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João utiliza todos os dias, para retornar do trabalho para sua casa, no Rio de Janeiro, o ônibus da linha “A”,  operado por Ômega Transportes Rodov...

João utiliza todos os dias, para retornar do trabalho para sua casa, no Rio de Janeiro, o ônibus da linha “A”,  operado por Ômega Transportes Rodoviários Ltda. Certo dia, o ônibus em que João era passageiro colidiu frontalmente com uma árvore. A perícia concluiu que o acidente foi provocado pelo motorista da sociedade empresária, que dirigia embriagado. Diante disso, João  pro pôs ação de indenização por danos materiais e morais em face de Ômega Transportes Rodoviários Ltda. O Juiz julgou procedentes os pedidos  para condenar a  ré a pagar a João a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil  reais), a título de danos materiais, e mais R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para compensar os danos morais sofridos. Na fase de cumprimento de sentença, constatada a insolvência  da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, o Juiz deferiu o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, procedendo à penhora, que recaiu sobre  o  patrimônio dos sócios Y  e Z.

Diante das informações apresentadas, pode-se concluir que se operou a coisa julgada? Justifique, explicando a diferença entre coisa julgada formal e coisa julgada material e apresentando os fundamentos legais.

💡 1 Resposta

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Não se operou a coisa julgada. A coisa julgada é a decisão judicial que não pode mais ser modificada, ou seja, é a decisão final e definitiva do processo. No caso apresentado, a sentença foi proferida, mas ainda não houve o trânsito em julgado, ou seja, ainda cabe recurso. A diferença entre coisa julgada formal e coisa julgada material é que a coisa julgada formal é a decisão que não pode mais ser modificada dentro do mesmo processo, enquanto a coisa julgada material é a decisão que não pode mais ser modificada em nenhum outro processo, ou seja, é a decisão definitiva e imutável. Os fundamentos legais para a coisa julgada estão previstos no artigo 502 do Código de Processo Civil, que estabelece que "denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso". Já a coisa julgada formal está prevista no artigo 504 do mesmo código, que estabelece que "denomina-se coisa julgada formal a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão, não podendo ser mais objeto de recurso, seja qual for o seu conteúdo".

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