Temos uma gestante com história de 01 parto vaginal anterior com gestação gemelar dicoriônica-diamniótica de 33 semanas e 4 dias e perda de líquido...

Temos uma gestante com história de 01 parto vaginal anterior com gestação gemelar dicoriônica-diamniótica de 33 semanas e 4 dias e perda de líquido amniótico há 4 dias. O primeiro gemelar está em apresentação pélvica e pesa 1.405 g, o segundo gemelar está em apresentação cefálica e pesa 1.712 g. Apresenta dinâmica uterina de 2 contrações fracas em 10 minutos e colo fino, pérvio 3 cm. Alguns fatores são considerados de maior relevância na escolha da via de parto das gestações gemelares. São eles: Vamos às alternativas. Letra A: correta. Temos fetos acima de 24 semanas e, portanto, viáveis. A via de parto normalmente recomendada quando o primeiro gemelar encontra-se em apresentação não cefálica é a cesariana. A colisão de partes fetais ou locked twins é rara, porém preocupante. Pode ocorrer quando o primeiro gemelar está em apresentação pélvica e o segundo em apresentação cefálica pelo entrave do mento de um dos fetos entre o pescoço e mento do outro. Deve-se atentar para a presença de diferença significativa entre os pesos fetais estimados quando as apresentações são cefálica/não cefálica. No caso de um segundo gemelar 25% maior do que o primeiro está indicada a cesariana. Estamos diante de primeiro gemelar pélvico. Portanto, a cesariana de urgência está indicada devido às apresentações fetais não cefálica/cefálica, para evitar colisão de partes fetais. Letra B: incorreta. Conforme discutido acima, como temos apresentações fetais cefálica/não cefálica, há risco de colisão de partes fetais ou locked twins. Por isso, a cesariana está indicada. Letra C: incorreta. O diagnóstico do trabalho de parto prematuro (TPP) é feito a partir dos seguintes critérios diagnósticos: Portanto, como a paciente tem 2 contrações em 10 minutos e colo uterino fino com dilatação de 3 cm, temos diagnóstico de TPP. Diante de TPP em gestação gemelar não cefálica/cefálica, a conduta é a resolução por cesariana. Assim, não está indicado administrar escopolamina e reavaliação. Letra D: incorreta. O diagnóstico de TPP está correto. Porém, diante de bolsa rota em gestação gemelar com apresentações não cefálica/cefálica, não está indicada sua inibição, mas sim, resolução por via alta da gestação. Resposta: letra A.