Maricota tem 2 anos de idade e é filha de Gian e Brenda, que permaneceram casados por 7 anos. O casal divorciou-se e foi determinada a guarda compartilhada de Maricota, que, no entanto, dada sua tenra idade, residirá e permanecerá por mais tempo na casa de Brenda. Os pais de Maricota ainda não se compuseram acerca do valor de pensão alimentícia e pretendem fazê-lo em breve. Gian sugeriu que optassem pela arbitragem, em substituição ao Poder Judiciário, para a deliberação acerca da pensão fixada em benefício de Maricota.
Diante desse caso hipotético, responda se o procedimento de arbitragem é cabível e indique a justificativa argumentativa e legal para tanto.
Sim, é cabível o procedimento de arbitragem para a deliberação acerca da pensão alimentícia fixada em benefício de Maricota. A Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96) prevê que as partes podem submeter a solução de conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis a árbitros, desde que haja acordo entre elas. A pensão alimentícia é um direito patrimonial disponível, ou seja, pode ser objeto de acordo entre as partes. Além disso, a Lei nº 13.140/15, que dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias, prevê que a mediação e a arbitragem podem ser utilizadas para a solução de conflitos que versem sobre direitos disponíveis. Assim, desde que haja acordo entre Gian e Brenda para a utilização da arbitragem como meio de solução da controvérsia acerca da pensão alimentícia de Maricota, o procedimento é cabível.
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Negociação, Mediação, Conciliação e Arbitragem
•FMU
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