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ESTUDOS SEMÂNTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA PROVA A2

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Local: Sala 1 - Prova On-line / Andar / POLO VITÓRIA DA CONQUISTA - Bairro Candeias / EAD - POLO VITÓRIA DA
CONQUISTA - Bairro Candeias
Acadêmico: 030LPI7
Aluno: CARINA CARVALHO BARBOSA
Avaliação: A2
Matrícula: 193002610
Data: 3 de Dezembro de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 10,00/10,00
1  Código: 37523 - Enunciado: Com o objetivo de criar um plano de aula inclusivo a partir de
textualidades indígenas, um professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio selecionou um
trecho do romance Iracema, de José de Alencar, e pediu que seus alunos discutissem, a partir
dele, as metáforas cognitivas implicadas na construção da autodeterminação de comunidades
indígenas no Brasil.Examine a proposta acima e justifique se está adequada aos princípios de
inclusividade e respeito à diversidade linguístico-cultural brasileira.
 a) A proposta está adequada, pois análises baseadas no estudo de metáforas cognitivas
ajudam a apresentar o conceito de autodeterminação indígena, presente em romances
indianistas da literatura brasileira.
 b) A proposta não está adequada, pois análises baseadas no estudo de metáforas
cognitivas não podem ser realizadas a partir de romances como o indicado, já que não
ocorrem nesse tipo de produção literária.
 c) A proposta está adequada, pois o conceito de autodeterminação é parte importante da
construção identitária indígena e o romance de José de Alencar explora esse aspecto a partir
de pesquisas indigenistas.
 d) A proposta não está adequada, pois o romance em questão tem caráter indigenista, ou
seja, o material que embasa o plano de aula não está baseado em características originais das
textualidades indígenas.
 e) A proposta não está adequada, pois o romance em questão tem caráter indianista, ou
seja, o material que embasa o plano de aula não está baseado em características originais das
textualidades indígenas.
Alternativa marcada:
e) A proposta não está adequada, pois o romance em questão tem caráter indianista, ou seja,
o material que embasa o plano de aula não está baseado em características originais das
textualidades indígenas.
Justificativa: Resposta correta: A proposta não está adequada, pois o romance em questão
tem caráter indianista, ou seja, o material que embasa o plano de aula não está baseado em
características originais das textualidades indígenas. O romance de José de Alencar é
representativo de um período do Romantismo brasileiro em que ideais sobre o "bom
selvagem" e a "natureza idílica" construíam a diferença a partir de critérios de origem
europeia. Portanto trata-se de um material de origem indianista, que pouco se assemelha em
conteúdo e forma às textualidades indígenas, onde o conceito de autodeterminação indígena,
de fato, se apresenta.
Distratores:A proposta não está adequada, pois o romance em questão tem caráter
indigenista, ou seja, o material que embasa o plano de aula não está baseado em
características originais das textualidades indígenas. Incorreta. O romance de José de Alencar
é indianista, e não indigenista. Além disso, materiais indigenistas, de fato, têm uma
preocupação com a pesquisa sobre a cultura e as textualidades indígenas, ainda que sejam
1,50/ 1,50
escritos por não índios.A proposta não está adequada, pois análises baseadas no estudo de
metáforas cognitivas não podem ser realizadas a partir de romances como o indicado, já que
não ocorrem nesse tipo de produção literária. Incorreta. As metáforas cognitivas ocorrem em
todo tipo de produção linguística, segundo a proposta da semântica cognitiva, sendo a base
de nossa construção de conhecimento sobre o mundo.A proposta está adequada, pois
análises baseadas no estudo de metáforas cognitivas ajudam a apresentar o conceito de
autodeterminação indígena, presente em romances indianistas da literatura brasileira.
Incorreta. O conceito de autodeterminação indígena se apresenta em contextos nos quais haja
indígenas como autores. Neles, podemos observar a construção do "nós" e da identidade
comunal perante as imposições da sociedade branca, o que não ocorre na literatura romântica
de caráter indianista.A proposta está adequada, pois o conceito de autodeterminação é parte
importante da construção identitária indígena e o romance de José de Alencar explora esse
aspecto a partir de pesquisas indigenistas. Incorreta. As pesquisas de José de Alencar
antecedem o desenvolvimento do conceito de indigenismo e não estão baseadas na
exploração da construção identitária indígena.
2  Código: 37526 - Enunciado: Em uma aula de língua portuguesa, o professor está trabalhando
conceitos de sinonímia. Apresenta o lexema "tranquilo" como sinônimo de "calmo" e, em
seguida, pede a seus alunos que indiquem novos exemplos, com base em sua experiência
cotidiana. Um dos alunos oferece "suave" como sinônimo de "tranquilo", dizendo que, em seu
bairro, as pessoas costumam dizer "tá suave" quando tudo está bem.Analise a lógica
empregada pelo aluno com base no conceito de sinonímia estudado pela semântica lexical.
 a) O raciocínio do aluno está correto, pois quem define o que é ou não sinônimo é o
próprio usuário ao empregar o lexema.
 b) O aluno está equivocado, pois confundiu o uso conotativo de "suave" com seu uso
denotativo, base da sinonímia lexical.
 c) O aluno está equivocado, pois lexemas são classificados como sinônimos apenas
quando substituíveis em qualquer contexto.
 d) O raciocínio do aluno está correto, pois sinônimos são substituíveis em alguns
contextos, não havendo sinonímia perfeita.
 e) O aluno está equivocado, pois lexemas são classificados como sinônimos apenas
quando seu uso é aceito pela norma culta.
Alternativa marcada:
d) O raciocínio do aluno está correto, pois sinônimos são substituíveis em alguns contextos,
não havendo sinonímia perfeita.
Justificativa: Resposta correta: O raciocínio do aluno está correto, pois sinônimos são
substituíveis em alguns contextos, não havendo sinonímia perfeita. O fenômeno da sinonímia
entre palavras se refere às propriedades do significado a partir das quais certas palavras se
tornam substituíveis, dependendo do contexto, e não existe sinonímia perfeita, ou seja, não
existem lexemas que sejam perfeitamente substituíveis uns pelos outros, não importando o
contexto em que estejam sendo utilizados. Dessa forma, o raciocínio do aluno procede.
Distratores:O aluno está equivocado, pois lexemas são classificados como sinônimos apenas
quando seu uso é aceito pela norma culta. Incorreta. A classificação de lexemas como
sinônimos não está apoiada em sua aceitação em ambientes formais de fala ou escrita. A
norma culta não rege o estudo do significado e não prevê listas de palavras a serem ou não
utilizadas em quaisquer âmbitos, à exceção daquelas que sejam consideradas inapropriadas
na redação oficial ou escritas fora do padrão gráfico por ela estabelecido.O aluno está
1,50/ 1,50
equivocado, pois lexemas são classificados como sinônimos apenas quando substituíveis em
qualquer contexto. Incorreta. Não há sinônimos substituíveis em qualquer contexto,
fenômeno conhecido como sinonímia perfeita, ainda que alguns processos de sinonímia
permitam um número maior de substituições do que outros.O aluno está equivocado, pois
confundiu o uso conotativo de "suave" com seu uso denotativo, base da sinonímia lexical.
Incorreta. Para a semântica lexical, o uso conotativo não é estanque ou classificável fora de um
contexto de estudo mais aprofundado. Além disso, a semântica lexical considera usos mais e
menos denotativos em seus quadros de análise componencial sêmica.O raciocínio do aluno
está correto, pois quem define o que é ou não sinônimo é o próprio usuário ao empregar o
lexema. Incorreta. O que define o que é ou não sinônimo é a relação de substituição no
emprego de palavras em mais de um contexto de uso, e não o próprio usuário.
3  Código: 37228 - Enunciado: A produção literária de escritores não índios do primeiro ciclo do
Romantismo brasileiro é comumente associada a comemorações do Dia do Índio nas escolas,ainda que seus autores sigam uma tradição ocidental, não informada pela multiplicidade de
expressões indígenas presentes em nosso país. Classifique a literatura a que o parágrafo
anterior se refere quanto a seu posicionamento em meio às textualidades sobre/de indígenas.
 a) Literatura indianista.
 b) Literatura indigenista.
 c) Literatura indígena.
 d) Literatura portuguesa.
 e) Literatura informativa.
Alternativa marcada:
a) Literatura indianista.
Justificativa: Resposta correta: Trata-se de literatura indianista. O termo refere-se à produção
literária de escritores não índios de tradição ocidental do período romântico brasileiro,
período voltado para a construção de uma identidade nacional. É o caso do romance Iracema,
de José de Alencar.
Distratores:Trata-se de literatura indígena. Errada. O termo refere-se a produções literárias de
autores indígenas.Trata-se de literatura indigenista. Errada. O termo refere-se a produções
literárias em que escritores não índios se baseiam em uma perspectiva não ocidental,
informam-se a partir de pesquisas e relatos indígenas. Ainda assim, indígenas são
informantes, e não autores.Trata-se de literatura portuguesa. Errada. A literatura mencionada
não pode ser considerada portuguesa, pois foi produzida por autores brasileiros, apesar da
grande influência do processo de colonização e de padrões europeus nesse tipo de
produção.Trata-se de literatura informativa. Errada. A literatura mencionada não pode ser
considerada informativa, pois foi produzida por autores não índios de tradição ocidental, não
informados pela multiplicidade de expressões indígenas existentes em nosso país.
0,50/ 0,50
4  Código: 37195 - Enunciado: Para a semântica formal, é “uma propriedade central das línguas
humanas o ser sobre algo, isto é, o fato de que as línguas naturais são utilizadas para
estabelecermos uma referencialidade, para falarmos sobre objetos, indivíduos, fatos, eventos,
propriedades, [...] descritos como externos à própria língua”. (Fonte: MÜLLER, A. L. P; VIOTTI, E.
C. Semântica formal. In: FIORIN, J. L. Introdução à Linguística II: princípios de análise. São
Paulo: Contexto, 2010, p. 139).
Para dar conta dessa propriedade, semanticistas formais se dedicam a:
0,50/ 0,50
 a) Analisar as metáforas a partir das quais concebemos o mundo.
 b) Descobrir como as pressuposições de falantes afetam a língua.
 c) Descrever as condições de verdade de sentenças selecionadas.
 d) Estudar o significado nos signos linguísticos de Saussure.
 e) Discutir aspectos conotativos da linguagem, presentes em textos.
Alternativa marcada:
c) Descrever as condições de verdade de sentenças selecionadas.
Justificativa: Resposta correta: Descrever as condições de verdade de sentenças
selecionadas. Para os semanticistas formais, a referencialidade das línguas leva ao estudo das
condições de verdade de sentenças específicas, definidas como as condições em que tais
sentenças podem ser consideradas verdadeiras ou falsas.
Distratores:Descobrir como as pressuposições de falantes afetam a língua.
Errada. Semanticistas formais baseiam seu estudo na lógica e, portanto, atêm-se ao estudo de
um tipo particular de pressuposição, a pressuposição lógica, entendida como a relação entre
uma família de sentenças. Esse tipo de pressuposição não provém de falantes.Estudar o
significado nos signos linguísticos de Saussure. Errada. Semanticistas formais se baseiam na
lógica e nas ideias de Gottlieb Frege, cujo signo linguístico se diferencia daquele proposto por
Saussure, em especial por agregar o referente (objeto no mundo físico).Analisar as metáforas a
partir das quais concebemos o mundo. Errada. Semanticistas formais analisam relações
lógicas entre sentenças. Metáforas cognitivas são a base de estudo da semântica
cognitiva.Discutir aspectos conotativos da linguagem, presentes em textos. Errada.
Semanticistas formais analisam relações lógicas entre sentenças, e não relações textuais ou
possíveis efeitos de sentido conotativo, cuidando para que as frases de seu estudo se refiram
sempre a um mesmo recorte referencial (temporal, espacial etc.).
5  Código: 37248 - Enunciado: Observe as sentenças a seguir:(1) Eu parei de ir à academia.(2) Eu
ia à academia.
Determine se existe ou não relação de acarretamento entre as sentenças 1 e 2.
 a) Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação da sentença (2) torna (1)
falsa.
 b) Não há acarretamento entre as sentenças, pois ambas violam as máximas da
quantidade e do modo.
 c) Sim. Há acarretamento de (1) para (2) e de (2) para (1) porque uma sentença
pressupõe a outra.
 d) Sim. A sentença (2) acarreta a sentença (1) porque a negação da sentença (1) torna (2)
falsa.
 e) Não há acarretamento entre as sentenças, pois elas não fazem parte da mesma família
sintática.
Alternativa marcada:
a) Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação da sentença (2) torna (1) falsa.
Justificativa: Resposta correta: Sim. A sentença (1) acarreta a sentença (2) porque a negação
da sentença (2) torna (1) falsa. A relação de acarretamento estabelece que o sentido de uma
sentença, considerando suas condições de verdade lógicas, está contido no sentido da outra.
Trata-se, portanto, de uma relação de hiperonímia entre sentenças. Para comprová-la,
devemos observar se a negação da sentença "contida" leva à falsidade da sentença "que
1,50/ 1,50
contém" (que acarreta).
Distratores:Não há acarretamento entre as sentenças, pois ambas violam as máximas da
quantidade e do modo. Errada. As máximas conversacionais (como a da quantidade e do
modo) não se aplicam à verificação lógico-formal de acarretamento entre sentenças.Não há
acarretamento entre as sentenças, pois elas não fazem parte da mesma família sintática.
Errada. A observação de famílias sintáticas é parte do processo de verificação da
pressuposição lógica (das quais são propriedade), e não do acarretamento.Sim. Há
acarretamento de (1) para (2) e de (2) para (1) porque uma sentença pressupõe a outra. Errada.
Não há relação de acarretamento da sentença (2) para a sentença (1) e a pressuposição a que
nos referimos no contexto dos estudos formais é a pressuposição lógica.Sim. A sentença (2)
acarreta a sentença (1) porque a negação da sentença (1) torna (2) falsa. Errada. Não há
relação de acarretamento da sentença (2) para a sentença (1), já que a negação da sentença
(1) não torna a sentença (2) falsa.
6  Código: 37192 - Enunciado: Semanticistas lexicais buscam, entre outras coisas, analisar o
significado nos signos linguísticos. Entendem que significados podem ser estudados por meio
de sua decomposição em unidades menores, às quais atribuem nomes técnicos
específicos.Nomeie a unidade mínima de significado que conseguimos identificar ao
analisarmos os signos linguísticos:
 a) Palavra.
 b) Significante.
 c) Léxico.
 d) Sema.
 e) Lexema.
Alternativa marcada:
d) Sema.
Justificativa: Resposta correta: Sema. O sema é a unidade mínima de significado que
diferencia um lexema de outro em um determinado campo lexical a ser estudado.
Distratores:Lexema. Errada. O lexema é um termo técnico utilizado em referência a um
conjunto de semas que está sendo investigado em uma análise de campo lexical.Léxico.
Errada. É a parte do sistema linguístico responsável pela coordenação entre significados e
significantes linguísticos.Significante. Errada. É a imagem acústica (ou forma sonora) em um
signo linguístico que, ao ser associada a um significado, nos remete a ele.Palavra. Errada. É
um vocábulo de uso comum que indica a separação mínima entre expressões em uma língua,
geralmente baseada em sua segmentação escrita. É um termo mais geral (menos abstrato e
menos técnico) do que signo linguístico.
0,50/ 0,50
7  Código: 37591 - Enunciado: A preparação para redações do Enem é uma parte importante do
trabalho a ser realizado por professores de Português no Ensino Médio. Sabemos que esse
tipo de texto dissertativo se baseia em um registro formal da linguagem e, no que diz respeito
à construção argumentativa, constrói parâmetrosavaliativos a partir da lógica
clássica.Considerando o exposto, descreva como professores de língua portuguesa podem
utilizar a lógica de silogismos aristotélicos e da relação de acarretamento ao ajudarem seus
alunos a se prepararem para a redação do Enem.
Resposta:
1,50/ 1,50
De acordo com Aristóteles, o silogismo apresenta três principais características: mediado,
dedutivo e necessário. A mediação se faz presente pois utiliza o raciocínio para compreensão
do plano real. Já a dedução parte das preposições universais para alcançar outras premissas
verdadeiras. Além dessas propriedades, o silogismo é formado por termos que compõem três
proposições distintas:
 Primeira premissa: Que é chamada de premissa maior, funciona como uma afirmação geral. É
constituída pelo termo maior e o termo médio. 
O professor pode comparar a introdução da redação com a primeira premissa, afirmando que
 a introdução faz do primeiro parágrafo da redação e que assim como a primeira premissa,
tem a função de afirmação geral, ou seja de apresentar de forma resumida o conteúdo a ser
desenvolvido.
Segunda premissa: Definida como premissa menor específica. Inclui o termo médio e o termo
menor. 
O docente pode relacionar o desenvolvimento da redação com a segunda premissa,
demostrando que assim como a segunda premissa, o desenvolvimento de uma redação deve
ser específico em seus conteúdos, trazendo o que foi relatado na introdução de forma mais
profunda.
Conclusão: Determina a relação lógica entre as duas premissas anteriores, pois elas servem de
evidência. E por isso engloba os termos maior e menos.
O Educador pode relacionar a conclusão do silogismo com a conclusão da redação,
demostrando que os mesmos possuem a mesma função que é mostrar as evidências. Ou seja,
na redação o aluno deve demostrar o que pode ser feito e como ele chegou na conclusão do
conteúdo. 
O professor também pode explicar que assim como no silogismo, em que o termo maior, o
termo menor e o termo médio estão sempre presente nas três preposições. Na redação a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão devem sempre estarem ligadas com relação ao
conteúdo. Um parágrafo complementa o outro, assim como no acarretamento. 
Comentários: Muito boa!
Justificativa: Expectativa de resposta: A estrutura básica da redação do Enem é composta por
uma introdução, que expressa um ponto de vista sobre o tema em questão; um
desenvolvimento, que apresenta os argumentos de sustentação do ponto de vista e uma
conclusão, incluindo proposta de resolução ou, ao menos, algum tipo de consideração que
"lance luz" ao problema em questão. Silogismos são compostos por uma premissa maior, uma
premissa menor (relacionada) e uma conclusão e, dada a relação entre a lógica argumentativa
clássica e as expectativas de bancas para esse gênero textual, o professor pode ajudar seus
alunos a entenderem que deve haver um traçado lógico — semelhante ao do silogismo
clássico — entre a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do texto. Na redação, o que
equivaleria à premissa menor, menos abrangente, aparece primeiro — na introdução —,
correspondendo ao que se denomina tese. Nesse sentido, podemos dizer que as três partes da
redação podem ser associadas às três partes de um silogismo. Além disso, é a lógica do
acarretamento que garante a solidez dos argumentos, ou seja, a maneira como um vai se
apresentando como "contido" no outro. 
8  Código: 37605 - Enunciado: Para professores de interpretação de texto, pode ser difícil
explicar aos alunos por que, em provas mais formais, certas respostas são aceitas e outras,
não. A interação com o texto em si tende a engajar-nos em processos de cocriação — logo,
2,50/ 2,50
imaginamos personagens com as características que mais nos interessarem, falas extras e
cenários evocados por nossa própria experiência. No entanto, em processos de avaliação
objetiva, espera-se que o aluno seja capaz de operar a leitura do texto a partir da lógica
clássica. Sob essa perspectiva, se "Paulo parou de correr", pressupomos apenas que "Paulo
corria" e não que "Paulo está fora de forma" ou que "Paulo está superdescansado!"
Considerando o exposto, empregue os conceitos de pressuposição lógica e acarretamento na
construção de uma atividade de interpretação objetiva de texto.
Resposta:
O acarretamento ocorre quando, num par de sentenças, a verdade da primeira acarreta na
verdade da segunda, dessa forma, a verdade da primeira sentença tem que estar na segunda
sentença. Nessa questão existem várias sentenças de acarretamento, ou seja, em uma questão
existirá várias respostas parecidas e o aluno deve sempre estar atento a pergunta para saber a
resposta certa, interpretar o texto.
Na pressuposição, o educador pode abordar que em uma questão pode ter várias respostar
compartilhando as mesmas pressuposições e cabe ao aluno conseguir interpreta-las de forma
correta para identificar a resposta verdadeira.
Comentários: Excelente!
Justificativa: Expectativa de resposta:Os conceitos de pressuposição lógica e acarretamento
podem ajudar os alunos a entenderem o que deles se espera na realização de atividades de
interpretação textual de caráter objetivo. Como a pressuposição lógica se diferencia muito do
que normalmente entendemos como pressuposição no senso comum, eu começaria
perguntando se os alunos acham que existe uma forma lógica de pressupor coisas para
acessar com que tipo de lógica eles trabalham. É sabido que existem várias lógicas e não seria
incomum ouvir que "é claro que, se alguém para de correr, vai ficar fora de forma", por
exemplo. Então, o primeiro processo seria questionar esse tipo de raciocínio, apresentando o
conceito de condições de verdade para a sentença de forma simplificada. Como a
pressuposição lógica é característica de uma família de sentenças sintaticamente
relacionadas, sendo mais difícil de expôr conceitualmente, eu me ateria a discuti-la na prática,
questionando se Paulo estar mais gordo ou não, por exemplo, tem algo a ver com a verdade
da sentença "Paulo parou de correr". Em seguida, eu apresentaria a noção de hiperonímia
entre sentenças, explicando a noção de acarretamento. Não creio que seja importante nomear
o conceito — o importante é que os alunos saibam aplicá-lo, já que também será útil na
construção de textos dissertativos, tais como as redações do Enem. Toda discussão seria feita
com base em sentenças extraídas de textos do livro didático utilizado em sala e, em seguida,
em pediria aos alunos que criassem seus próprios pares de sentenças para desafiarem os
colegas em um jogo no qual, em grupos, teriam de decidir se uma acarreta ou não a outra.

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