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Nas várias décadas decorridas desde que foi inicialmente introduzida, a terapia cognitiva para a depressão ganhou ampla aceitação na comunidade clí...

Nas várias décadas decorridas desde que foi inicialmente introduzida, a terapia cognitiva para a depressão ganhou ampla aceitação na comunidade clínica. Na maioria dos casos, essa aceitação parece ser justificada. A terapia cognitiva, tipicamente, tem-se desempenhado pelo menos tão bem quanto as intervenções alter­nativas, incluindo a farmacoterapia, em termos de redução de sintomas agudos (Dobson, 1989), e há indicações de que ela pode ter um efeito duradouro não encontrado com outras abordagens (Hollon, Shelton & Loosen, 1991). Apesar disso, nem todos os estudos a têm apoiado. Em particular, no National Institute of Mental Health Treatment of Depression Collabora­tive Research Program (NIMH TDCRP, Programa Colaborativo de Pesquisa sobre o Tratamento de Depressão do Instituto Nacional de Saúde Mental; Elkin et al., 1989), a terapia cognitiva não foi mais eficaz do que uma pílula inerte de placebo, e um tanto menos eficaz do que a farmacoterapia sozinha, entre pacientes com depressões mais se­veras. Além do mais, houve somente indicações mínimas de qualquer efeito preventivo (Shea et al., 1992). Uma vez que esse foi um estudo particularmente visível, essas descobertas foram amplamente interpretadas como sugestivas de que a terapia cognitiva não é tão eficaz quanto se acreditava inicialmente. Apesar de sua visibilidade, o estudo do NIMH não é impecável (Jacobson & Hollon, 1996a, 1996b). Nesse capítulo, argumentamos que a terapia cognitiva é pelo menos tão eficaz quanto a farmacoterapia na redução de sintomas agudos em amostras de pacientes de ambulatório e mais capaz de reduzir os riscos subsequentes. Focamos primariamente em um estudo controlado que conduzimos com colegas na Universidade de Minnesota e dois locais adicionais de pesquisa clínica participantes, a fim de ilustrar esses pontos e extrair os contrastes entre as descobertas desse e de outros estudos similares versus aquelas do NIMH TDCRP.