No dia 15 de maio de 2018 foi publicado no Diário Oficial da União a Lei 13.663/2018, que atribui as escolas a promoção da cultura da paz e medidas...

No dia 15 de maio de 2018 foi publicado no Diário Oficial da União a Lei 13.663/2018, que atribui as escolas a promoção da cultura da paz e medidas de conscientização, prevenção e combate a diversos tipos de violência. O projeto aprovado acrescenta dois incisos ao art. 12 da LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para determinar que todos os estabelecimentos de ensino terão como incumbência promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, “especialmente a intimidação sistemática (bullying)” e ainda estabelecer ações destinadas a “promover a cultura de paz nas escolas”. (BRASIL, 2018). De acordo com o Art. 3º da Lei n° 13.185/15, voltada para a contenção do Bullying no território nacional, salienta que a intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada como: verbal, moral, sexual, social, psicológica, física, material e virtual. (BRASIL, 2015) A violência na escola afeta os alunos, os professores e a família, o que tem gerado preocupação na sociedade (ABRAMOVAY, 2003 apud TORO et al., 2010). Para auxiliar no enfrentamento do bullying escolar o profissional de psicologia, se faz necessário e importante, juntamente com a equipe diretiva e equipe pedagógica. Freire e Aires (2012) apontam que o profissional de psicologia é aquele que desenvolverá o trabalho de prevenção e enfrentamento da violência no ambiente escolar, articulando espaços que beneficiem o diálogo e favoreça relações sociais mais sadias na comunidade escolar. Portanto, o psicólogo poderá intervir com os pais, alunos professores, equipe pedagógica, funcionários em geral da escola utilizando-se de recursos como palestras, oficinas, com apoio de equipe multidisciplinar inserindo o tema bullying com material informativo, e promoção de campanhas antibullying. * Você é o (a) psicólogo (a) escolar da Escola Princesa Isabel. A professora do 5º ano do Ensino Fundamental I, trouxe ao seu conhecimento o caso do aluno José de 11 anos. O aluno no primeiro bimestre se destacava em todas as atividades propostas pela escola, seja dentro ou fora da sala de aula, no entanto, no segundo bimestre sua frequência é irregular; quando presente fica mais isolado demonstrando tristeza e teve queda no rendimento escolar. Mediante o relato da professora, verificação da frequência de João na escola, do desempenho acadêmica nas disciplinas e de observações, você comunicou o caso a direção e equipe pedagógica, e decidem convidar os pais para uma reunião. Sendo o responsável por conduzir a reunião, no momento que questionou os pais sobre os motivos de João estar faltando as aulas, relataram que o filho às vezes não quer vir à escola, porque tem recebido apelidos ofensivos referentes à aparência física, como: saco de areia, baleia, rolha de poço, balde de banha, e por gostar de brincar com as meninas, chamam ele de bicha, ou comentários como: olha como ele anda? Para de rebolar! etc. Ao serem questionados por que não haviam procurado a escola, para falar que João está provavelmente sofrendo bullying, eles relataram que isso acontecia quando eles foram alunos, e que era coisa de criança, que passaria. ** Considerando o texto e o caso apresentado, faça o que se pede nos itens a seguir. - Aponte de acordo com a classificação da Lei n° 13.185/15, as duas formas de intimidação sistemática (bullying) que João vem sofrendo na escola e justifique-as. - Descreva uma ação de intervenção dirigida a resolução do caso de bullying vivido por João tendo como diretriz a Lei 13.185/2015, conhecida como Lei Antibullying, que estabelece medidas de prevenção e combate ao bullying nas escolas e uma para o seu baixo rendimento acadêmico. - Apresente três ações de prevenção ao bullying que você irá propor à direção da escola Princesa Isabel, destacando o público-alvo, a ação e a descrição da ação.