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Paulo alienou sua casa localizada na Alameda Raiz, 666, a Rafael, no ano de 1987. Todavia, a transferência não foi registrada no respectivo Cartó...

Paulo alienou sua casa localizada na Alameda Raiz, 666, a Rafael, no ano de 1987. Todavia, a transferência não foi registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis e, após cerca de trinta e cinco anos, sem que Rafael tenha se mudado para o imóvel, ele veio a falecer de maneira inesperada. Neste ínterim, nem Paulo nem Rafael realizaram o pagamento do IPTU do imóvel, de forma que se acumulou montante bastante significativo. Preocupados com a situação do imóvel e a dificuldade enfrentada pelo mercado imobiliário, os herdeiros de Rafael buscam orientações advocatícias sobre suas possibilidades para contornar o problema da assunção das dívidas de IPTU. Em paralelo, a atual residência de Paulo fora desapropriada para a construção de uma estação de metrô da linha amarela. Depois de certo tempo, no entanto, mudou-se a rota do metrô e deu-se início à construção de um parque ecológico estadual na região. Considerando os baixos valores pagos no processo de desapropriação, Paulo não tem provisões para comprar uma nova casa em bairro do mesmo nível de outrora. Assim, ele busca aconselhamento jurídico para verificar a possibilidade de (i) pedir a anulação da desapropriação realizada, que não teria observado seu escopo inicial (ii) dada a ausência de registro do imóvel alienado a Rafael, requerer a devolução da residência e do respectivo valor pago à época, atualizado até a presente data. Com o caso prático em mente, responda: a) Como advogado dos herdeiros de Rafael, qual seriam as opções que lhes apresentaria e sob quais justificativas? b) Como advogado de Paulo, você indicaria que ele entrasse com as ações que pretende? Por quê?

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a) Como advogado dos herdeiros de Rafael, apresentaria as seguintes opções: - Requerer a abertura de inventário para que possam ser identificados todos os bens deixados por Rafael, inclusive o imóvel objeto da alienação por Paulo; - Verificar se há possibilidade de requerer a anulação da alienação do imóvel por Paulo, tendo em vista a ausência de registro no Cartório de Registro de Imóveis; - Caso não seja possível a anulação da alienação, buscar a responsabilização de Paulo pelo pagamento das dívidas de IPTU, tendo em vista que ele era o proprietário do imóvel à época da alienação. b) Como advogado de Paulo, não indicaria que ele entrasse com as ações que pretende. Quanto à desapropriação, a anulação é uma medida excepcional e somente é possível em casos muito específicos, o que não parece ser o caso apresentado. Quanto à alienação do imóvel, a ausência de registro no Cartório de Registro de Imóveis não implica na devolução do imóvel e do valor pago à época, atualizado até a presente data. Além disso, Paulo não é mais o proprietário do imóvel, tendo em vista que o alienou a Rafael.

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