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(Fuvest 2018) Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo...

(Fuvest 2018)
Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou
menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo diferente do Oriente muçulmano,
mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a
civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no
Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das
árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem
impiedosamente.
LEGOFF, J. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.

Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, pode-se afirmar que:


A) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica.
B) a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que abundavam nas formações sociais islâmicas.
X C) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental.
D) a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval.
E) a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã.
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Exercícios Para o Aprendizado

há 2 anos

Respostas

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há 5 meses

Vamos analisar as alternativas uma a uma para encontrar a correta: A) O cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica. - Esta afirmação é verdadeira, pois o cristianismo realmente teve um forte desenvolvimento em áreas rurais, enquanto o Islã surgiu em um contexto urbano. B) A Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que abundavam nas formações sociais islâmicas. - Essa afirmação é exagerada e não reflete a complexidade das sociedades cristãs medievais, que também tinham cidades e comércio. C) O clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental. - Essa afirmação é confusa, pois o clero cristão não combateu práticas pagãs muçulmanas, já que o Islã é uma religião monoteísta e não tem práticas pagãs. D) A expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval. - Essa afirmação é verdadeira, pois a expansão islâmica realmente buscou aumentar a produção agrícola, enquanto no Ocidente medieval havia uma preservação maior das florestas. E) A concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã. - Essa afirmação é um tanto simplista e não reflete as diferenças significativas entre as duas civilizações. Após essa análise, a alternativa que melhor se encaixa no contexto apresentado é a A), pois descreve corretamente a origem do cristianismo e do Islã.

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há 2 anos

A alternativa correta é a letra C) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental. O texto apresenta uma comparação entre a Cristandade e o Oriente muçulmano, destacando as diferenças entre as duas regiões. No trecho em questão, o autor destaca que, na Cristandade, a religião cristã cresceu em detrimento das árvores, que eram vistas como refúgio dos gênios pagãos. O clero cristão, portanto, combateu as práticas pagãs que eram arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental.

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Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a 'revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá- Lo de forma visível'. Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada 'crise iconoclasta'. Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o(a):


A) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.
B) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo- se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz.
C) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira.
D) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses.
E) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar.

O neoplatonismo pode ser compreendido, de modo geral, como uma Filosofia baseada em uma estrutura hierárquica que tem como princípio o Uno, razão pela qual também é conhecido como uma henologia e tem em Plotino seu grande representante. Assinale a opção que caracteriza corretamente o sistema plotiniano em relação à sua estrutura hierárquica do ser.


A) O Uno é a primeira hipóstase, entendida como a realidade imanente ao mundo, que explica sua multiplicidade, sendo, ao mesmo tempo, incorpóreo.
B) O Nous ou Espírito é o princípio que está além do ser e da essência, pois é a inteligência que pensa a totalidade dos inteligíveis.
C) A processão é o princípio que explica como do Uno provém o múltiplo, já que o Uno é atividade autoprodutora.
D) A Alma é a terceira hipóstase do sistema plotiniano, concebida como corpórea por ser a razão das coisas sensíveis.
E) Como tudo procede do Princípio, ao homem é dada a experiência inata e imediata da união mística com o divino, que elimina o mistério e revela a realidade última do mundo.

Leia o trecho abaixo:

“Nessa circunstância, surgiu um novo movimento no seio da Igreja primitiva, o dos
chamados ______________, cujos alvos eram os imperadores ou a massa do povo romano.
Podendo ser considerados como os primeiros teólogos cristãos, esses pensadores
fundamentaram sua fé em Deus e sistematizaram os conteúdos teológicos na forma da
dialética ou do diálogo [...]”
(MELO, J. J. P. Padres apostólicos e apologistas: a construção de uma paideia cristã.
Revista Inclusiones, v. 07, abr.-jun., p. 19-28, 2020).
Assinale a alternativa que completa a lacuna e que tem a explicação correta sobre a expressão:


A) padres apologistas; defendiam o cristianismo como uma prática religiosa e filosófica avançada em relação às considerações filosóficas oriundas de uma matriz greco-romana.
X B) padres apostólicos; eram um grupo de teólogos cristãos lidarados por Guilherme de Ockham.
C) padres apostólicos; eram teólogos cristãos centrais na expansão do judaísmo.
D) padres apologistas; defendiam o cristianismo contemporâneo pautado na liberdade dos povos em relação aos imperadores romanos.
E) padres apologistas; faziam apologia dos deuses greco-romanos, contrariando o Papa.

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