“Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. Deste esgoto imundo jorra ouro puro. Aqui a humanidade a...

“Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. Deste esgoto imundo jorra ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e sua maior brutalidade, aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado torna-se quase um selvagem” (HOBSBAWM, 1977, p. 43). Essa análise do historiador Eric Hobsbawm concebe uma ideia objetiva das mudanças proporcionadas pela burguesia no contexto da Primeira Revolução Industrial, ao demonstrar que as pessoas:

Ao se depararem com a realidade enfatizada pelo historiador, percebiam que sua condição era de sobrevivência, uma vez que foram forçados a saírem de suas terras, por causa da lei de cercamentos, e migraram para as cidades, como Manchester. Nessa condição, elas se tornavam reféns da brutalidade e da selvageria urbana, relegados à condição de sobrevivência.

Valorizavam a condição em que se encontravam, uma vez que cidades como Manchester, Liverpool e Londres representavam os locais que possuíam as fábricas e os empregos necessários para sua sobrevivência. Assim, não havia interesse das pessoas em saírem das cidades. 

Seriam como o homem civilizado que se torna quase um selvagem, na medida em que por livre e espontânea vontade se colocavam na condição de selvageria a que estavam inseridos, sobretudo porque as cidades eram sujas, possuíam um ar poluído e as pessoas que não conseguiam empregos formavam um grande exército de reserva, sendo relegados à vadiagem.

Viviam em transformação, pois o autor argumenta que o contexto de tais mudanças vividas pelos trabalhadores de Manchester, proporcionou avanços nas condições de trabalho e de vida das pessoas de imediato, mesmo que para isso as cidades estivessem imundas e poluídas, e esses trabalhadores se colocassem em condições sub-humanas de sobrevivência.

Nenhuma das alternativas corresponde corretamente à resposta.