O texto apresenta uma reflexão sobre a relação entre as necessidades humanas e a criação das ideias religiosas, bem como a relação entre o desamparo infantil e a formação da religião. Freud argumenta que a necessidade de proteção do homem está relacionada ao complexo paterno, no qual a mãe é o primeiro objeto amoroso e protetor da criança, sendo substituída pelo pai até o fim da infância. A relação da criança com o pai assume um caráter de ambivalência, de modo que esse se torna ora temido, ora desejado e admirado, tal como a relação do homem com seus deuses. A fantasia de estar protegido pelo amor de sua amada e de ser salvo da solidão pela paixão em relação a essa, não são mais que ilusões, mas as ilusões não precisam ser necessariamente falsas, ou seja, irrealizáveis ou em contradição com a realidade.
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