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sequencia didática preconceito linguístico

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Sequência didática 
 Língua Portuguesa - 6º ano
Variedades linguísticas
Duração: 3 aulas
O objetivo desta sequência didática é explorar e reconhecer as variedades linguísticas como fenômenos vivos e reais da língua, que está em constante mudança. Ao abordar o tema, é fundamental a reflexão sobre a importância de uma postura respeitosa diante das variedades para a convivência cidadã e crítica. Da mesma forma, é necessário refletir sobre o acesso à norma-padrão como um direito dos falantes, uma vez que esse acesso confere autonomia para sua inserção em diversas situações de comunicação, principalmente naquelas mais monitoradas.
Objetivos de aprendizagem
· Reconhecer as variedades da língua falada nas diversas regiões do Brasil e nos países lusófonos.
· Refletir sobre o papel socialmente valorizado da norma-padrão e das variedades urbanas de prestígio.
· Refletir sobre atitude respeitosa em relação às variedades, de modo a evitar e combater o preconceito linguístico.
· 
Objetos de conhecimento e habilidades (BNCC)
	Objetos de conhecimento
	Habilidade
	Variação linguística
	(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma padrão e o de preconceito linguístico.
Desenvolvimento
Aula 1 – Variedades da língua falada
	Duração: cerca de 45 minutos.
Local: sala de aula ou sala equipada com computador provido de áudio.
Organização dos alunos: sentados, com as carteiras de frente para a lousa e para o professor.
Recursos e/ou material necessário: lousa, giz, caderno, lápis, caneta, borracha, folhas impressas com perguntas para
entrevistas sobre gírias.
Sugestões de rádios com transmissão pela Internet:
· RDP África. Disponível em: www.rtp.pt/play/p2023/.
· Rádios on-line de Portugal. Disponível em: www.radioonline.com.pt/.
· Rádios ao vivo. Disponível em: www.radiosaovivo.net/.
· TuneIn (menu em português). Disponível em: https://tunein.com/radio/languages/?attributes=filter%3Dl102.
(Acessos em: 26/03/2024.)
Para esta aula, propomos a escuta de programas de rádio de diferentes regiões brasileiras e de países lusófonos. Selecione previamente as emissoras de rádio, incluindo a(s) da própria região, para explorar as variações linguísticas. No quadro acima, sugerimos algumas rádios com acesso pela Internet.
Atividade 1 – Diversos falares: escuta de programas de rádio (25 minutos) 
Inicie a aula perguntando aos alunos se ouvem estações de rádio e quais são os programas de sua preferência. Informe que escutarão trechos de programas de rádio da própria região – preferencialmente sugeridos por eles mesmos – e de outras regiões do Brasil. Também é possível acessar rádios de países lusófonos, que falam a língua portuguesa, como Angola, Moçambique e Portugal. Peça que, durante a audição, fiquem atentos aos modos de falar diferentes daqueles que conhecem e anotem as expressões sobre as quais tenham dúvida, para posterior discussão.
 Acesse os programas selecionados e, ao final de cada um, solicite aos alunos que apresentem as informações anotadas. Explore as variações linguísticas relacionadas ao grau de monitoramento (falas mais formais ou mais informais), às especificidades da região, às diferenças no vocabulário, entre outros aspectos. 
Atividade 2 – Exposição oral sobre a escuta (15 minutos) 
Solicite aos alunos que exponham oralmente os aspectos que mais lhes chamaram a atenção na escuta dos programas de rádio. Durante toda a abordagem, destaque que a língua é um fenômeno cultural, histórico e social variável, que há inúmeras manifestações linguísticas e que todas merecem respeito.
Atividade 3 – Gírias antigas: planejamento de pesquisa (5 minutos) 
Proponha a realização de uma pesquisa para a aula seguinte. Os alunos deverão entrevistar um familiar ou um amigo mais velho e identificar as gírias que essa pessoa utilizava quando era adolescente ou mais jovem. Entregue para cada aluno uma folha impressa com questões para a entrevista. Sugerimos perguntas que verifiquem se o entrevistado usava gírias quando jovem, quais eram mais empregadas naquela época e em que grupo social ou profissional eram usadas. Oriente-os a registrar as gírias e seus significados.
Aula 2 – Gírias e variação linguística 
	Duração: cerca de 45 minutos. Local: sala de aula ou sala equipada com TV e computador conectado à Internet. Organização dos alunos: sentados, com as carteiras de frente para a lousa e para o professor. Recursos e/ou material necessário: lousa, giz, papel Kraft, pincel atômico, caderno, lápis, caneta, borracha. Sugestão de texto: 
• “Livre, emocional, selvagem”, vídeo da entrevista concedida por Emicida ao Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em plataformas de vídeo na Internet.
Para esta aula, a proposta é abordar a gíria como mais um aspecto da variação linguística, específica de determinado grupo de falantes. Solicite que cada aluno apresente oralmente os resultados da entrevista sobre gírias antigas feita com o familiar ou o amigo mais velho. 
Atividade 1 – Apresentação da pesquisa sobre gírias antigas (25 minutos) 
Solicite aos alunos que digam em voz alta as gírias pesquisadas. Cada um deve falar na sua vez. Registre as gírias e seus significados em uma folha de papel Kraft e a afixe posteriormente na sala de aula. Exclua as gírias repetidas. Pergunte quais gírias eles empregam no dia a dia. Registre-as também em uma folha de papel Kraft. Peça que comparem as gírias antigas com as atuais. Explore a característica da duração efêmera da gíria e chame a atenção para alguma que tenha se estendido para outros grupos sociais ou que tenha resistido ao tempo e sido incorporada no dicionário. Estimule a reflexão, ressaltando que as gírias são geralmente empregadas em situações de comunicação informais, mais espontâneas e menos monitoradas. Peça aos alunos que exemplifiquem outras formas de variação informais empregadas no cotidiano.
 Atividade 2 – Explorando as variações linguísticas (10 minutos)
 Explore as variações linguísticas considerando os diversos motivos pelos quais elas ocorrem. Os diferentes falares e as gírias acontecem por causa dos lugares onde as pessoas vivem ou de onde procedem e também da existência de determinados grupos de falantes: esqueitistas, surfistas, etc.
Aula 3 – Muitas variedades e uma norma-padrão
	Duração: cerca de 45 minutos. 
Local: sala de aula. Organização dos alunos: sentados, com as carteiras de frente para a lousa e para o professor. 
Recursos e/ou material necessário: lousa, giz, papel Kraft, pincel atômico, caderno, lápis, caneta, borracha.
A proposta desta aula é abordar a escrita de mensagens instantâneas por meios digitais e as variações linguísticas específicas dessa situação de comunicação. Os temas estudados devem ser retomados e relacionados à existência da norma-padrão como modelo para normatização da fala e da escrita.
 Atividade 1 – A linguagem na comunicação escrita instantânea (25 minutos)
 Retome as variações linguísticas estudadas nas últimas aulas: modos mais formais ou mais informais de falar, dependendo do grau de monitoramento, modos de falar da região, gírias. Proponha aos alunos que anotem no caderno as expressões que mais utilizam em postagens de redes sociais. Caso seja permitido o uso de dispositivo digital na unidade escolar, peça que pesquisem mensagens antigas e postagens e observem o uso da língua/linguagem. Ao final, solicite que exponham as expressões que mais empregam. Em seguida, explore a informalidade e a espontaneidade que norteiam essas práticas de linguagem, como palavras abreviadas, emprego de onomatopeias, de emojis e emoticons, etc. Relacione a espontaneidade dessas mensagens com a linguagem falada, apontando caraterísticas em comum.
Atividade 2 – Variedades de prestígio e norma-padrão (20 minutos) 
Mencione a existência das variedades urbanas de prestígio, que de forma geral são mais valorizadas na sociedade. Explique que existe a norma-padrão, um modelo abstrato criado com a tentativa de unificar a língua. Estimule a reflexão sobre preconceito linguístico e norma-padrão, ressaltando que não há uma variedademais correta ou melhor do que outras, mas sim diferentes contextos e situações de comunicação que podem demandar o emprego de uma ou outra variedade. Ressalte que a hierarquização entre as variedades linguísticas é equivocada e pode gerar preconceito linguístico e estigmatização do falante que não usa um determinado jeito de falar.
Aferição do objetivo de aprendizagem 
A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada de forma continuada, à medida que as atividades propostas se desenvolvem. A participação oral, as hipóteses, as ideias e as conclusões dos alunos revelam a compreensão que tiveram dos conceitos estudados. Verifique se eles foram capazes de: 
 reconhecer as variedades da língua que é falada na região em que vivem e em outras regiões do Brasil e em países lusófonos; 
 desenvolver atitude respeitosa em relação às variedades, de modo a evitar e combater o preconceito linguístico;
 refletir sobre o papel socialmente valorizado da norma-padrão e das variedades urbanas de prestígio. 
Além disso, é importante que os alunos reflitam sobre a própria aprendizagem, demonstrando a forma como o conhecimento construído foi apropriado no desenvolvimento das atividades. A autoavaliação pode ser realizada por meio de registro escrito ou de atividade oral.

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