O texto apresenta uma revisão de estudos que testaram a previsão de que a redução da tendência dos pacientes à má interpretação das sensações físicas evitaria ataques de pânico. Foram realizadas pesquisas iniciais sobre o pânico que estabeleceram que uma série de agentes farmacológicos podem induzir a um estado que é percebido como semelhante aos ataques de pânico naturais em pacientes com transtorno do pânico. Teóricos da linha biológica interpretaram essas descobertas como evidências de que o pânico pode ser diretamente induzido por mudanças bioquímicas e que o transtorno do pânico é devido a um distúrbio neuroquímico. Ao contrário, teóricos cognitivos argumentam que esses agentes farmacológicos não têm um efeito direto de indução ao pânico, mas, ao invés disso, induzem ao pânico porque os pacientes fazem uma má interpretação das sensações físicas induzidas farmacologicamente. Para testar a previsão 3 e para distinguir entre as explicações cognitivas e biológicas para as induções farmacológicas ao pânico, foram realizados estudos que investigaram se manipulações puramente cognitivas poderiam ou não bloquear o pânico induzido farmacologicamente. Os resultados desses estudos indicaram que as manipulações cognitivas podem reduzir significativamente o pânico induzido farmacologicamente, o que sugere que a má interpretação das sensações físicas é um fator importante no desenvolvimento do transtorno do pânico.
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