(ENADE, 2005 - Adaptado) A respeito dos estudos comparativos, a resposta de Weber foi a elaboração de “tipos ideais”, que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heurístico, sobre o qual era possível aplicar a comparação. Nas suas explicações históricas comparadas, Weber rejeita sempre a hipótese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das comparações em Weber provém das suas construções empíricas dos processos de indução e de introspecção mais do que de uma verificação causal de hipóteses.
Paola Rebughini. A comparação qualitativa de objetos complexos e o efeito da reflexividade. In: Alberto Melluci (org.) Por uma sociologia reflexiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, p. 242 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, assinale a opção correta a respeito de “tipos ideais”, segundo a formulação proposta por Max Weber.
a.
A comparação não é essencial para a construção dos “tipos ideais”.
b.
Os “tipos ideais” são construídos essencialmente a partir da verificação causal de hipóteses.
c.
Os “tipos ideais” não permitem uma explicação histórica.
d.
Os “tipos ideais” não são construções empíricas.
e.A causalidade única é a base dos “tipos ideais ?
A alternativa correta é a letra d) "Os 'tipos ideais' não são construções empíricas." Segundo a formulação proposta por Max Weber, os "tipos ideais" são construções teóricas, generalizantes e abstratas, que não correspondem a nenhum caso empírico específico, mas que servem como um modelo heurístico para a comparação e análise de casos concretos.
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