Trinta dias após a consulta, o jovem apresenta um agravamento da asma.
Em sua última consulta o médico acrescentou brometo de ipratrópio e beclometasona, além da manutenção do broncodilatador inalatório (albuterol). Ele chega ao serviço de pronto-atendimento queixando-se de dispneia intensa. A mãe do paciente informou que, ao ver o filho com dificuldade respiratória, pegou rapidamente o inalador de brometo de ipratrópio e administrou uma dose ao filho, o que piorou o quadro clinico.
Que erro de medicação foi cometido? E como pode ser evitado este erro de medicação?
O erro de medicação cometido foi a administração do inalador de brometo de ipratrópio pela mãe do paciente sem orientação médica, o que piorou o quadro clínico do paciente. Para evitar esse tipo de erro, é importante que os pacientes e seus familiares recebam orientações claras e precisas sobre a medicação prescrita, incluindo a dosagem, a forma de administração e os possíveis efeitos colaterais. Além disso, é fundamental que a medicação seja armazenada corretamente e que o paciente siga rigorosamente as instruções do médico. Em caso de dúvidas, é importante buscar orientação médica antes de administrar qualquer medicamento.
O albuterol é agonista de β2 de ação curta que atua diretamente nos receptores adrenérgicos β2 na musculatura lisa brônquica e provoca relaxamento da musculatura lisa, inibe a liberação de mediadores dos mastócitos e estimula a depuração mucociliar.
Os efeitos colaterais mais comuns do albuterol são tremor da musculatura esquelética e taquicardia e os medicamentos que podem ser usados para fornecer controle em longo prazo dos sintomas de asma incluem os corticosteroides inalatórios, agentes broncodilatadores agonistas β2 de ação prolongada (ex. salmeterol, formoterol), cromolina ou nedocromil; agentes de segunda linha incluem a teofilina oral, inibidores de leucotrienos ou corticosteroides sistêmicos.
No pronto-atendimento, após o relato da mãe, percebeu-se que o erro cometido foi o inalador de brometo de ipratrópio. Apenas os broncodilatadores beta-adrenérgicos de ação curta (albuterol) devem ser usados no manejo da dispneia aguda, e não deve ser usado inalador de brometo de ipratrópio. Portanto, para que seja possível evitar este erro de medicação, é importante que o paciente (ou cuidador) que tenha prescrição de 2 inaladores deve aprender qual tipo de inalador deve ser usado em situações de emergência, ou seja o agonista β2 de ação curta (albuterol), que promove alivio imediato da broncoconstrição.
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