A Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) prevê, em seu art. 33, caput, e em seu art. 28, a criminalização do tráfico e do uso de drogas, respectivamente. O princípio da insignificância é uma tese jurídica que afirma que não se deve punir condutas que causem um mínimo de lesão ao bem jurídico tutelado. No entanto, em relação aos crimes previstos nos artigos 33, caput, e 28 da Lei de Drogas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que o princípio da insignificância não se aplica, pois se trata de crimes de perigo abstrato ou presumido, ou seja, a mera conduta de tráfico ou uso de drogas já é considerada lesiva ao bem jurídico tutelado. Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) possui precedentes admitindo a aplicação do princípio da insignificância em casos concretos envolvendo os crimes previstos nos artigos 33, caput, e 28 da Lei de Drogas, como no Habeas Corpus 110475, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/02/2012. Assim, a aplicação ou não do princípio da insignificância nos crimes previstos nos artigos 33, caput, e 28 da Lei de Drogas dependerá do entendimento adotado pelo tribunal julgador em cada caso concreto.
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