Nos processos primários de conformação mecânica, o metal pode ser trabalhado a quente ou a frio. O trabalho a quente é sempre realizado acima da temperatura de recristalização do metal, e o trabalho a frio é realizado abaixo dessa temperatura, via de regra, sob temperatura ambiente. O trabalho a frio apresenta as seguintes características: tolerâncias rigorosas; bom acabamento superficial; boas propriedades mecânicas; e deve ser efetuado acima do limite de escoamento do material para que a deformação seja permanente. Por outro lado, o trabalho a quente apresenta as seguintes características: melhoria na ductilidade do metal; aumento da resistência do metal à tração em determinada direção; o metal pode ser deformado em formas extremas quando quente, já que a reestruturação contínua dos cristais elimina rupturas e trincas; as temperaturas altas oxidam e formam carepa na superfície do metal, a ponto de não garantir tolerâncias geométricas de precisão.
BARRIOS, Daniel Benítez; et al. Mecânica: métodos e processos industriais. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.
Sobre os trabalhos a frio e a quente, julgue os itens a seguir.
I. No trabalho a frio, a deformação sempre diminui um pouco com a retirada da carga, devido ao componente elástico, fenômeno o qual é chamado de histerese.
II. As máquinas para a execução de trabalhos a frio devem poder exercer forças muito maiores do que as projetadas para trabalhos a quente, portanto, devem ser mais robustas.
III. No trabalho a quente, a temperatura de trabalho deve estar acima da recristalização, mas não muito elevada, a fim de que não se forme granulometria grosseira.
É correto o que se afirma em
A)
I, apenas.
B)
I e III, apenas.
C)
II, apenas.
A alternativa correta é a letra B) I e III, apenas. Justificativa: I. No trabalho a frio, a deformação sempre diminui um pouco com a retirada da carga, devido ao componente elástico, fenômeno o qual é chamado de histerese. Essa afirmação está correta, pois a deformação plástica é acompanhada por uma deformação elástica, que é recuperada quando a carga é retirada, resultando em uma diminuição da deformação total. III. No trabalho a quente, a temperatura de trabalho deve estar acima da recristalização, mas não muito elevada, a fim de que não se forme granulometria grosseira. Essa afirmação também está correta, pois a temperatura de trabalho deve estar acima da temperatura de recristalização para que ocorra a reestruturação contínua dos cristais, mas não pode ser muito elevada para evitar a formação de granulometria grosseira.
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