Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura...
Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma denitiva e concentrada no espaço.”
26.26. Se o poeta tivesse resolvido colocar uma vírgula logo após “chão”, em “Não colhas no chão o poema que se perdeu” (v.11), o trecho continuaria correto e sem alterações de cunho semântico, porque essa vírgula seria apenas enfática.
A afirmação está incorreta. A inserção da vírgula após "chão" alteraria o sentido da frase, pois a vírgula indicaria uma pausa que não é necessária e mudaria a relação entre as ideias. A frase correta é: "Não colhas no chão o poema que se perdeu".
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