O contexto de emergência do segundo paradoxo apontado por Perrone-Moisés é a busca de uma identidade latino-americana que se diferencie da Europa. O paradoxo em questão é que, para afirmar-se, o nacionalismo acaba por rejeitar o outro e, assim, tende ao racismo. A mestiçagem, por sua vez, é apresentada como uma ideologia que, ao se defrontar com o problema da definição dos limites na acolhida da alteridade, pode se apresentar como racismo disfarçado. Alguns intelectuais, na busca por uma identidade totalmente liberada da Europa, chegaram a um racismo antibranco, declarando que Argentina e Uruguai eram demasiadamente europeus para serem considerados América Latina.
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