A via gliconeogênica é responsável pela produção de glicose a partir de precursores não glicídicos, enquanto a via glicolítica é responsável pela quebra da glicose em piruvato. Embora essas vias pareçam ser antagônicas, elas não são completamente opostas, pois compartilham algumas reações em comum. As reações de contorno da via gliconeogênica incluem a conversão do piruvato em oxaloacetato, que é catalisada pela enzima piruvato carboxilase, e a conversão do fosfoenolpiruvato em frutose-1,6-bifosfato, que é catalisada pela enzima frutose-1,6-bifosfatase. Essas reações são importantes para permitir que a gliconeogênese ocorra sem interferir na glicólise. Essas reações de contorno são necessárias porque algumas das reações da glicólise são altamente exergônicas e, portanto, irreversíveis. Por exemplo, a conversão de frutose-1,6-bifosfato em gliceraldeído-3-fosfato e dihidroxiacetona fosfato é catalisada pela enzima aldolase e é altamente exergônica. Para contornar essa reação, a gliconeogênese usa a enzima frutose-1,6-bifosfatase para converter frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-fosfato, que pode então ser convertido em glicose. Em resumo, a via gliconeogênica não é completamente antagônica à via glicolítica porque compartilha algumas reações em comum e usa reações de contorno para evitar interferir na glicólise.
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