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O método fenomenológico, base estrutural da gestaltterapia, parte do princípio de não inserir julgamentos aos fenômenos que o estudioso perscruta. ...

O método fenomenológico, base estrutural da gestaltterapia, parte do princípio de não inserir julgamentos aos fenômenos que o estudioso perscruta. Isso indica que o fenômeno deve ser compreendido a partir de si mesmo, e apenas seguindo as pistas que propõe, inclusas aí as inter-relações possíveis entre os fenômenos estudados. Um gestaltterapeuta, por conta de toda fundamentação filosófica, não realiza interpretações em seu trato com o cliente. Em vez disso, as sessões devem encaminhar-se em um trabalho de compreensão do outro como existência plena. Diante desse contexto, é correto afirmar que: A. a interpretação é sempre evitada por um gestaltterapeuta, pois, como na exegese de um texto, remete a todo um complexo de possibilidades de sentido intrínsecas ao fenômeno que se apresenta. Nessa perspectiva, interpretar seria manter todo esse complexo aberto e se decidir por um único significado, entre todos os possíveis. B. um gestaltterapeuta não realiza interpretações, pois interpretar é um ato que parte do exterior de uma experiência para dentro dela. É tentar lê-la de fora, enquanto todo o complexo de relações fenomenais se mantém invisível. A compreensão, por outro lado, acontece no interior de uma experiência e a partir dela. C. um gestaltterapeuta não realiza interpretações, pois interpretar é um ato que parte do exterior de uma experiência para dentro dela. É lê-la de fora, enquanto o complexo de relações fenomenais se mostra como um todo coeso e bem delineado. A interpretação, portanto, deve ser evitada, por conta de sua forma de contato, que é entendida como vinda de um outro, e não da relação em si. D. a interpretação é sempre evitada por um gestaltterapeuta, pois, como na exegese de um texto, é como um significado vindo de um outro lugar, de fora, para além dos limites dos complexos relacionais da existência mais própria da pessoa em questão. Por isso, é preferível a compreensão, que tem os mesmos fundamentos da interpretação, mas interpreta como que de dentro dessa experiência do outro. E. a interpretação é uma prática clínica advinda da psicanálise. Como Perls havia sido psicanalista, e um de seus primeiros trabalhos fora da psicanálise serviu justamente para criticá-la, a interpretação recaiu nesse crivo de erros que Perls formulou. Além de ser uma ação invasiva, um juízo de valor externo, interpretar também carrega essa carga de passado ultrapassado.

💡 1 Resposta

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De acordo com o texto apresentado, a alternativa correta é a letra B: "um gestaltterapeuta não realiza interpretações, pois interpretar é um ato que parte do exterior de uma experiência para dentro dela. É tentar lê-la de fora, enquanto todo o complexo de relações fenomenais se mantém invisível. A compreensão, por outro lado, acontece no interior de uma experiência e a partir dela." O método fenomenológico, base estrutural da gestaltterapia, parte do princípio de não inserir julgamentos aos fenômenos que o estudioso perscruta, e um gestaltterapeuta não realiza interpretações, mas sim busca compreender o outro como existência plena, a partir de si mesmo e das pistas que propõe.

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