O jornalismo cidadão também é conhecido como jornalismo colaborativo, jornalismo democrático ou ainda jornalismo open source (código fonte aberto)....

O jornalismo cidadão também é conhecido como jornalismo colaborativo, jornalismo democrático ou ainda jornalismo open source (código fonte aberto). Seu conceito é baseado em cidadãos leigos, sem formação jornalística, participando de forma ativa no processo de coleta, de reportagem, de análise ou de disseminação de notícias e de informações. Essa modalidade jornalística vem ganhando espaço e importância no cenário midiático nos últimos anos. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde os grandes grupos de mídia estão nas mãos de poucos, cria-se uma situação em que a comunicação gerada, em termos de conteúdo, de linguagem e de forma, muitas vezes, acaba alienando a parte mais carente da população, especialmente, quando se tratam de assuntos sanitários. Os casos em que a doença é controlável e que existe vacina são particularmente cruéis, como no caso do sarampo, doença para a qual o Ministério da Saúde realiza campanhas de vacinação. O Ministério da Saúde tem visto com preocupação o aumento de casos de sarampo no Brasil nos anos de 2019 e 2020 e vem intensificando suas ações de vacinação. Este Desafio coloca você como jornalista colaborador de uma comunidade carente. Você será responsável pela conscientização da população acerca da importância da vacinação das crianças contra o sarampo. De particular valia para esse processo são os postulados da educomunicação e seus pilares de expressão, de literacia midiática e de participação, destacando-se a prática educacional de expressão comunicativa. SARAMPO As mortes por sarampo no mundo diminuíram em 71% nos últimos anos de 542 mil, em 2000, para 158 mil, em 2011, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Existe uma vacina efetiva e segura desde os anos 60, mas os surtos continuam a ocorrer devido à quantidade insuficiente de programas de imunização. O sarampo grave é mais comum entre crianças desnutridas com menos de cinco anos. Pessoas com insuficiência de vitamina A ou com sistemas imunológicos fragilizados pelo virus HIV ou por outras doenças estão especialmente vulneráveis a contraírem o sarampo CAUSAS O sarampo é causado por um vírus altamente contagioso - 90% das pessoas sem imunidade que compartilham espaços com pessoas contaminadas contraem a doença. O sarampo é transmitido pelo contato com gotículas do nariz, da boca ou da garganta da pessoa infectada, quando ela tosse, espirra e respira. SINTOMAS Os sintomas se manifestam entre 10 e 14 dias após a exposição ao virus e incluem coriza, tosse, infecção nos olhos, erupção cutânea e febre alta. Três a cinco dias após o inicio dos sintomas, uma erupção cutânea explode. Geralmente, começa como manchas vermelhas planas que aparecem no rosto na linha do cabelo e se espalham para o pescoço, tronco, braços, pernas e pés. TRATAMENTO Não há tratamento específico para o sarampo; os pacientes são isolados e tratados. A maioria se recupera em duas ou três semanas, mas entre 5% e 20% das pessoas com sarampo morrem, normalmente por causa de complicações graves, como diarreia, desidratação, encefalite (inflamação no cérebro) ou infecções respiratórias. As crianças que correm o risco de desenvolver desnutrição moderada a grave recebem apoio nutricional e tratamento. Uma vacina segura e de baixo custo contra o sarampo existe e campanhas de vacinação em larga escala diminuíram drasticamente o número de casos e mortes por sarampo. ORIENTAÇÃO A vacinação é a melhor forma de proteção contra o sarampo e, mesmo depois que a doença já tenha começado a se espalhar, a vacina ainda pode reduzir o número de casos e de mortes. A dificuldade está no fato de que pelo menos 95% das pessoas precisam estar imunizadas para prevenir novos surtos. Em um mês, o Ministério da Saúde realizará uma campanha de vacinação gratuíta durante o fim de semana na entrada da comunidade. Cabe a você conceber ações de comunicação, que envolvam os moradores e os conscientizem da importância de vacinarem suas crianças. a) Escolha uma comunidade carente real e busque informações sobre ela para melhor compreender sua realidade social e as formas de comunicação. b) Leve em conta as estratégias de educomunicação e proponha uma ação de comunicação que envolva os membros da comunidade, colocando-os como protagonistas, além de conscientizá-los, é claro.