Sim, a utilização da vogal temática masculina "o" como forma de neutralidade pode ser considerada uma forma de discriminação, pois mantém a estrutura masculinizada da língua portuguesa e inferioriza todos aqueles que não se encaixam nesse padrão, ou seja, o modelo masculino. Essa estrutura da língua demonstra que, na sociedade em que vivemos, o único agente que importa estar em destaque é o homem, na hegemonia da sua presença na história, na linguagem da história e nas formas implícitas dessa hegemonia, sendo este "homem universal" realmente um homem branco, europeu, autóctone, judaico-cristão.
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Língua Portuguesa, Poder e Diversidade Cultural
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