O Direito Penal do Inimigo é uma teoria que propõe uma distinção entre o cidadão e o inimigo, sendo este último alguém que não admite ingressar no Estado e, portanto, não pode ter o tratamento destinado ao cidadão. Essa teoria leva a uma criação de leis severas direcionadas a determinadas clientelas, como terroristas, delinquentes organizados, traficantes, criminosos econômicos, entre outros. No que diz respeito à decisão de se criminalizar determinada conduta, o Direito Penal do Inimigo conduz a uma desproporcionalidade das penas e à relativização e/ou supressão de certas garantias processuais. Isso ocorre porque, ao se considerar o infrator como um inimigo, a sociedade tende a exigir uma resposta mais enérgica do Estado, o que pode levar a uma criminalização excessiva e a uma aplicação de penas mais severas do que o necessário. Assim, é importante que se tenha em mente que a aplicação do Direito Penal do Inimigo deve ser feita com cautela, de forma a não comprometer as garantias fundamentais do indivíduo e a não criminalizar condutas que não mereçam tal tratamento.
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