A educação possui um papel fundamental na transmissão de valores e saberes. De acordo com estudos, a educação formal acaba legitimando padrões de d...

Os estudos mencionados pelos autores Passos, Rocha e Barreto (2001) apontam que a educação formal acaba legitimando padrões de dominação masculina. Isso ocorre porque a escola, como instituição social, reflete e reproduz as desigualdades de gênero presentes na sociedade. Entre as características apresentadas pelos autores, podemos destacar: 1. A invisibilidade das mulheres na história: a história ensinada nas escolas muitas vezes é contada a partir de uma perspectiva masculina, deixando de lado a contribuição das mulheres para a sociedade. 2. A segregação de gênero em determinadas áreas do conhecimento: algumas áreas do conhecimento, como ciências exatas e tecnologia, são vistas como "coisas de menino", enquanto outras, como as artes e a literatura, são vistas como "coisas de menina". Isso acaba reforçando estereótipos de gênero e limitando as escolhas das crianças e jovens. 3. A reprodução de papéis de gênero estereotipados: a escola muitas vezes reforça papéis de gênero estereotipados, como a ideia de que meninos devem ser agressivos e competitivos, enquanto meninas devem ser dóceis e submissas. Isso acaba limitando as possibilidades de expressão e desenvolvimento das crianças e jovens. 4. A falta de representatividade de mulheres em cargos de liderança: a falta de representatividade de mulheres em cargos de liderança na escola acaba reforçando a ideia de que as mulheres não são capazes de ocupar esses espaços. Isso pode desencorajar as meninas a buscarem posições de destaque no futuro. É importante destacar que essas características não são universais e podem variar de acordo com o contexto social e cultural em que a escola está inserida. No entanto, é fundamental que a escola esteja atenta a essas questões e trabalhe para promover a igualdade de gênero e o respeito à diversidade.