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Leia o artigo de Flavia Boggio, publicado na Folha de S. Paulo.                                                            Novos termos da era digi...

Leia o artigo de Flavia Boggio, publicado na Folha de S. Paulo.
                                                           Novos termos da era digital
Por que usar ‘gosthing’ e ‘shade’ se temos palavras melhores em português?
A língua portuguesa já mudou bastante ao longo do tempo e continua em transformação.
Cada região, sexo, grupo social e faixa etária cria seus próprios termos e expressões. Outros, aparentemente, surgiram da cultura das redes, em especial
nos populares aplicativos de relacionamento.
O namoro, ou a �cada, como nossos antepassados chamavam, tornou-se um universo de múltiplas camadas, que confundem qualquer astrofísico.
Hoje, existem crush, contatinho, �cante premium e �cante platinum unlimited.
Muitos desses termos, no entanto, batizam ações praticadas antes da Idade da Pedra Polida. E têm nomes muito melhores em português.
Ghosting, por exemplo, expressão derivada de ghost — fantasma, em inglês — é usada para o ato de uma pessoa, durante um relacionamento,
simplesmente sumir, sem deixar pistas. O que poucos falam é que nossas avós já chamavam de dar no pé, chá de sumiço, saiu para comprar cigarro e
nunca voltou ou "ele, o boto".
Jogar um shade, que é usado para quando se humilha alguém sem deixar claro, já era conhecido como dar uma indireta, passivo agressivo ou, como
nossas avós chamavam antes, dar tapa com luva de pelica.
O mansplaining, por exemplo, usado quando o homem explica algo a uma mulher sem ela ter solicitado, é o macho palestrinha, ou homem enxerido,
como diziam os incas.
Já o manspreading, que de�ne o ato de o homem ocupar um espaço maior do que deveria, como abrir as pernas ao se sentar, era chamado pelos
medievais de macho folgado ou homem com caxumba.
O termo mooning, referente ao modo “não perturbe” do celular, usado quando alguém dá uma desaparecida, é o famoso dar um tempo, como falado
pelos antigos persas.
Bropriating, que consiste na prática masculina de se apropriar de ideias de mulheres, é praticado desde os tempos dos hebreus, que chamavam de
plágio mesmo, ou coisas como xerocar e kibar.
Já o zombieing, oriunda de zombie — zumbi, em português —, é utilizada para quando a pessoa que deu um ghosting, reaparece e volta a mandar
mensagens, ressurgida dos mortos. É o famoso “oi, sumida”, usado no tempo dos fenícios.
Para quem acha esses novos termos uma grande de uma idiotice, foi criado o termo cringe, que os neandertais já chamavam de pessoa presa ao
passado e velho ranzinza.

BOGGIO, F. Novos termos da era digital. Folha de S. Paulo, 20 jul. 2023, p. C9.

 Com base na leitura, avalie as a�rmativas.
I. De acordo com a autora, a inclusão de termos estrangeiros moderniza e enriquece a língua portuguesa, pois contribui para a inserção do
Brasil na era digital.
II. Ao fazer referência a povos antigos, como “persas”, “fenícios” e “incas”, a autora tem por objetivo criticar aqueles que não aceitam o uso dos
estrangeirismos e impedem a evolução da língua portuguesa.
III. O objetivo do texto é criticar a invasão de termos estrangeiros na nossa língua, estimulada pelo uso em redes sociais, lembrando que
existem termos em português que expressam as mesmas ideias.
É correto o que se a�rma apenas em

c. III.

I. De acordo com a autora, a inclusão de termos estrangeiros moderniza e enriquece a língua portuguesa, pois contribui para a inserção do Brasil na era digital.
II. Ao fazer referência a povos antigos, como “persas”, “fenícios” e “incas”, a autora tem por objetivo criticar aqueles que não aceitam o uso dos estrangeirismos e impedem a evolução da língua portuguesa.
III. O objetivo do texto é criticar a invasão de termos estrangeiros na nossa língua, estimulada pelo uso em redes sociais, lembrando que existem termos em português que expressam as mesmas ideias.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

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10 pág.

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Respostas

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A alternativa correta é a letra c) III. O objetivo do texto é criticar a invasão de termos estrangeiros na nossa língua, estimulada pelo uso em redes sociais, lembrando que existem termos em português que expressam as mesmas ideias. As outras afirmativas estão incorretas, pois a autora não defende a inclusão de termos estrangeiros para modernizar a língua portuguesa (afirmativa I) e nem faz referência a povos antigos para criticar aqueles que não aceitam o uso de estrangeirismos (afirmativa II).

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