Analise as seguintes afirmações sobre o tema da contabilidade como prova de sonegação fiscal:
I – Segundo a Lei nº 8846/94 (BRASIL, 1994), são consideradas omissões de receita as seguintes situações exemplificativas: não emissão de notas fiscais – a não emissão de nota fiscal, recibo ou documento equivalente imediatamente será caracterizada como omissão de receita; não escrituração de pagamentos – quando a empresa deixar de escriturar os pagamentos efetuados resultará também em omissão de receitas; saldo credor de caixa – a indicação de saldo credor de caixa caracteriza vendas sem nota fiscal e, consequentemente, será legalmente presumida como omissão de receitas; dentre outras situações.
II – São exemplos de fraudes que são considerados crime de sonegação fiscal definidos na Lei nº 8.137/90: I. omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II. fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III. falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; dentre outras situações previstas em lei.
III – O Novo Código Civil, em seus arts. 417 e 418, trazem em seu conteúdo duas previsões muito importantes em relação à capacidade probatória da contabilidade, trazendo a legalidade da utilização dos livros empresariais como meio de provas e afirmando que, preenchidos os requisitos legais, provará o livro a favor de seu autor nos litígios entre empresários, e tendo em vista o artigo 419 do NCC, a contabilidade é unitária de modo que também pode fazer prova contra a empresa. Todavia, a empresa pode sempre alegar que ouve erro do contador, e dessa forma, afastar todo o poder probatório da contabilidade, especialmente nas situações de fraudes fiscais. Quando a contabilidade é registrada em desconformidade com a legislação civil, comercial, empresarial e tributária, desobedecendo às normas contábeis e tributárias, isto não enseja qualquer indício de fraude, simulação ou dolo contra a empresa pelos agentes fiscais, pois se houve falta de recolhimento de tributos, haverá a culpa exclusiva do contabilista.
Aponte as verdadeiras e as falsas:
V;F;F.
V;V;F.
V;V;V.
F;V;F.
F;F;F.
A alternativa correta é a letra B) V;V;F. I - Verdadeiro: a Lei nº 8846/94 considera como omissões de receita a não emissão de notas fiscais, não escrituração de pagamentos e saldo credor de caixa, dentre outras situações. II - Verdadeiro: a Lei nº 8.137/90 define como crime de sonegação fiscal a omissão de informação ou prestação de declaração falsa às autoridades fazendárias, a fraude na fiscalização tributária e a falsificação ou alteração de documentos fiscais, dentre outras situações. III - Falso: o Novo Código Civil prevê a legalidade da utilização dos livros empresariais como meio de prova, mas a empresa não pode alegar erro do contador para afastar todo o poder probatório da contabilidade, especialmente nas situações de fraudes fiscais. Quando a contabilidade é registrada em desconformidade com a legislação civil, comercial, empresarial e tributária, isto pode ensejar indício de fraude, simulação ou dolo contra a empresa pelos agentes fiscais, e não apenas culpa exclusiva do contabilista.
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Contabilidade e Gestão Tributária II
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