psicologia, uma vez que essa palavra, em sua origem etimológica, significa “estudo da alma”, a qual foi tema de reflexões de Sócrates e Aristóteles, por exemplo.

III - Na Idade Média, o estudo do psiquismo tornou-se monopólio da Igreja Católica, desse modo, era tratado como assunto divino.

IV - Santo Agostinho buscava distinguir essência e existência, concedendo a Deus o poder único de reuni-las, ao passo que São Tomás de Aquino defendia que a alma era a manifestação divina no ser humano.

V - Descartes concordava com Platão a respeito da ideia de separação entre corpo e alma, o que abriu espaço para os estudos em mortos (antes a Igreja os proibia por considerar os corpos sagrados) e o consequente desenvolvimento da Anatomia e da Fisiologia.


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Com base no trecho fornecido, podemos julgar as proposições da seguinte forma: I - A evolução da Psicologia contou com três marcos: interlocuções com o conhecimento filosófico, religioso e científico. Verdadeiro. A evolução da Psicologia envolveu diálogos e influências desses três campos de conhecimento. II - Os filósofos gregos foram os primeiros que tentaram sistematizar a Psicologia, uma vez que essa palavra, em sua origem etimológica, significa “estudo da alma”, a qual foi tema de reflexões de Sócrates e Aristóteles, por exemplo. Verdadeiro. Os filósofos gregos, como Sócrates e Aristóteles, fizeram reflexões sobre a alma e contribuíram para os primeiros estudos sistemáticos da Psicologia. III - Na Idade Média, o estudo do psiquismo tornou-se monopólio da Igreja Católica, desse modo, era tratado como assunto divino. Verdadeiro. Durante a Idade Média, a Igreja Católica detinha o controle sobre o estudo do psiquismo, considerando-o como um assunto divino. IV - Santo Agostinho buscava distinguir essência e existência, concedendo a Deus o poder único de reuni-las, ao passo que São Tomás de Aquino defendia que a alma era a manifestação divina no ser humano. Verdadeiro. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino tiveram abordagens diferentes em relação à alma e sua relação com Deus. V - Descartes concordava com Platão a respeito da ideia de separação entre corpo e alma, o que abriu espaço para os estudos em mortos (antes a Igreja os proibia por considerar os corpos sagrados) e o consequente desenvolvimento da Anatomia e da Fisiologia. Falso. Descartes defendia a ideia de dualismo, que separava mente e corpo, mas não concordava com a visão de Platão sobre a alma. A abertura para estudos em cadáveres e o desenvolvimento da Anatomia e Fisiologia ocorreram em um contexto posterior, não diretamente relacionado às ideias de Descartes. Portanto, as proposições I, II, III e IV são verdadeiras, enquanto a proposição V é falsa.

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