Sim, o STF tem a prerrogativa de rever seus posicionamentos em controle abstrato de constitucionalidade. Isso porque a Constituição Federal prevê que a decisão em ação direta de inconstitucionalidade produzirá efeitos erga omnes e vinculantes, mas não impede que o próprio STF, em outro momento, reavalie a questão e modifique seu entendimento. No entanto, essa revisão deve ser feita com base em argumentos jurídicos consistentes e não pode ser feita de forma arbitrária ou por pressão política. Além disso, é possível que o STF, ao rever seu posicionamento, decida pela modulação dos efeitos da decisão anterior, a fim de preservar a segurança jurídica e a estabilidade das relações jurídicas estabelecidas com base na decisão anterior. O art. 927, § 3º, do CPC/15 prevê que a modulação dos efeitos da decisão deve ser feita em casos excepcionais e mediante a observância dos princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
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