Há uma discussão de que o neuromarketing e os profissionais de neuromarketing descobrem e fazem uso de “portas” especiais para as partes mais íntimas de nossas vidas: nossos desejos e emoções, nossos pensamentos e intuições, nossas lealdades e aversões. É por isso que existe uma opinião pública em geral que acusa o neuromarketing de ser “manipulador”: ele explora nossos traços mentais internos para nos fazer comprar coisas que realmente não precisamos, usar serviços irrelevantes ou desnecessários para escolher uma coisa no lugar de outra. Esse medo generalizado é baseado em muitos mitos e lendas urbanas que acompanham esse campo. Por exemplo, James Vicary é creditado por ter introduzido a idéia de "publicidade subliminar", a chamada persuasão oculta, mas ele não conseguiu provar que ela existe; e todos os estudos científicos recentes mostraram o contrário. Além disso, com a ajuda do livro de Vance Packard, em fevereiro de 1958, o Congresso dos EUA votou em um projeto de lei para proibir a publicidade subliminar na TV. O problema ético com a idéia de que o neuromarketing é manipulador é que ele suspende ou substitui a autonomia do cliente. Pesquisadores mencionam essa autonomia do consumidor como uma das duas questões éticas mais substanciais no neuromarketing. Por isso, alguns pesquisadores não usam as palavras "subliminar" ou "oculto" para classificar as aplicações de neuromarketing, mas preferem a frase "marketing furtivo": ao fornecer informações suficientes sobre a função neural humana, um profissional de marketing poderá manipular o cérebro de modo que o consumidor não possa detectar o subterfúgio e que essas manipulações resultem no comportamento desejado, pelo menos em algumas pessoas.
THOMAS, A. R. et al. Ethics and Neuromarketing. Cham: Springer International Publishing, 2017.
Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que
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