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Os métodos de barreira são assim denominados por bloquear a ascensão dos espermatozoides para a cavidade uterina, impedindo a fecundação. Podem ser...

Os métodos de barreira são assim denominados por bloquear a ascensão dos espermatozoides para a cavidade uterina, impedindo a fecundação. Podem ser classificados quanto ao seu mecanismo de ação principal em barreira mecânica, química ou mista. Como exemplos de métodos de barreira mecânica, citamos o preservativo masculino e o feminino; de barreira química, os espermaticidas e as esponjas, e de barreira mista, o diafragma e o capuz cervical. Todos estes métodos de barreira, além do efeito contraceptivo, podem ajudar a prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), mas, somente o condom feminino e o masculino oferecem uma alta proteção contra estas doenças, inclusive o HIV/AIDS, portanto, devemos incentivar o seu uso independente da escolha de outro método anticoncepcional. Hoje temos outro conceito que reúne uma parte deste grupo de métodos que são os “métodos de barreira cervical” que inclui todos os modelos de diafragma, de capuz cervical e de esponjas. Sabe-se que a cérvix tem um importante papel como porta de entrada para os diversos tipos de DSTs, portanto, estes métodos também têm um papel auxiliar na redução da transmissão destas doenças.1

PRESERVATIVO MASCULINO

São conhecidos popularmente como camisinha ou também denominado, nos países de língua inglesa, como condom. Constitui um invólucro para o pênis, fino e elástico, podendo ser feito de látex, membrana de cécum animal ou de plástico. Os preservativos de látex (borracha vegetal) e de membrana intestinal (animal) são chamados de “naturais”, e os de plástico, de “sintéticos” (quadro 1). Os modelos de látex são os mais utilizados e representam quase a totalidade dos preservativos existentes no mercado. Podem ser lubrificados com silicone, glicerina, gel à base de água ou espermaticida em creme ou gel, mas não com substâncias à base de óleo, como derivados do petróleo, óleo mineral ou vegetal, como a vaselina, pois podem enfraquecer o látex.2-5 Os novos preservativos de plástico (sem látex), alguns ainda em fase de estudo, têm aproximadamente a mesma espessura que os preservativos de látex, são menos apertados, dando uma maior sensibilidade, não são danificados por lubrificantes à base de óleo e não causam reações alérgicas. Existem alguns tipos: o de poliuretano e à base de estireno, que já foram aprovados pelo FDA, e que apresentam uma desvantagem em relação aos de látex, o alto custo. Os de membrana animal são pouco utilizados e, apesar de oferecer conforto, não são recomendados, pois protegem apenas contra a gravidez. Estes apresentam porosidades inseguras para prevenir DST, permitindo a passagem dos vírus HIV 1, da hepatite B e do herpes simples.6,7 Ao contrário, os preservativos de látex ou de plástico têm uma permeabilidade extremamente baixa, o que confere alta segurança pelo bloqueio da passagem do espermatozoide e de vários micro-organismos.8-10 No passado, o preservativo masculino foi idealizado com linho e tinha o objetivo único de prevenir algumas DSTs (século XVI). Somente no século XVIII sua ênfase foi na anticoncepção11, conceito que durou até a década de 80. Coincidindo com o início da pandemia da AIDS e com a disponibilidade de diversos outros métodos mais eficazes, o preservativo masculino voltou a ter um papel preventivo na transmissão de vários os agentes causadores das DSTs, em especial na transmissão do HIV (vírus da imunodeficiência humana).12-16 Ao longo dos séculos, foi confeccionado com diferentes modelos e tipos de material. Além do linho utilizado pelos egípcios para confeccionar os condoms, outros tipos de matéria-prima foram utilizadas, como membrana de intestino de carneiro ou ovelha pelos romanos, borracha vulcanizada (1840), borracha natural - látex (1930) e plástico (polímeros) - poliuretano (1994) (figuras 1, 2, 3 e 4). Atualmente existe no mercado uma grande variedade de preservativos masculinos, de acordo com o formato, tamanho e cores. Podem ser lisos ou texturizados, aromatizados, conter lubrificantes, espermicidas ou anestésicos locais (benzocaína). Estão disponíveis em látex, que representa a grande maioria, em poliuretano e em membrana animal. Apresentam-se com espessuras, dimensões e formatos variáveis. A despeito da escolha da marca ou modelo, o mais importante é: orientar o paciente a adotar algumas medidas de segurança no momento da compra do produto, como verificar a integridade da embalagem, o prazo de validade e, no Brasil, a presença do selo de aprovação da Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial)17. A escolha do tamanho e espessura adequados tambem são itens importantes não só para eficácia como também para o conforto. Em geral os preservativos de látex medem 180 mm de comprimento por 52 mm de largura e atendem a necessidade da maioria da população masculina brasileira (quadro 1).


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Qual é a classificação dos métodos de barreira quanto ao seu mecanismo de ação principal?

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