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Bens e obrigações OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como a legislação civil brasileira regula a relação de proprie...

Bens e obrigações

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como a legislação civil brasileira regula a relação de propriedade de um bem de determinada pessoa, bem como terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o direito obrigacional. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão, afinal, certamente sua atividade profissional estará relacionada com algum direito obrigacional. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

Bens
Bem consiste em tudo aquilo que possui um valor para alguém.

Todo bem é individualizável, economicamente valorável e representa um interesse de ordem econômica (DINIZ, 2016).

O legislador civilista estipulou quatro critérios para classificar os bens no Código Civil, levando em conta suas características peculiares, de modo que um bem pode enquadrar-se em mais de uma categoria, a depender das suas características. De modo geral, eles são classificados por si mesmos (arts. 79 a 91), em relação aos outros (arts. 92 a 97) e em relação com o titular do domínio (98 a 103). A seguir, analisaremos cada uma delas.

Bens quanto a si mesmos

A primeira distinção dos bens quanto a si mesmos é em móveis e imóveis. Bens móveis são aqueles que podem removidos, transportados, deslocados, sem que haja qualquer alteração em sua estrutura ou forma. Já os bens imóveis são aqueles que o seu transporte ou deslocamento acarreta em alteração significativa da sua composição.

Outra distinção que se faz no que diz respeito aos bens quanto a si mesmos é por serem fungíveis ou infungíveis. Bens infungíveis são bens únicos, que não podem ser substituídos, enquanto bens fungíveis são aqueles que podem ser trocados.

A terceira distinção que se faz é entre os bens consumíveis e inconsumíveis. Consumíveis são aqueles que permitem somente uma utilização e perdem o seu conteúdo a partir do seu uso, enquanto os não consumíveis consistem nos bens que podem ser utilizados por mais de uma vez sem que sua integridade esteja ameaçada.

A última distinção é relacionada aos bens singulares e coletivos. Singulares são os bens individualizados, cuja existência se dá por si mesmo, enquanto os bens coletivos são aqueles que são considerados em seu conjunto, em sua universalidade.

Bens reciprocamente considerados

A primeira distinção que se faz quanto a essa categoria de bens é em relação aos bens principais e bens acessórios. Principais são os bens que existem independentemente da existência de outros bens. Já os bens acessórios são aqueles que, para existirem, dependem de um bem principal. Os bens acessórios dividem-se em três classificações: frutos, produtos e benfeitorias.

Os frutos, por sua vez, consistem em utilidades produzidas pelo bem principal que não afetam sua existência, ou seja, que podem sem retirados ou excluídos sem prejuízo do bem principal. São exemplos de frutos uma colheita, por exemplo, ou até mesmo o aluguel de um imóvel. Outra espécie de bens reciprocamente considerados são os produtos, que consistem em utilidades produzidas pelo bem principal, mas que lhe diminuem a quantidade. São exemplos de produtos o ouro ou pedras preciosas extraídas de determinado solo. As benfeitorias são melhorias realizadas no bem principal e diferenciam-se por ser necessárias, aquelas intrínsecas à conservação da coisa, úteis que são aquelas que otimizam a utilização da coisa ou voluptuárias, que são melhorias supérfluas, para mero embelezamento.

Bens em relação às pessoas

Quanto às pessoas, os bens distinguem-se em particulares, públicos ou res nullis. Os bens particulares são aqueles que pertencem a uma pessoa jurídica de direito privado ou a uma pessoa física. Já os bens públicos são aqueles que pertencem a uma pessoa jurídica de direito público interno, de modo que são bens de propriedade do povo. Os bens públicos dividem-se em bens de uso comum do povo, sendo aqueles que podem ser utilizados livremente pela coletividade, como rios, praias, lagos; bens de uso especial, que são aqueles que são destinados à atividade pública, como hospitais públicos e ministérios e os bens dominicais, entendidos por aqueles que fazem parte do patrimônio da administração pública. Há ainda uma terceira divisão, a res nullis, que, em tradução livre do latim, são as coisas sem dono, como os peixes do oceano e pássaros do céu.

Bens em relação a sua comercialidade

Quanto à comercialidade, os bens dividem-se


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nocoes-de-direito-3
52 pág.

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O objetivo deste capítulo é explicar como a legislação civil brasileira regula a relação de propriedade de um bem de determinada pessoa e aprofundar os conhecimentos sobre o direito obrigacional. Os bens são classificados em móveis e imóveis, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, singulares e coletivos. Os bens também são classificados em relação aos outros, como bens principais e acessórios, frutos, produtos e benfeitorias. E, por fim, os bens são classificados em relação às pessoas, como particulares, públicos ou res nullis.

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