Na situação hipotética apresentada, João elaborou um testamento nomeando a irmã Virgínia como tutora de sua filha Luana e destinando um imóvel equivalente a 70% de seu patrimônio para a irmã. No entanto, dois anos após a elaboração do testamento, Ricardo ingressou com uma ação de investigação de paternidade contra João e esta foi julgada procedente, mas o juiz se omitiu quanto à inclusão do nome de João no registro de nascimento de Ricardo, mesmo tendo sido tal pedido deduzido na inicial. Meses depois, João faleceu. Nesse caso, como João já possuía um herdeiro necessário (Ricardo), o testamento será cumprido. No entanto, como João ultrapassou o limite da liberdade de dispor, atingindo a legítima dos herdeiros necessários, haverá a redução das disposições testamentárias, nos termos do art. 1.967 do Código Civil. Isso significa que a irmã Virgínia receberá apenas a parte que exceder a metade disponível do patrimônio de João, enquanto a outra metade será destinada aos herdeiros necessários, incluindo Ricardo.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Direito de Família e Sucessões
•UNINOVE
Compartilhar