Uma empresa metalúrgica abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o Balanço Patrimonial da organização, cada ação teve o pr...

Uma empresa metalúrgica abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o Balanço Patrimonial da organização, cada ação teve o preço fixado em R$ 2,65. Após a abertura do capital, o valor das ações se multiplicou até atingir a marca dos R$ 15. Isso significa que uma empresa não vale pelo patrimônio que está registrado em seu balanço. A organização vale pelo que o mercado acredita que ela poderá gerar de lucros no futuro. Para que serve então o Balanço Patrimonial? A função do Balanço Patrimonial é dizer se a empresa está ou não dando lucros. Essa discrepância entre o valor acionário da empresa e o valor de seus Ativos é bastante comum e tem se tornado maior ainda nos dias de hoje. Um caso semelhante é o de uma empresa de tecnologia da informação. As ações dessa organização passaram a valer trinta vezes mais do que seus Ativos. Portanto, os Ativos dessas empresas não são as fábricas ou máquinas declaradas no Balanço Patrimonial, mas, sim, marcas, clientes e tecnologias. São os Ativos intangíveis. Então surge o problema: se esses itens não podem ser contabilizados no Ativo, como registrar no Balanço Patrimonial algo que o mercado valoriza tanto? Os Ativos Intangíveis passam a existir contabilmente quando a empresa compra ou vende a marca ou um software, por exemplo. Como os balanços são baseados no fluxo de caixa, esses itens só podem ser contabilizados quando eles se transformam em dinheiro no caixa. 1. Quais os princípios contábeis que se relacionam com o caso em questão? 2. Se uma empresa compra um Ativo por R$ 100 mil e ele vale hoje no mercado R$ 130 mil, pode-se registrá-lo pelo valor "real"? 3. Se uma empresa avalia sua marca por meio de um laudo de especialistas, ela pode colocar esse valor em seu Balanço Patrimonial?