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Analise o caso que segue: EUCLIDES DA CUNHA é denunciado como incurso no artigo 33, caput, cumulado com o artigo 40, inciso V, ambos da Lei n. 11....

Analise o caso que segue:

EUCLIDES DA CUNHA é denunciado como incurso no artigo 33, caput, cumulado com o artigo 40, inciso V, ambos da Lei n. 11.343⁄2006. Segundo a inicial acusatória, o denunciado foi preso em flagrante por transportar em caminhão Mercedes Benz L 1316, placas descritas na peça exordial, na Rodovia MS 276, Km 148, na cidade de Ivinhema/MS, 8.410 (oito mil, quatrocentos e dez quilos), disfarçados em 186 sacos de aveia.

O denunciado confessa que foi contratado por terceira pessoa não identificada para transportar a droga da cidade de Amambai/MS até São Paulo/SP. Além disso, constata-se que o município de Amambai⁄MS situase na chamada microrregião de Dourados do Estado de Mato Grosso do Sul, que pertence à faixa de fronteira com o Paraguai (aproximadamente 50 km).

O denunciado é primário e não há comprovação de que possui maus antecedentes.

Pergunta-se:

A) Na hipótese, é possível o reconhecimento da majorante prevista no inciso V, do artigo 40, da Lei n. 11.343⁄2006?
Fundamente, expondo o posicionamento dominante do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. (1,0 ponto)

B) No caso em tela, é possível a aplicação da minorante prevista no parágrafo 4°, do artigo 33, da Lei n. 11.343⁄2006?
Fundamente, explicando a posição jurisprudencial dominante. (1,0 ponto).


A) Sim, a majorante prevista no inciso V, do artigo 40 está prevista no caso elencado. O STJ entende que para a majorante ser efetivada no processo o fato concreto de ultrapassar as fronteiras estaduais tem que ser efetivamente realizada pelo o indivíduo, assim seguindo a letra da lei, porém o STF depois de muita análise e alguns julgados entende que o simples fato da intenção de ultrapassar as fronteiras já viabilizar a majorante no processo, claro que com provas fundadas dessa intenção do tráfico interestadual.
B) Sim, no caso evidenciado no acima temos em destaque que o réu tem bons antecedentes e não participa de maneira mais enérgica no mundo do crime, mas temos também a quantidade grande aprendida de drogas com o criminoso, mas o entendimento jurisprudencial após analisar fatos parecidos entendeu como inconstitucional não viabilizar a minorante pela quantidade de drogas, se o criminoso se encaixa perfeitamente do artigo que atenua sua pena.

Essa pergunta também está no material:

'AV2_-_Direito_Penal_-_Legislacao_Extravagante'
4 pág.

Direito Processual Penal I Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

💡 1 Resposta

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A) Sim, é possível o reconhecimento da majorante prevista no inciso V, do artigo 40, da Lei n. 11.343/2006, pois o transporte de drogas interestadual configura tráfico internacional de drogas, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que a intenção de transportar drogas interestadualmente já é suficiente para a configuração da majorante, desde que haja provas concretas dessa intenção. B) Não, no caso em questão não é possível a aplicação da minorante prevista no parágrafo 4°, do artigo 33, da Lei n. 11.343/2006, pois a quantidade de drogas apreendida é muito grande (8.410 kg), o que afasta a possibilidade de aplicação da minorante, conforme entendimento jurisprudencial dominante. No entanto, é importante ressaltar que o réu é primário e não possui maus antecedentes, o que pode ser considerado na dosimetria da pena.

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