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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
 
Estudante: BÁRBARA M. VALLADÃO 
Disciplina: MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM 
Turma: 0124-2 
 
Com base na sua avaliação do relatado no acórdão do STJ, elabore um texto dissertativo em que 
você discorra, de forma fundamentada, sobre aspectos relevantes da mediação e arbitragem na 
solução de conflitos, articulando a sua análise aos eventos descritos na situação apresentada. 
 
INTRODUÇÃO 
O Poder Judiciário Brasileiro atua continuamente na resolução de conflitos litigiosos causados por 
problemas muitas das vezes semelhantes, causando a morosidade da máquina pública. O 
“engarrafamento” de processos e causas na justiça causa demora na resolução da lide, podendo levar 
anos para que seja proferida sentença acerca de uma questão simples de solucionar. Diante deste 
cenário, os métodos alternativos de resolução de conflitos atuam como escape para as partes, podendo 
solucionar suas questões através do meio extrajudicial e contribuir para o desafogamento do poder 
público. Regidas por suas próprias legislações, a mediação (Lei nº 13.140/2015) e a arbitragem (Lei nº 
9.307/1996) atuam como intermediadoras das partes para que seja reestabelecida a comunicação e 
elas cheguem a um acordo comum e resolvam a lide de forma mais rápida do que seria resolvida pelo 
meio judicial. No entanto, a arbitragem pode apresentar-se mais onerosa que o meio judicial, porém, 
cumpre seu objetivo. 
 
 
PARTE 1 
No caso do contrato de concessão para exploração e produção de petróleo e gás natural celebrado 
entre a ANP e a Petrobras, destaca-se a presença de uma cláusula (Cláusula 34º, fl. 62-64) 
determinando que no caso de conflitos decorrentes ou relacionados ao referido contrato, as partes 
deverão buscar resolver amigavelmente através de procedimento de conciliação ou arbitragem, 
excluindo questões que não versem sobre direitos patrimoniais disponíveis. Faz-se de suma importância 
destacar que a arbitragem só pode ser estabelecida após realizada tentativa de conciliação e parecer 
do perito para encerramento da disputa. Ante o exposto, baseado nos conhecimentos adquiridos 
durante esta ROL, conclui-se que a espécie de convenção de arbitragem presente no contrato é a 
cláusula arbitral, que estipula que em caso de futuras divergências, as partes remeterão a solução à 
árbitros. Através deste mecanismo, no caso de um conflito o meio arbitral será o meio adequado para 
a resolução, podendo ser vista como um acordo prévio entre as partes, que acordam em buscar soluções 
amigáveis para o problema. Havendo uma cláusula compromissória no contrato, as partes são obrigadas 
 
 
 
2 
 
a reconhecer o juízo arbitral como o único competente para o julgamento da causa. Dessa forma, 
contratos que contenham cláusula compromissória arbitral não poderão ser julgados por outro juízo se 
não o arbitral. 
O mesmo contrato de concessão possibilita a conciliação para a solução do conflito, onde as partes, por 
meio de um terceiro (conciliador) que propõe alternativas para que as partes julguem a mais adequada 
para a situação e ponham fim à situação problemática. Além dele, é importante salientar que o 
ordenamento jurídico traz também a previsão da mediação, que se difere da arbitragem e da conciliação 
pelo seu caráter confidencial e informal. É possível salientar que tanto a mediação quanto a conciliação 
são meios alternativos onde as partes dialogam para chegar a uma solução para o problema, o terceiro 
não soluciona, apenas participa de forma imparcial. 
Como vantagem para a solução do conflito através da arbitragem, é essencial destacar que o processo 
é confidencial, e por esta razão não haverá qualquer tipo de divulgação acerca do assunto tratado, em 
nenhum meio, o que pode contribuir para a preservação da boa imagem da companhia. Através da 
arbitragem, é possível que se obtenha justiça de forma célere e ainda contribua para a diminuição dos 
processos no Poder Judiciário, além da possibilidade de as partes escolherem o árbitro baseado em suas 
capacidades, dando segurança para as partes. No entanto, é um processo oneroso e nem sempre é 
possível recorrer a ele para sanar a questão. 
De acordo com o artigo 31 da Lei de Arbitragem, a decisão do árbitro é considerada sentença e possui 
o mesmo efeito da judicial. 
 
 
“Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, 
os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder 
Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.” 
 
 
Na arbitragem, as partes podem optar por escolher mais de um árbitro para a questão e a este será 
concedido o poder de resolver o conflito, devendo expressar sua decisão em documento escrito 
conforme previsão na Lei da Arbitragem, artigo 24. 
 
“A decisão do árbitro ou dos árbitros será expressa em documento 
escrito. §1º Quando forem vários os árbitros, a decisão será tomada 
por maioria.” 
Cabe ao árbitro ou tribunal arbitral proferir sentença, e o cumprimento desta será objeto de um 
processo autônomo que deverá ser proposto pela parte interessada no juízo competente, mas em 
alguns casos é possível que se dê como fase do processo. 
Existem requisitos para o cumprimento da sentença arbitral, a dizer o inadimplemento ou exigibilidade 
(não cumprimento espontâneo da obrigação fixada na sentença, conforme disposto no art. 786 do 
CPC/15), e a presença de um título executivo judicial que traduz uma obrigação e permite o início da 
fase de cumprimento da sentença (art. 515, CPC/15). 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
PARTE 2 
Meu aniversário de quinze anos minha mãe encomendou sandálias personalizadas para dar de 
lembrança para os convidados ao final da festa. A encomenda foi realizada com dois meses de 
antecedência para não correr risco de atrasar o pedido. Chegou à data da festa e o produto não chegou, 
nem mesmo havia sido postado. Meses após o ocorrido, as partes foram convocadas para tentativa de 
conciliação, porém não houve acordo entre as partes e o processo prosseguiu. Ao final, o juízo deferiu 
sentença favorável à minha mãe e a parte ré condenada ao pagamento de R$5.000,00 (cinco mil reais) 
de indenização a título de danos morais, e esse valor nunca chegou em nossas mãos. O advogado 
responsável pelo processo recebeu o valor devido e além de não nos informar ou repassar, quando 
indagado sobre essa questão informou que estava com muitos problemas e precisava do dinheiro para 
questões pessoais. 
Passaram-se dez anos, e até o momento o advogado não só desapareceu da região como também não 
nos pagou o valor devido. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Referências bibliográficas 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/sentenca-arbitral/152107354 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-processo-de-execucao-da-sentenca-arbitral-e-suas-principais-
peculiaridades/1109429566#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20doutrina,227).%E2%80%9D 
 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/sentenca-arbitral/152107354
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-processo-de-execucao-da-sentenca-arbitral-e-suas-principais-peculiaridades/1109429566#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20doutrina,227).%E2%80%9D
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-processo-de-execucao-da-sentenca-arbitral-e-suas-principais-peculiaridades/1109429566#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20doutrina,227).%E2%80%9D

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