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Questão 547465:
Temos aqui uma das situações mais clássicas em prova quando o tema é equilíbrio 
ácido-básico! Na presença de vômitos de repetição por obstrução pilórica, o resultado é 
uma perda importante de HCl (H e Cl-). Como consequência, teremos o desenvolvimento de 
alcalose metabólica (perda de ácido) e hipoclorêmica (perda de cloreto). Além disso, 
frequentemente ela será também hipocalêmica. Tanto pela troca inicial do H intracelular 
pelo K extracelular como pelo hiperaldosteronismo secundário à hipovolemia. Afinal, “quem 
vomita, perde potássio pela urina”, o que pode levar à grande perda corporal do 
eletrólito. Surge então a famosa ALCALOSE METABÓLICA HIPOCALÊMICA HIPOCLORÊMICA. Com 
relação ao ânion gap, sabe-se que sua estimativa é importante na diferenciação das 
acidoses metabólicas, em que a redução do HCO3 é acompanhada do aumentos das demais cargas 
negativas, seja o Cl- ou o ânion gap. A alcalose metabólica pode até trazer alguma 
alteração ao ânion gap, mas sem muita utilidade em termos práticos. Resposta: letra D. 
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Questão 547466:
A doença de Crohn em sua forma fistulizante frequentemente demanda tratamento com 
imunobiológicos, especialmente os agentes anti-TNF, como o infliximab. Tais fármacos, ao 
bloquear a ação do TNF, reduzem a intensidade da resposta imune celular. O "perigo" 
inerente a esses fármacos é a possibilidade de doenças infecciosas em estado latente 
emergirem e causarem doença. Duas condições que podem se aproveitar dessa brecha na 
resposta imune são a tuberculose e a hepatite B. Neste caso, o paciente já está em uso de 
dois fármacos anti-hepatite B, o que nos dá tranquilidade nesse sentido (letras B e C 
incorretas)... O grande problema aqui é a possibilidade de o paciente adoecer por 
tuberculose. Note que ele está infectado pelo bacilo de Koch, tendo em vista a 
positividade do ensaio de liberação de interferon gama – dessa forma, não será necessária 
realização da prova tuberculínica; ora, já sabemos que o doente está infectado pela 
micobactéria (letra D incorreta). Ao mesmo tempo, esse homem não tem sinais de tuberculose 
doença – o diagnóstico, portanto, é infecção latente pelo bacilo de Koch. Assim, antes de 
iniciar o infliximab, devemos começar o tratamento da infecção latente. O fármaco de 
escolha para esse fim é a isoniazida, em 270 doses. Resposta: letra A. 
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Questão 547472:
Estamos diante de um paciente jovem que se apresenta com déficit neurológico súbito. 
Algumas pistas do enunciado são fundamentais para chegarmos à principal hipótese. O 
paciente tem relato de múltiplas parcerias sexuais, o que aumenta significativamente o 
risco de contrair alguma IST. As lesões cutâneas na face são sugestivas de dermatite 
seborreica, condição frequentemente associada à infecção pelo HIV! Diante de um paciente 
como esse e com o quadro citado, é imperioso pensar na neurotoxoplasmose, que pode, de 
fato, cursar com esses achados neurológicos. Um quadro mais arrastado e a presença de 
febre costumam fazer parte da clínica, mas não são dados presentes em todos os casos... A 
neurossífilis é diagnóstico diferencial importante, mas o quadro costuma ser diferente. A 
neurossífilis precoce pode se apresentar como meningite e, em raros casos, AVE por 
comprometimento dos vasos cerebrais. O acometimento de olhos e do aparelho auditivo também 
é possível. Já na fase tardia, a história de tabes dorsalis (ataxia e dores lancinantes) e 
paresia progressiva são mais sugestivos, mas o paciente demora cerca de 20 anos até 
desenvolver esta forma da doença. Em resumo: neurotoxo e neurossífilis precoce são 
possibilidades, mas, estatisticamente falando, é mais comum que indivíduos que apresentam 
esse quadro clínico tenham a primeira condição, e não a segunda. O Harrison deixa claro 
que a neurotoxo é mais comum que a sífilis nos indivíduos com HIV e complicações 
neurológicas. Resposta: letra A. 
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Questão 547473:
Paciente no nadir de tratamento quimioterápico é internada com febre e neutropenia grave 
(< 500/mm3), preenchedo critérios diagnósticos para neutropeia febril (observem que cada 
vez menos as bancas atentam aos critérios específicos para febre, permitindo que "qualquer 
febre" preencha critério). Se o exame físico não nos dá qualquer "dica" quanto ao foco 
infeccioso (e isso é bastante frequente), a conduta deve ser a coleta de hemoculturas 
seguida pelo início de antibioticoterapia de amplo espectro com cobertura anti-Pseudomonas 
(no nosso meio a droga mais usada é o cefepime - não há indicação para cobertura contra o 
MRSA no caso em tela). Existem um escore para avaliar se o paciente tem condição de 
tratamento ambulatorial com amoxicilina-clavulanato + ciprofloxacino (MASCC), mas a 
questão não traz todas as informações necessárias para o seu cálculo. Lembre que, "na 
dúvida", a escolha recai sobre o tratamento hospitalar. Para os pacientes nos quais não 
identificamos foco infeccioso, o antibiótico pode ser suspenso tão logo a contagem de 
neutrófilos atinja 500/mm³, por pelo menos dois dias, e o paciente esteja afebril. 
Resposta, portanto, opção D. 
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Questão 547478:
Vamos dividir o raciocínio de acordo com cada tipo de acidente (ofídico, araneísmo e 
escorpiônico), aproveitando para analisar as alternativas. Acidentes por ARANHAS: Letra A: 
correta. O gênero Loxosceles (aranha-marrom) é responsável por um quadro clínico e é 
composto por processo inflamatório intenso que evolui de forma lenta e progressiva com 
dor, edema endurado e eritema. Pode ser acompanhado de sintomas sistêmicos. Em 1% dos 
casos, cursa com anemia, icterícia e hemoglobinúria, podendo até evoluir com insuficiência 
renal aguda e CIVD. Letra B: incorreta. O gênero Phoneutria (aranha-armadeira) costuma 
causar efeitos locais (dor de intensidade variável, edema, eritema, parestesias e sudorese 
no local da picada) e, em 8% dos casos, sintomas sistêmicos (sudorese, tremores, 
convulsões, taquicardia, arritmias, distúrbios visuais e choque). Letra C: incorreta. O 
gênero Latrodectus (viúva-negra) também pode gerar efeitos locais. Mas, além disso, 
teremos manifestações sistêmicas motoras, como dor irradiada e contrações espasmódicas dos 
membros inferiores, contraturas musculares intermitentes, tremores, dor com rigidez 
abdominal e até alterações eletrocardiográficas (FA, BAV, alterações de ST e prolongamento 
do QT); Acidentes por ESCORPIÕES: Letra D: incorreta. Os acidentes por escorpiões Tityus 
serrulatus são mais graves que os produzidos por outras espécies de Tityus no Brasil. A 
dor local, uma constante no escorpionismo, pode ser acompanhada por parestesias. Nos 
acidentes moderados e graves, observados principalmente em crianças, após intervalo de 
minutos até poucas horas (duas, três horas), podem surgir manifestações sistêmicas 
(sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com 
prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e 
coma); Acidentes OFÍDICOS: Letra E: incorreta. O acidente elapídico 
(cobra-coral-verdadeira, do gênero Micrurus) se caracteriza por não apresentar, no local 
da picada, alteração importante. As manifestações sistêmicas se iniciam com vômitos, com 
posterior surgimento de fraqueza muscular progressiva com ptose palpebral, oftalmoplegia e 
presença de fácies miastênica, além de dificuldade para deglutição. A complicação mais 
temida é a paralisia flácida da musculatura respiratória com apneia e insuficiência 
respiratória aguda. Resposta: letra A. 
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Questão 547481:
Vamos analisar cada alternativa: Letra A:correta. Segundo levantamentos norte-americanos, 
uma série de neoplasias podem causar hipercalcemia. Dentre elas, as mais comuns são as de 
mama, rim, pulmão e o mieloma múltiplo. Letra B: incorreta. Vamos com calma. O tratamento 
de qualquer hipercalcemia deve ser individualizado. Casos leves-moderados, sem sintomas, 
podem ser manejados de forma conservadora. Já os casos graves necessitam de hidratação, 
bisfosfonatos... Letra C: incorreta. Basicamente, há três mecanismos que levam à 
hipercalcemia da malignidade: produção de PTHrp, molécula semelhante ao PTH (80% dos 
casos; dizemos que esses indivíduos possuem hipercalcemia humoral maligna); metástases 
ósseas líticas (o câncer de próstata gera lesões blásticas); e hiperprodução de vitamina 
D, que ocorre principalmente em doenças linfoproliferativas. Letra D: incorreta. Essa até 
pode ser a primeira manifestação de uma neoplasia, mas os sintomas costumam ocorrer com 
valores superiores a 12 mg/dL (principalmente, acima de 14 mg/dL). Letra E: incorreta. 
“Imediatamente” é um termo muito forte, até porque o tratamento da doença de base é 
demorado e os níveis de PTHrp demoram alguns dias a cair. Resposta: letra A. 
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Questão 547485:
Paciente com 57 anos que apresenta disfagia há quatro meses e perda de 9 kg, o que é uma 
perda considerável neste período, independentemente do peso do paciente. No que devemos 
pensar? Acalásia? Lembre-se de que a acalásia é um quadro mais crônico, que vai 
progredindo. A estenose péptica é uma complicação da DRGE, e o paciente não apresenta 
nenhum achado (pirose e regurgitação) que nos faça pensar em DRGE. O megaesôfago é uma 
evolução da acalásia e também não é o nosso provável diagnóstico. Resta-nos o câncer de 
esôfago. E é isso mesmo, o câncer de esôfago sempre deve ser lembrado no diagnóstico 
diferencial de uma disfagia e é o nosso grande medo. No exame, na esofagografia baritada 
identificamos uma obstrução abrupta ao fluxo do contraste, o famoso sinal da maçã mordida, 
compatível com este diagnóstico. Resposta: letra B. VISÃO DA RADIO: Estamos diante de uma 
esofagografia baritada demonstrando segmento esofágico proximal dilatado e interrupção 
abrupta da coluna de contraste no terço médio/inferior, com formação de nível. Atente-se 
para a morfologia irregular do sítio da estenose esofágica e o aspecto de "ombros" ou 
"degraus" que a lesão determina, destacados em AMARELO. Essas descrições remetem ao sinal 
da maçã mordida, compatível com neoplasia primária de esôfago. Sinal similar é também 
visto em neoplasias colônicas. 
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Questão 547487:
Pós opratório IMEDIATO! Ou seja, poucas horas após a cirurgia, que a princípio não teve 
intercorrência. No sítio cirúrgico encontramos a presença de um abaulamento acentuado, com 
sangramento porejando pela ferida operatória. No que devemos pensar? Este abaulamento se 
dá provavelmente por acúmulo de sangue. Algum vaso não foi devidamente coagulado e o 
paciente começou apresentar um sangramento no leito cirúrgico. Isso justifica o 
abaulamento e também o porejamento de sangue. Qual deve ser a nossa conduta? Somente com a 
compressão, este sangramento mais importante pode não se contido, por isso vamos ter que 
explorar novamente a lesão. Por isso, as opçõe de curatico compressivo, compressas 
geladas, não são as melhores justamente, seria como tapar o sol com uma peneira. A 
drenagem da ferida seria indicada para um quadro de infecção do sítio cirúrgico. E também, 
não pensamos em um sangramento dificil de ser localizado para indicarmos uma 
arteriografia. Melhor resposta: Reexploração da ferida em centro cirúrgico. 
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Questão 547488:
Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A corrente elétrica tende a percorrer 
os tecidos de menor resistência como subcutâneo, músculos e vasos. Portanto, nestes casos, 
as lesões podem ser mais profundas. Letra B: incorreta. Como a maior parte da lesões podem 
ser profundas, não devemos hidratar estimando somente a lesão cutânea. No pacientes 
vítimas de queimadura elétrica, devemos hidratar até uma diurese com valor alvo de 100 
ml/h, segundo a última edição do ATLS (10ª edição, capítulo 9, página 180). Letra C: 
incorreta. Uma complicação tardia da lesão elétrica por alta voltagem é o surgimento de 
catarata, que pode acontecer em até 30% dos casos, geralmente entre um a dois anos após o 
acidente. Letra D: correta. O paciente não foi vítima somente de queimadura elétrica, ele 
sofreu uma queda de altura significativa, sem dúvidas, devemos investigar outras lesões 
associadas. Resposta: letra D. 
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Questão 547491:
A ingestão de corpo estranhos é uma situação clínica relativamente comum na prática e 
cerca de 75% dos casos ocorrem na faixa etária pediátrica, mais especificamente em 
crianças de seis meses a três anos de idade. As moedas são os objetos mais frequentemente 
ingeridos, porém também pode ocorrer a ingestão de baterias redondas de lítio, objetos 
pontiagudos (ex.: pregos, alfinetes, espinha de peixe), imãs, dentre outros. Frente a um 
paciente com história de ingestão acidental de um objeto, o primeiro exame a ser 
solicitado é a radiografia simples do pescoço, tórax e abdome, para confirmar o tipo de 
objeto e a sua posição no trato gastrointestinal. De forma geral, as indicações de remoção 
endoscópica são: - Obstrução completa do esôfago (ex.: paciente não consegue se alimentar 
e/ou com sialorreia importante); - Objetos pontiagudos ou longos (> 5 cm) localizados no 
esôfago ou no estômago; imãs; - Baterias em disco (ex.: lítio) no esôfago e no estômago; - 
Qualquer objeto alojado há mais de 24 horas no esôfago. Nesses casos, a remoção 
endoscópica se faz necessária pois há risco de perfuração do trato gastrointestinal 
(LETRAS A, B e D INCORRETAS). Também é importante remover imediatamente se houver sinal de 
obstrução de vias aéreas (ex.: compressão extrínseca da traqueia por um objeto alojado no 
esôfago). É possível adotar conduta expectante se o objeto: - Não for de risco (ex.: não 
for pontiagudo, não for uma bateria redonda, não for longo) e estiver alojado no esôfago 
há menos de 24 horas; - Não for de risco e estiver alojado no estômago por até 4 semanas; 
- Mesmo se for de risco e já tiver passado do bulbo duodenal. Nesses casos, recomenda-se 
acompanhar os objetos radiopacos com radiografias seriadas; se o objeto for 
radiotransparente, deve-se acompanhar as fezes até a saída do objeto e orientar retorno se 
houver sintomas com febre ou dor abdominal. Uma moeda alojada no esôfago há menos de 24 
horas não oferece riscos de perfuração. Por esse motivo, é possível acompanhar a criança 
com radiografias seriadas e ver se ocorrerá a passagem espontânea para o estômago e/ou 
intestino em até 24 horas. Nesse caso, não será necessário realizar remoção endoscópica. 
Caso contrário, é improvável que a moeda desça espontaneamente e deverá ser indicada a 
remoção endoscópica. Resposta: letra C. ht
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Questão 547492:
Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. A hérnia de Morgagni consiste na herniação do 
diafragma. - Letra B: correta. A hérnia de Richter consiste no encarceramento ou 
estrangulamento da borda antimesentérica intestinal. Pode se formar em defeito grande o 
suficiente para o intestino entrar, mas pequeno o suficiente para evitar a herniação de 
uma alça intestinal inteira. O local mais comum é no canal femoral (36 a 88%), onde a 
hérnia pode ser facilmente confundida com um linfonodo aumentado. - Letra C: incorreta. A 
hérnia de Littré consiste na herniação do divertículo de Meckel. - Letra D: incorreta. A 
hérnia de Spiegel consistena herniação do conteúdo abdominal através da aponeurose de 
Spiegel, localizada entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo reto abdominal. - 
Letra E: incorreta. A hérnia obturadora consiste na herniação do conteúdo abdominal 
através do canal obturador. Gabarito: letra B. 
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Questão 547495:
Paciente com história de cirrose avançada, com quadro de hemorragia digestiva alta 
(hematêmese e melena), que está com PA de 90/50mmHg e FC de 120 bpm. A conduta inicial já 
foi tomada que é a reanimação volêmica. O que fazer a partir deste ponto? A- Correta. O 
ideal seria a EDA para a ligadura das varizes em associação com vasocontrictores 
esplâncnicos, ou até mesmo um TIPS. No entanto, o balão é uma opção temporária neste caso. 
Veja que não temos a EDA. B- Incorreta: a colonoscopia não tem valor nos quadros de HDA. 
C- Incorreta: o tratamento cirúrgico deve ser considerado a última opção. O balão pode 
resultar no controle provisório até que outra medidas sejam adotadas. Um shunt não 
seletivo para este paciente é uma medida muito agressiva. D- Incorreta: apesar de 
classicamente utilizada, esta medida vem caindo em desuso, ainda mais em um contexto em 
que supeitamos de sangramento por varizes de esôfago. Gabarito letra A. 
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Questão 547496:
A questão deseja saber qual é o fator que favorece o fechamento espontâneo de uma fístula 
enterocutânea. Dentre os fatores favoráveis estão um trajeto único, longo (maior do que 2 
cm) e não epitelizado, ausência de corpo estranho, origem em jejuno, cólon, coto duodeno 
ou pancreaticobiliar e fístula não formada pela extrusão da mucosa do próprio órgão 
(labiada). Resposta: letra A. 
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Questão 547497:
Quando o palato mole não é totalmente visível, o paciente deve ser classificado como 
Mallampati grau IV. Nesse caso, está indicada a solicitação de um broncoscopista 
(anestesista, pneumologista ou cirurgião torácico) em sala para caso a intubação não seja 
possível pelo método tradicional. Resposta: letra C. 
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Questão 547499:
Pergunta para “matarmos” de primeira essa questão: a imagem mostrada parece com qual 
objeto? Um saca-rolhas, concorda? Ou mesmo às contas de um rosário (ou terço), muito usado 
no catolicismo! E esses são exatamente os nomes do achado da imagem que é característica 
do espasmo esofagiano difuso. Lembre-se de que este corresponde a um distúrbio neurogênico 
generalizado da motilidade esofágica, no qual o peristaltismo normal é substituído de 
forma intermitente por intensas contrações simultâneas e não propulsivas. O quadro clínico 
inclui episódios de cólica esofagiana (dor retroesternal), geralmente associados à 
disfagia. Resposta: letra D. Letra A: incorreta. Na acalásia vemos o clássico sinal do 
“bico de pássaro”. Letras B e C: incorretas. A imagem clássica de neoplasias é em “maçã 
mordida”. 
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Questão 547504:
A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva caracterizada pela disfunção 
do gene CFTR, que codifica uma proteína reguladora de condutância transmembrana de cloro. 
É uma das doenças que fazem parte do teste de triagem neonatal, o teste do pezinho, 
identificada pela alteração no tripsinogênio imunorreativo (TIR). O teste do pezinho deve 
ser coletado entre o terceiro e quinto dias de vida e, quando ocorre uma alteração, novo 
teste deve ser feito até 30 dias de vida. Após 30 dias, mesmo as crianças com fibrose 
cística poderão ter normalização nos níveis de IRT, levando a resultados falso-negativos. 
Caso os valores do TIR estejam novamente aumentados na segunda triagem, está indicada a 
realização do teste do suor para a confirmação diagnóstica. Resposta: letra A. 
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Questão 547505:
Vamos aproveitar a questão para relembrar as classificações do recém-nascido (RN). Em 
relação à idade gestacional, os RN a termo são aqueles nascidos entre 37 e 41 semanas e 6 
dias de gestação; já os pós-termo são os nascidos com 42 semanas ou mais. Os RN nascidos 
com menos de 37 semanas são classificados como pré-termo, que podem ser subclassificados 
em: pré-termo tardio, quando nascidos entre 34 semanas e 0 dias e 36 semanas e 6 dias; 
pré-termo moderado, entre 32 semanas e 0 dias e 33 semanas e 6 dias; muito pré-termo, 
entre 28 semanas e 0 dias e 31 semanas e 6 dias; e pré-termo extremo, quando nascidos com 
menos de 28 semanas e 0 dias. O paciente do enunciado, nascido com 35 semanas e 5 dias, 
seria, portanto, classificado como prematuro tardio. Em relação ao peso de nascimento, 
podemos classificar os RN em baixo peso ao nascer, quando apresentam entre 1500 e 2499g; 
muito baixo peso ao nascer, quando entre 1000 e 1499g; e extremo baixo peso ao nascer, 
quando nascidos com menos de 1000g. Assim, este paciente, nascido com 1900g, seria 
classificado como baixo peso ao nascer. Quanto à relação entre peso e idade gestacional, 
obtida através de curvas de crescimento, o RN pode ser classificado como pequeno para 
idade gestacional (PIG), quando abaixo do percentil 10; adequado para idade gestacional 
(AIG), quando entre os percentis 10 e 90; e grande para idade gestacional (GIG), quando 
acima do percentil 90. O paciente do enunciado está entre os percentis três e cinco, sendo 
portanto classificado como PIG. Resposta: letra C. 
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Questão 547510:
Em 2022, o Ministério da Saúde atualizou as suas recomendações para a profilaxia 
antirrábica. Para a definição de como deve ser feita esta profilaxia em casos de acidentes 
com cães ou gatos, deve ser avaliado o tipo de exposição, a situação clínica do animal e a 
possibilidade de acompanhamento. Em relação ao tipo de exposição, esta pode ser um contato 
indireto (tocar ou dar de comer para animais; lambedura em pele íntegra; contato em pele 
íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda que raivoso), acidente leve 
(ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros - exceto 
mãos, polpas digitais e planta dos pés; podem acontecer em decorrência de mordeduras ou 
arranhaduras causadas por unha ou dente; lambedura de pele com lesões superficiais); ou 
graves (ferimento na mucosa, nos segmento cefálico, nas mãos ou nos pés; ferimentos 
múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo; ferimentos profundos, mesmo que 
puntiformes; lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas). Nos 
contatos indiretos, nunca há indicação de profilaxia, apenas de lavagem local com água e 
sabão. Nos casos em que o cão ou gato não forem observáveis ou apresentarem sinais 
sugestivos de raiva, a conduta deve ser o início da profilaxia com a vacina, nos acidentes 
leves, e da vacina e soro, nos acidentes graves. Já nos casos em que o animal é passível 
de observação, a conduta deve ser apenas o acompanhamento do mesmo por 10 dias. A 
profilaxia é iniciada apenas se o animal desaparecer, morrer ou tornar-se raivoso (vacina, 
para os acidentes leves, e vacina soro, para os graves). No caso descrito, estamos diante 
de um acidente grave, mas como o anima é observável, não há indicação de profilaxia neste 
momento, apenas da observação. Resposta: letra D. 
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Questão 547513:
A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica pruriginosa da pele que ocorre com 
mais frequência em crianças. O padrão de distribuição das lesões varia de acordo com a 
idade: - Nos bebês e crianças pequenas (< 2-3 anos), geralmente,se apresenta com lesões 
pruriginosas, eritematosas, escamosas e com crostas, nas superfícies extensoras, bochechas 
(tendendo a poupar a região central da face) e couro cabeludo. - Em crianças mais velhas e 
adolescentes, as lesões apresentam uma distribuição flexural, acometendo, especialmente, 
fossas cubital e poplítea, região volar dos punhos, tornozelos e pescoço. A dermatite 
seborreica é o diagnóstico diferencial da dermatite atópica mais comum em bebês. As duas 
condições também podem coexistir. A presença de manchas eritematosas vermelho-salmão com 
escamação oleosa, envolvimento do couro cabeludo e pouco ou nenhum prurido apóiam o 
diagnóstico de dermatite seborreica. A dermatite de contato pode ser difícil de 
diferenciar da dermatite atópica. Além disso, a dermatite de contato alérgica pode 
coexistir com a dermatite atópica. A localização da dermatite em uma área específica da 
pele, histórico de exposição a substâncias irritantes ou sensibilizadores em potencial e 
uma positividade relevante no teste de contato sugerem o diagnóstico de dermatite de 
contato. O impetigo é uma infecção bacteriana superficial contagiosa observada com maior 
frequência em crianças de dois a cinco anos. Seu quadro clínico é composto por pápulas, 
vesículas e pústulas que se rompem rapidamente para formar crostas aderentes douradas, 
geralmente localizado na face ou nas extremidades. O eritema infeccioso é causado pelo 
Parvovírus B19. Ocorre frequentemente em surtos entre crianças em idade escolar e seu 
quadro clínico se inicia com sintomas prodrômicos inespecíficos (como febre, coriza, dor 
de cabeça, náusea e diarreia). Alguns dias depois, após um período assintomático, a 
erupção cutânea eritematosa clássica surge na região malar e é seguida, após vários dias, 
por uma erupção reticulada ou semelhante no tronco e nas extremidades. Resposta: letra B. 
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Questão 547515:
Se você seguir um passo a passo organizado na avaliação da baixa estatura, você não errará 
nenhuma questão a respeito do assunto. Diante de um paciente com queixa de baixa estatura, 
o primeiro passo é se certificar de que realmente o paciente seja baixo, ou seja, tem 
estatura para idade abaixo do escore-Z -2 (= abaixo do p3). No caso descrito, estamos 
realmente diante de uma paciente baixa. O próximo passo será avaliar a velocidade de 
crescimento nos últimos seis meses, sendo este o dado mais sensível para diferenciar 
causas patológicas das variantes normais do crescimento. A questão não forneceu este dado, 
mas repare que as alternativas trazem apenas causas não patológicas de baixa estatura, 
então o mais provável é que a VC desta paciente seja normal. Lembre-se sempre de avaliar a 
VC em conjunto com o estágio de desenvolvimento puberal da paciente, já que o crescimento 
esperado em pré-púberes é diferente do esperado para pacientes que já iniciaram o 
desenvolvimento puberal. Seguindo a sequência de avaliação, devemos encaixar nosso 
paciente dentro do seu canal de crescimento fisiológico, de acordo com o cálculo do seu 
alvo genético. Em meninas, o cálculo é feito através da fórmula (altura do pai + altura da 
mãe - 13)/2. Por fim, o primeiro exame complementar a ser realizado é o raio X de mãos e 
punhos, para avaliação da idade óssea. Essa é a forma de diferenciar as duas etiologias 
presentes nas alternativas: na baixa estatura familiar, a idade óssea é compatível com a 
idade cronológica. Já na baixa estatura constitucional, há um atraso da idade óssea em 
relação à idade cronológica, o que denota uma lentificação no processo de crescimento. Por 
isso, a previsão de estatura final é normal, compatível com o padrão familiar. Perceba 
que, na questão, há atraso de dois anos da IO em relação à IC, o que configura um atraso 
da IO em qualquer faixa etária. Estamos diante de um atraso constitucional do crescimento, 
cuja previsão de estatura na vida adulta é normal. Resposta: letra C. 
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Questão 547518:
Estamos diante de um recém-nascido no quarto dia de vida que se apresenta ictérico. A 
principal causa de icterícia neste período ainda é icterícia fisiológica. Todavia, há 
alguns dados que não nos permitem estabelecer esse diagnóstico: a icterícia alcançou a 
zona III de Kramer, o que sugere níveis elevados de bilirrubina. Tal suspeita foi 
corroborada na avaliação laboratorial. Não sabemos exatamente com quanto tempo de vida o 
quadro começou e até poderíamos pensar em uma doença hemolítica por uma incompatibilidade 
materno fetal, mas ao compararmos o tipo sanguíneo e o fator Rh da mãe e do recém-nascido, 
vemos que não a esta possibilidade. Há outro dado importante neste anunciado: a perda 
ponderal excessiva. Sabemos que os recém-nascidos a termo podem apresentar uma perda de 
até 10% do seu peso de nascimento dos primeiros dias de vida, mas isso já foi 
ultrapassado. Diante disso, devemos considerar como principal hipótese diagnóstica o 
quadro de icterícia do aleitamento materno. Nesta situação, existe alguma dificuldade 
associada com a amamentação que leva a uma perda ponderal excessiva e aumenta a circulação 
êntero-hepática da bilirrubina. Mesmo sem a dificuldade ter sido relatada no enunciado, 
dada a perda ponderal, esta deve ser nossa suspeita. Não confunda este quadro com o quadro 
da icterícia do leite materno, que é tipicamente o diagnóstico de uma icterícia 
persistente pela presença de alguma substância do leite. Resposta: letra B. 
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Questão 547523:
Vamos analisar as afirmativas sobre o corrimento vaginal: Letra A: correta. A vaginose 
bacteriana é causada por um desequilíbrio da flora vaginal, que resulta em diminuição dos 
lactobacilos e crescimento polimicrobiano. Mesmo não sendo considerada uma infecção 
sexualmente transmissível (IST), a vaginose aumenta o risco de aquisição de ISTs, 
incluindo o HIV. Neste caso, o decréscimo no número de lactobacilos produtores de 
peroxidase impede a ativação local do linfócito T CD4. Letra B: incorreta. A vaginose 
bacteriana aumenta o risco de transmissão de outras ISTs, como a doença inflamatória 
pélvica (DIP). Vale lembrar que uma das complicações tardias da DIP é a infertilidade. 
Portanto, a prevalência de vaginose bacteriana é maior em mulheres inférteis, e não 
férteis. Letra C: incorreta. Durante a vida reprodutiva, 10% a 20% das mulheres serão 
colonizadas por Candida spp., de forma assintomática, sem necessitar de tratamento. Letra 
D: incorreta. A tricomoníase é a terceira causa mais comum de corrimento vaginal, 
correspondendo a 20% dos casos. Além disso, sinais inflamatórios da vagina são frequentes, 
como ardência, hiperemia e edema. Letra E: incorreta. Os Lactobacillus são as bactérias 
predominantes do conteúdo vaginal normal, sendo responsáveis pela produção de ácido 
lático, o que torna o pH da vagina mais ácido e inibe o crescimento de patógenos 
oportunistas. No entanto, quando presentes em excesso, os Lactobacillus desencadeiam um 
processo de citólise das células do epitélio vaginal, com consequente liberação de 
substâncias irritativas, o que resulta em corrimento e ardência vulvovaginal. Resposta: 
letra A. 
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Questão 547524:
Questão direta que aborda o o tratamento sindrômico das úlceras genitais recomendado pelo 
Ministério da Saúde. De acordo com o fluxograma para o manejo de infecções que causam 
úlcera genital, diante de uma infecção sexualmente transmissível como causa provável e na 
ausência de exames laboratoriais disponíveis, devemos verificar se existe evidência de 
lesões vesiculosas ativas. A presença de vesículas direciona para o tratamento de herpes 
genital. O fluxograma não aborda a presença de sintomas dolorosos incipientes, linfonodos 
inguinais aumentadosou bordas sangrativas à manipulação, o que exclui as alternativas B, 
C e D. Portanto, a única característica presente no fluxograma é a evidência de lesões 
vesiculosas ativas. Resposta: letra A. 
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Questão 547527:
Temos uma paciente de 17 anos com amenorreia primária (nunca menstruou). Ao exame, há 
desenvolvimento mamário (M4 de Tanner), ausência de pilificação em vulva e axilas e 
genitália externa feminina com hímen íntegro e perfurado. Pela descrição de mamas 
desenvolvidas e ausência de pilificação, pensamos em síndrome de insensibilidade aos 
androgênios (SIA). Vamos às alternativas, em busca da incorreta. Letra A: correta. Na 
investigação da amenorreia primária, para avaliação dos órgãos pélvicos, a investigação 
inicial inclui a realização de ultrassonografia pélvica por via transvaginal ou por via 
abdominal. Letra B: incorreta. O teste da progesterona faz parte da investigação da 
amenorreia secundária, não da primária. Tal teste é aplicado para avaliar simultaneamente 
o status estrogênico e a patência do trato genital. Lembre-se que diante de teste da 
progesterona positivo, temos diagnóstico de anovulação. Letra C: correta. A SIA decorre da 
insensibilidade periférica aos androgênios em indivíduo com genótipo 46,XY. Em outras 
palavras, genotipicamente são homens (XY), mas têm um defeito que impede a função normal 
do receptor androgênico, levando ao desenvolvimento do fenótipo feminino. Por esse motivo, 
tais pacientes desenvolvem características sexuais secundárias femininas, mas não 
apresentam menstruação. Os defeitos dos genes do receptor androgênico localizado no 
cromossomo X incluem ausência do gene que codifica o receptor androgênico e anormalidades 
no domínio de ligação ao androgênio do receptor. Existem também defeitos pós-receptor. 
Assim o cariótipo 46 XY define o diagnóstico. Letra D: correta. Conforme visto acima, na 
SIA há insensibilidade periférica aos androgênio, havendo produção de testosterona. Assim, 
esperamos encontrar níveis séricos elevados de testosterona total. Letra E: correta. Na 
SIA os testículos estão presentes e funcionantes. Resposta: letra B. 
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Questão 547528:
Questão para relacionarmos colunas a respeito das indicações dos métodos contraceptivos. 
Vamos avaliar as situações da Coluna 2 e avaliar qual método é melhor indicado para tal 
paciente. Portanto, a ordem correta é 2-4-3-1-5. Resposta: letra A. 
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Questão 547529:
Estamos diante de uma paciente jovem que apresenta oligomenorreia e sangramento uterino 
anormal. Ao exame físico, podemos observar a presença de hirsutismo, definido por um 
escore de Ferriman maior ou igual a 8, além de acne. Os exames laboratoriais revelaram 
relação LH/FSH ≥ 2:1. Vamos às alternativas: Letra A: incorreta. Apesar de não apresentar 
o critério ultrassonográfico, a paciente possui irregularidade menstrual e sinais clínicos 
de hiperandrogenismo, o que confirma o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos 
(SOP). Letra B: incorreta. De acordo com os critérios para o diagnóstico de SOP, o 
hiperandrogenismo pode ser clínico e/ou laboratorial. Nesse caso, a paciente apresenta 
hirsutismo e acne, que são manifestações clínicas do hiperandrogenismo. Letra C: 
incorreta. A resistência insulínica é comum em pacientes portadoras de SOP. No entanto, a 
contracepção oral não está contraindicada nessa situação. Letra D: correta. De acordo com 
o consenso de Rotterdan, o diagnóstico de SOP inclui pelo menos dois dos seguintes 
critérios: presença de oligo ou anovulação, sinais clínicos e/ou bioquímicos de 
hiperandrogenismo e ovários policísticos ao exame ultrassonográfico. A paciente apresenta 
o fenótipo B, caracterizado por anovulação com hiperandrogenismo, sem as imagens de 
ovários policísticos. Vale lembrar que, em ciclos anovulatórios, o estímulo estrogênico 
prolongado resulta em proliferação endometrial sem a oposição da progesterona. O resultado 
clínico é o sangramento irregular, prolongado e intenso. Nesse contexto, além de atividade 
física e dieta adequada, o tratamento deve incluir o anticoncepcional combinado, com o 
objetivo de atenuar o hirsutismo clínico e proteger o endométrio. Letra E: incorreta. O 
fenótipo D é caracterizado pela ausência de hiperandrogenismo. Resposta: letra D. 
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Questão 547530:
Estamos diante de uma paciente de 32 anos, nuligesta, com prolapso genital. Ao analisarmos 
o POP-Q, podemos observar a presença de um alongamento hipertrófico do colo uterino, uma 
vez que o ponto C (+1), que representa o colo uterino, apresenta uma distância maior que 4 
cm do ponto D (-4), que corresponde ao fundo de saco posterior. Portanto, temos um colo 
prolapsado com fundo de saco em posição anatômica. Não há prolapso do útero, o que exclui 
as alternativas A, B e C. Nesse caso, temos uma paciente jovem e nuligesta, o que 
contraindica o tratamento com histerectomia vaginal, afastando a letra E. A cirurgia de 
Manchester inclui a amputação parcial do colo uterino e a cervicofixação anterior dos 
ligamentos cardinais. O procedimento está indicado em pacientes com alongamento 
hipertrófico do colo que desejam preservar a função reprodutiva. Sendo assim, a cirurgia 
de Manchester é a melhor conduta. Resposta: letra D. 
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Questão 547536:
Essa questão descreve uma gestante com 12 semanas de idade gestacional que apresenta 
sorologias IgG e IgM positivas para toxoplasmose. A paciente realizou teste de avidez de 
IgG que revelou avidez alta, indicando que a infecção ocorreu há mais de quatro meses, ou 
seja, previamente à gestação. A questão pede a conduta correta. Vamos analisar cada uma 
das alternativas:Letra A: incorreta. A amniocentese para pesquisa de PCR do Toxoplasma 
gondii está indicada em gestantes com diagnóstico de infecção aguda.Letra B: correta. 
Diante de um resultado de alta avidez em gestantes abaixo de 16 semanas, é possível 
descartar que a infecção tenha ocorrido na gestação em curso. Portanto, devemos suspender 
a espiramicina e manter a gestante no pré-natal de risco habitual.Letra C: incorreta. O 
tratamento com espiramicina não está indicado, pois descartamos a possibilidade de 
infecção aguda.Letra D: incorreta. A terapia tríplice com pirimetamina, sulfadiazina e 
ácido folínico está indicada após 16 semanas na presença de infecção aguda.Resposta: letra 
B. 
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Questão 547539:
A questão deseja saber o ponto de referência fetal e o quanto ele deve rodar para que se 
tenha o desprendimento da cabeça em uma paciente que está no período expulsivo. O feto 
está em uma apresentação cefálica fletida, portanto o ponto de referência é o occipito, e 
em uma variedade de posição esquerda anterior, logo temos uma OEA. Pensando em um relógio, 
o ponto de referência estaria entre uma e duas horas. Para responder à questão, basta 
lembrar que o desprendimento ocorre em uma variedade direta e que o feto realiza a rotação 
no sentido ''mais fácil'', realizando a menor rotação possível, preferencialmente para 
variedade Occipitopúbica (OP) que está localizado às 12h do relógio. Se o occipício fetal 
está anteriormente à esquerda na bacia materna, o feto precisa rodar 1/8 de 
circunferência, ou seja, 45 graus no sentido anti-horário, para que seu occipício chegue 
ao pube materno. O bregma é o ponto de referência da apresentação cefálica defletida de 1º 
grau, diferente do que foi colocado nesta questão. Resposta: letra D. 
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Questão 547542:
Utilizandoa regra de Nägele, vamos calcular a data provável do parto a partir da data da 
última menstruação. Para isso, somamos 7 ao dia da DUM: dia 07, indo para o mês seguinte, 
que é março. E somamos 9 ao mês de março: 9 + 3 = 12. Portanto, a data provável do parto é 
07/12/2020. Resposta: letra A. 
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Questão 547543:
Em Estudos Transversais os dados se referem a um momento específico no tempo, a uma 
situação pontual, é um “retrato da situação de um agravo em um determinado momento na 
população”. São excelentes para avaliar a prevalência. Não houve acompanhamento ao longo 
do tempo de maneira prospectiva (coorte) e nem retrospectiva (caso controle). O estudo 
ecológico, embora seja transversal, é um estudo observacional agregado e o estudo que nos 
foi apresentado é individuado. Resposta: letra D. 
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Questão 547544:
Vamos acompanhar o raciocínio da questão… No início é falado que a estimativa é que as 
lesões de Koplik estejam presentes em 60% das pessoas que estão incubando o sarampo. Ou 
seja, a sensibilidade (chance de se encontrar as lesões em indivíduos doentes) é de 60%. A 
seguir é falado que alguns autores “consideram que elas constituem um sinal patognomônico 
desta doença”. Ou seja, se encontrarmos uma lesão de Koplik é praticamente certo que o 
diagnóstico seja de sarampo. Isso significa que a chance de se encontrar uma lesão em um 
indivíduo sadio é de praticamente zero! Logo, a chance de não se encontrar a lesão em um 
indivíduo sadio é de praticamente 100%! E a chance de não se encontrar algo (teste 
negativo) em indivíduos sadios corresponde ao conceito de ESPECIFICIDADE. Letra A: 
correta. Exatamente isso! A especificidade é alta, logo, confia-se muito no resultado 
positivo. Em outras palavras, se encontrarmos a lesão, é praticamente certo que o 
indivíduo é doente. Letra B: incorreta. A sensibilidade que é de 60%. O VPP é de 
praticamente 100%. Letra C: incorreta. É verdadeiro positivo em 60% dos casos e falso 
negativo em 40% dos casos. Letra D: incorreta. Não conseguimos calcular o VPN só com os 
dados fornecidos. Precisaríamos da prevalência de sarampo em uma população para chegarmos 
a esse valor. Mas 40% na verdade é a chance de não haver lesões de Koplik em indivíduos 
com sarampo. Resposta: letra A. Obs.: Em anexo colocamos uma tabela, usando como exemplo 
200 indivíduos testados, sendo que 100 tem sarampo e 100 não tem a doença. Note que as 
lesões estão presentes (teste ) em 60% dos doentes, o que corresponde exatamente a 
sensibilidade. Logo, os verdadeiros positivos são 60 e os falsos negativos são 40. 
Ademais, ele afirma que as lesões são patognomônicas da doença. Ou seja, a chance de não 
haver as lesões em um não doente é de praticamente 100%, pois quando há a lesão eu tenho 
praticamente certeza que o indivíduo é doente. Em outras palavras a especificidade é de 
cerca de 100%, não havendo falsos positivos! 
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Questão 547545:
Vamos analisar as assertivas de acordo com a Lei 8.142/1990: Afirmativa I: incorreta. Os 
usuários tem representação paritárias ao conjunto dos demais segmentos nos conselhos. 
Resumindo: 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de prestadores de serviço e 
gestores. Afirmativa II: correta. Os conselhos apresentam carater deliberativo e de 
controle das políticas de saúde; Afirmativa III: correta O controle popular é um dos 
fundamentos do SUS. A população participa das conferências de saúde. Afirmativa IV: 
incorreta. As Conferências ocorrem a cada 4 anos. Afirmativas II e III corretas. Resposta: 
letra C. 
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Questão 547551:
Revisando os tipos de epidemia: Epidemia explosiva (ou maciça) por fonte comum: Há uma 
única fonte da doença e não existe transmissão hospedeiro-hospedeiro. Pode ser por fonte 
pontual ou por fonte persistente. Neste caso, o pico de incidência máxima é atingida em um 
curto intervalo de tempo e, naturalmente, há esse aparecimento de casos tem íntima relação 
com o período de incubação do agente etiológico. → Epidemia explosiva por fonte pontual: O 
critério para classificar essa epidemia é o intervalo de tempo. A exposição se dá em um 
curto intervalo de tempo e para, não tornando a repetir. São exemplos: intoxicação 
alimentar, exposição à radiação ionizante, etc. → Epidemia explosiva por fonte persistente 
(ou contínua): O critério para classificar essa epidemia também é o intervalo de tempo. Só 
que agora, a exposição se dá em um largo intervalo de tempo. São exemplos: epidemia de 
febre tifoide causada por uma fonte hídrica contaminada. Epidemia propagada (ou 
progressiva ou lenta ou por disseminação): Neste caso, o pico de incidência demora para 
ser atingido e o mecanismo de transmissão ocorre por pessoa-pessoa ou por vetor. Letra A: 
correta. Conforme explicado acima. Letra B: incorreta. As propagadas tendem a apresentar 
um crescimento no número de casos novos mais demorado. Letra C: incorreta. Nas explosivas, 
as pessoas suscetíveis costumam ter contato com uma única fonte de contaminação por um 
curto ou longo espaço de tempo. Letra D: incorreta. Isso acontece nas epidemias 
propagadas. Resposta: letra A. 
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Questão 547557:
Boa questão sobre medidas de associação. Letra A: incorreta. Os únicos estudos que avaliam 
se há associação entre a exposição e o desenvolvimento de uma doença são coorte e ensaio 
clínico. Letra B: incorreta. Se o risco relativo for maior do que 1, o risco em pessoas 
expostas é MAIOR que o risco em pessoas não expostas, evidenciando uma associação 
POSITIVO, e pode ser indicativo de efeito de RISCO. Letra C: correta. Exatamente isso… 
Lembre-se que o odds ratio estima o risco. Letra D: incorreta. A INCIDÊNCIA de uma doença 
na população é chamada de risco absoluto. O risco absoluto pode indicar a magnitude do 
risco em um grupo de pessoas com exposição. Resposta: letra C. Vale lembrar que o odds 
radio também pode ser calculado em estudos de coorte, desde que a incidência seja baixa. 
Ou seja, o desfecho seja raro. Mas fique tranquilo... Isso raramente aparece em provas, 
mas vale como um "lembrete"! 
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Questão 547560:
Vamos começar relembrando das definições: A morte materna obstétrica direta é aquela 
decorrente de complicações obstétricas diretas da gravidez, do parto e do pós-parto, sem a 
intercorrência de doenças preexistentes. Ou seja, neste caso a gravidez foia CAUSA. 
Exemplos: causas hipertensivas, hemorrágicas ou infecciosas. Já a morte materna obstétrica 
indireta é aquela decorrente de doenças preexistentes ou adquiridas durante a gravidez, 
parto ou pós-parto, que são agravadas pelo processo fisiológico da gestação. Em outras 
palavras, a morte materna obstétrica indireta é aquela que ocorre por uma doença que não 
está diretamente relacionada ao processo de gravidez, parto ou pós-parto, mas que foi 
agravada por esses processos. Ou seja, a gravidez foi um AGRAVANTE. Exemplos: cardiopatia 
pré-existente, covid-19… Voltando ao caso, como a causa foi a covid-19, temos uma morte 
materna por causa obstétrica indireta. Resposta: letra B. 
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Questão 547463:
A questão traz uma mulher jovem com uveíte anterior aguda, aftas orais recorrentes e 
dolorosas, dor abdominal e diarreia há 1 ano. Refere ainda evacuações diárias de 5 a 6 
vezes, em pequeno volume e com sangue e muco. Ora, diante uma diarreia crônica 
disabsortiva em mulher jovem devemos pensar em uma doença inflamatória intestinal, como a 
doença de Crohn (DC). Visando o esclarecimentodiagnóstico, o encontro de granuloma não 
caseoso na biópsia do trato gastrointestinal após uma colonoscopia pode diferenciar a 
doença de Crohn da retocolite ulcerativa. Além disso, manifestações extraintestinais, como 
a uveíte anterior, e o envolvimento da mucosa oral, falam a favor da DC. Resposta: letra 
D. 
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Questão 547464:
A hipótese de ateroembolismo renal é pouco provável, já que não há “manifestações 
embólicas” descritas no caso, como placas de Hollenhorst e livedo reticularis. 
Provavelmente, trata-se de uma nefropatia induzida pelo contraste utilizado no 
cateterismo. Não há tratamento específico para essa condição; é só suporte. O mais 
importante é elaborar estratégias preventivas. Para pacientes internados que têm maior 
risco de desenvolver a doença (ex: DRC < 60 + DM), está indicada a infusão de 1 ml/kg/hora 
de solução salina 6-12 horas antes do procedimento, durante e até 6-12 horas após. O uso 
de contrastes não iônicos de baixa osmolaridade também deve ser considerado, mas seu custo 
é mais elevado. Estatinas e n-acetilcisteína não possuem benefício comprovado, seja no 
tratamento ou na profilaxia. Resposta: letra A. 
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Questão 547467:
Os sintomas mais clássicos de hipertensão intracraniana são cefaleia, vômito em jato e 
edema de papila. Porém, também não podemos esquecer da tríade de Cushing: hipertensão 
arterial + bradicardia + irregularidade do ritmo respiratório. O rebaixamento do nível de 
consciência também pode estar presente, assim como a anisocoria (que pode indicar uma 
herniação).Dentre as medidas terapêuticas que podem ser utilizadas, temos:- Drenagem de 
liquor através da ventriculostomia.- Elevação da cabeceira do leito a 30 a 45º (letra E 
incorreta).- Osmoterapia, que pode ser feita com manitol 25-100 mg até de 4/4h (mantendo 
osmolaridade sérica < 320 mOsm/L), ou solução salina hipertônica 25-100 mg até de 4/4h 
(mantendo osmolaridade sérica < 320 mOsm/L). Por outro lado, o uso de soluções 
hipotônicas, como soro glicosado 5%, não esta recomendado (letra C incorreta).- Corticoide 
(dexametasona 4 mg de 6/6h): nos casos associados a tumor e abscesso. Letra D correta!- 
Sedação (com midazolam, propofol ou opioides): a agitação pode aumentar a PIC.- 
Hiperventilação transitória (manter PaCO2 entre 30-35 mmHg): a hiperventilação causa 
vasoconstrição, reduzindo temporariamente o volume sanguíneo cerebral e diminuindo a PIC 
(lembre-se: sistema nervoso, meninges, liquor e sangue são o "conteúdo" do crânio). 
Contudo, deve ser feita transitoriamente a fim de não causar ou agravar isquemia cerebral. 
A hiperventilação exige que o paciente esteja intubado. - Volume e vasopressores, em caso 
de hipotensão arterial (com o objetivo de manter a perfusão cerebral). O uso de 
antibiótico não é recomendado de rotina, exceto nos casos em que há suspeita de infecção 
(letra A incorreta). Além disso, a glicemia deve ser controlada e mantida em níveis 
normais (algumas referências preconizam manter glicemia < 150 mg/dL) - letra B incorreta. 
Resposta: letra D. 
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Questão 547468:
Temos um homem de 76 anos com dores nos joelhos ao se levantar e que piora quando caminha. 
História de quedas da própria altura por tropeço no chão da rua. Ao exame físico, edema 
discreto em MMII e varizes. Além disso, crepitação dos joelhos à mobilização, sem presença 
de cicatrizes. Em resumo, temos um idoso com quedas e uma aparente doença articular (que 
não parece ter sido causada por quedas, pois não há cicatrizes). Qual diagnóstico pode 
melhor explicar esse quadro? A osteoartrose (OA). Lembre-se que a osteoartrose, que é uma 
doença degenerativa das articulações sinoviais, é caracterizada justamente por dor e 
limitação funcional nas articulações acometidas (no caso, dos joelhos). Um aspecto clínico 
importante é a sensação de "insegurança" e instabilidade articular, o que leva os 
pacientes a evitarem o uso da articulação. Hipoxemia central traria outras manifestações 
ao exame físico, como cianose, e a história apresentaria queixas como dispneia e cansaço 
(a letra A está incorreta). A hipotensão postural pode causar quedas em idosos, mas 
estaria mais associada à mudança brusca de posição (supina-sentada-em pé) e não teria 
relação com o quadro articular apresentado (a letra C está incorreta). E, por último, este 
idoso poderia estar caindo da própria altura por um quadro demencial inicial? Até poderia, 
mas sem outros sinais/sintomas neurológicos ("sem outras queixas"), este diagnóstico fica 
enfraquecido (a letra D está incorreta). Resposta: letra B. 
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Questão 547469:
Questão conceitual sobre os autoanticorpos no lúpus eritematoso sistêmico (LES). Vejamos 
as alternativas. - Letra A: correta. O antígeno P é uma proteína ligada aos ribossomos, 
estruturas citoplasmáticas que contêm RNA (RNA ribossômico). Estão presentes em 20% dos 
casos de LES e correlacionam-se com psicose lúpica e depressão. - Letra B: correta. O 
fator antinuclear, FAN, medido por imunofluorescência, é muito sensível para LES (mais de 
98% dos pacientes tem FAN +). Tal marcador pode ser usado como teste de triagem, 
considerando-se significativo um título ≥ 1:80. Múltiplos resultados negativos 
correlacionam-se com ausência de LES. Entretanto, o FAN não tem especificidade – muitos 
pacientes com outras doenças também podem ter FAN positivo... - Letra C: incorreta. O 
antígeno Ro e o antígeno La são fosfoproteínas complexadas a fragmentos de RNA nuclear. Os 
autoanticorpos contra esses antígenos geralmente aparecem em conjunto. O anti-Ro (SS-A) 
está presente em 30% dos casos de LES, enquanto o anti-La (SS-B) encontra-se em apenas 
10%. Os dois anticorpos reagem à mesma estrutura, porém, cada um ataca um epítopo 
diferente. Ambos estão associados à síndrome seca (Sjögren), frequentemente relacionada ao 
LES. Ambos têm correlação negativa com a nefrite lúpica, isto é, pacientes anti-Ro/anti-La 
positivo tem menos chance de nefrite. - Letra D: correta. O antígeno RNP 
(ribonucleoproteína) é encontrado em complexos com pequenas partículas de RNA nuclear, 
também formando o snRNP. A presença de altos títulos do anticorpo contra o RNP está 
associada à doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) e às síndromes de overlap com a 
esclerodermia e a polimiosite. - Letra E: correta. Os anti-histonas são autoanticorpos 
voltados contra os diversos tipos de histona – proteínas estruturais do núcleo que se 
ligam às cadeias de DNA dupla hélice. Existem os tipos H1, H2, H3 e H4. Estes anticorpos 
estão bastante relacionados ao lúpus induzido por drogas, presentes em 95-100% desses 
pacientes. No LES idiopático, sua prevalência é de 70%. Resposta: letra C. 
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Questão 547470:
Em um paciente que possui história de infarto com supra de ST prévio que não foi submetido 
a nenhum tratamento, faz sentido pensarmos que a origem de sua cardiopatia é isquêmica 
(inclusive, é compatível com o ECG, que mostra área eletricamente inativa justamente na 
parede anterior). Inclusive, a doença coronariana ateroesclerótica é a causa mais comum de 
IC nos EUA. Cabe lembrar que a hipertensão arterial crônica provoca sobrecarga no 
ventrículo esquerdo e produz uma cardiopatia hipertensiva, ao passo que a infecção pelo T. 
cruzi pode provocar a cardiomiopatia chagásica, mas essas seriam hipóteses menos prováveis 
pela história apresentada. Agora, o que temos é uma descompensação da cardiopatia de base: 
a paciente apresenta dispneia súbita, tosse, ortopneia, está hipotensa e apresenta sinais 
claros de congestão sistêmica! Em primeiro lugar, qual seria o perfil de nossa paciente? 
Bem, em primeirolugar, vamos revisar os diferentes perfis que podem ser encontrados. O 
perfil A é o paciente "quente e seco", ou seja, há uma piora da dispneia, mas não temos 
sinais de congestão ou de má perfusão. O perfil B é o "quente e úmido", justamente o mais 
comumente encontrado, caracterizado por congestão acompanhada de perfusão periférica 
adequada. O tratamento deve ser feito com diuréticos e vasodilatadores (nitroglicerina ou 
nitroprussiato). O perfil C diz respeito ao paciente "frio e úmido", caracterizando os 
pacientes congestos com débito cardíaco reduzido, vasoconstrição periférica e má perfusão 
tecidual. É justamente o caso em questão! Aqui, o tratamento é feito com inotrópicos como 
dobutamina ou milrinona. Diuréticos podem ser feitos, desde que de maneira cuidadosa, até 
porque a pressão arterial de nosso paciente está em valores limítrofes (cabendo lembrar 
que a dobutamina não deve ser feita em pacientes com PA sistólica < 90 mmHg, já que 
provoca redução na pressão arterial). O perfil D ou L (frio e seco) geralmente demanda 
hidratação venosa cautelosa, com solução cristaloide e monitorização hemodinâmica. Já 
definimos o perfil e o tratamento mais adequado. E qual seria a causa? Ora, o enunciado é 
claro ao dizer que a paciente fazia uso irregular dos medicamentos, então ficaremos com má 
aderência (o ECG não evidencia evento isquêmico novo para pensarmos em infarto). Resposta: 
letra D. ht
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Questão 547471:
Questão clássica, que apresenta uma mulher de 40 anos, com diagnóstico de pneumonia e 
evoluiu com derrame pleural esquerdo. Frente a um derrame pleural parapneumônico, devemos 
sempre realizar a toracocentese para análise do liquido pleural e classificação em derrame 
pleural parapneumônico não complicado, complicado ou empiema. Essa classificação é 
extremamente importante, pois vai guiar nossa conduta para uma abordagem conservadora ou 
invasiva. A análise do derrame pleural não complicado vai apresentar-se como um líquido 
claro, com pH maior ou igual a 7,2; DHL < 1000 UI/L; glicose > 40mg/dL. Além disso, não há 
bactérias no gram, e a cultura é negativa. Nesses casos devemos realizar uma conduta 
conservadora, sem necessidade de drenagem torácica. O derrame pleural complicado vai 
apresentar-se como um líquido claro ou turvo, com pH < 7,2; DHL > 1000 UI/L e glicose < 
40mg/dL. Além disso, pode haver bactérias no gram e/ou cultura positiva. O empiema 
apresenta-se como um derrame pleural francamente purulento, independente dos achados 
laboratoriais. A conduta frente a um derrame pleural parapneumônico complicado ou empiema 
deverá ser invasiva com realização de drenagem torácica. Resposta: letra B. 
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Questão 547474:
Questão aborda as principais complicações da insuficiência hepática aguda e solicita 
dentre as alternativas, qual está INCORRETA. Devemos pensar na insuficiência hepática 
aguda quando o paciente apresentar sinais e sintomas de insuficiência hepática grave, 
representados principalmente por INR ≥ 1,5 e algum grau de encefalopatia, num paciente SEM 
doença hepática prévia significativa, no período de até oito semanas do início dos 
sintomas da hepatite. Ela também pode ser considerada em pacientes COM hepatopatia prévia, 
caso o surgimento ocorra dentro de duas semanas após o início da icterícia. O quadro 
geralmente começa como uma hepatite aguda clássica e evolui subitamente para encefalopatia 
(confusão mental, rebaixamento da consciência), edema cerebral com hipertensão 
intracraniana (LETRA B – CORRETA), coagulopatia (LETRA D – CORRETA), insuficiência renal 
oligúrica irreversível e disfunção orgânica múltipla com alta tendência a infecções 
bacterianas e sepse (LETRA C – CORRETA). Dos distúrbios hidroeletrolíticos, são frequentes 
a hipocalemia, hiponatremia, hipofosfatemia e acidose lática. Surge também hipoglicemia 
importante devido ao prejuízo à gliconeogênese hepática e da indisponibilidade dos 
estoques de glicogênio. (LETRA A – INCORRETA). Resposta: letra A. 
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Questão 547475:
Pode ser tuberculose? Poder até pode, mas antes de iniciar o tratamento é preciso 
confirmar o diagnóstico, no caso, com estudo microbiológico de material obtido do 
linfonodo (letra A errada). Na realidade, o quadro não é muito característico de TB, o que 
obriga fortemente que se faça um diagnóstico diferencial com outras etiologias, 
principalmente doenças linfoproliferativas (no caso, um linfoma). Na realidade, aqui 
poderia se tratar de linfoma de Hodgkin ou não Hodgkin. O Hodgkin é o mais comum na faixa 
etária deste paciente, porém a banca fez uma "pegadinha" com os candidatos! Pensando nesta 
possibilidade, e considerando que o PET-TC mostrou captação em linfonodos acima e abaixo 
do diafragma, sem captação em órgãos extralinfoides, a letra D pode ser descartada 
(segundo a classificação de Ann-Arbor para estadiamento dos linfomas, doença em ambos os 
lados do diafragma é estádio III e estádio IV, é doença que além disso acomete tecidos 
extralinfoides)... Além disso, o tratamento de um linfoma Hodgkin estádio IV seria com 
quimioterapia exclusiva, não associada à radioterapia, ou seja, diferente do que trouxe a 
opção D. A mononucleose infecciosa (infecção sistêmica aguda pelo EBV) é caracterizada por 
febre mais alta e poliadenopatia periférica (tipicamente com linfonodos pequenos, 
raramente cursando com grandes adenomegalias centrais). De qualquer forma, o diagnóstico é 
feito por meio de sorologia, e não por biópsia de linfonodo (letra C errada). Quanto ao 
hepatocarcinoma, ou Carcinoma Hepatocelular (CHC), não há captação hepática nodular, logo, 
não poderíamos pensar em CHC metastático (letra E errada). Melhor resposta, por exclusão: 
letra B. Obs.: lembrar que a confirmação diagnóstica de linfoma requer o estudo 
histopatológico do linfonodo, o que demanda a realização de biópsia excisional (retirada 
de todo o linfonodo). 
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Questão 547476:
Tradicionalmente, dividimos a síndrome de hipertensão portal (HP) em três grandes 
compartimentos, de acordo com a topografia: pré-hepática, pós-hepática ou intra-hepática. 
De acordo com a localização, a causa pode variar. Além disso, na forma intra-hepática, 
ainda podemos subdividir em pré-sinusoidal, sinusoidal ou pós-sinusoidal. Com isso em 
mente, vamos analisar as alternativas sobre o assunto: Letra A incorreta. A síndrome de 
Budd-Chiari representa a trombose de veias hepáticas e é uma causa de obstrução 
pós-hepática. Letra B incorreta. A cirrose hepática é a principal causa de HP e leva à 
obstrução intra-hepática sinusoidal. Letra C: incorreta. Esquistossomose mansônica causa 
obstrução intra-hepática pré-sinusoidal pela fibrose em resposta à oviposição do parasita. 
Letra D: correta. A insuficiência cardíaca, especialmente da câmara direita (ex: 
regurgitação tricúspide, pericardite constrictiva) é uma causa clássica, embora pouco 
comum nos dias atuais, de HP por congestão. Resposta: letra D. 
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Questão 547477:
Vamos analisar os exames presentes em cada item, levando em consideração o contexto 
citado:Letra A: Correta. O BNP é um peptídeo que é secretado quando ocorre um aumento das 
pressões de enchimento do ventrículo. Portanto, via de regra, ele está aumentado nos 
pacientes com insuficiência cardíaca (IC), sobretudo em momentos de maior pressão de 
enchimento (como costuma ocorrer nos quadros de IC aguda/descompensada).Letra B: 
Incorreta. Sabendo que a paciente já possui uma cardiopatia isquêmica, é possível que o 
seu ecocardiograma “basal” esteja alterado sem significar uma descompensação aguda. Além 
disso, não podemos descartar a possibilidade estarmosdiante de uma IC com fração de 
ejeção normal.Letra C: Incorreta. O ECG é outro exame que pode estar completamente normal 
(ou sem alterações em relação ao exame basal) durante uma descompensação de IC. Logo, ele 
não vai ajudar muito aqui.Letra D: Incorreta. A TC de tórax pode até mostrar um padrão 
mais sugestivo de edema pulmonar cardiogênico, mas frequentemente seus achados são 
completamente inconclusivos nesse sentido.Letra E: A espirometria não é um exame para ser 
realizado em um contexto de emergência, podendo ser influenciada por muitos fatores 
(inclusive pela IC).Resposta: letra A. 
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Questão 547479:
Para constatação do diagnóstico de morte encefálica é, inicialmente, necessário 
certificar-se de que:1. Presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e 
capaz de causar morte encefálica;2. Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o 
diagnóstico. Segundo a resolução, "na suspeita de distúrbio hidreletrolítico, acidobásico 
ou intoxicação exógena grave, cabe à equipe responsável definir se as anormalidades são 
capazes de causar ou agravar o quadro. A hipernatremia grave refratária não inviabiliza a 
determinação de morte encefálica, exceto quando é a única causa do coma”.3. Tratamento e 
observação no hospital pelo período mínimo de seis horas (se a causa primária for 
encefalopatia hipóxico-isquêmica, a observação deve ser de 24h);4. Temperatura corporal 
(esofagiana, vesical ou retal) superior a 35ºC; saturação arterial de oxigênio acima de 
94% e pressão arterial sistólica maior ou igual a 100 mmHg ou pressão arterial média maior 
ou igual a 65 mmHg para adultos.Após essas certificações, o paciente deve ser submetido a 
dois exames clínicos para confirmar o coma não perceptivo e a ausência de função do tronco 
encefálico (ausência de reatividade supraespinhal manifestada pela ausência dos reflexos 
fotomotor, corneopalpebral, oculocefálico, vestibulocalórico e de tosse).Portanto, poderia 
existir uma dúvida com relação a letra B, mas o autor da questão não deu maiores detalhes 
sobre a hiponatremia para pensarmos que esta condição poderia estar agravando o quadro. 
Por outro lado, a letra D é inquestionável, uma vez que é imperativa a necessidade de uma 
temperatura corporal > 35ºC.Resposta: letra D. 
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Questão 547480:
A pergunta é bastante direta, podendo ser traduzida por: o que fazer diante de uma exame 
de TSH e T4 com os valores apresentados, em paciente idosa assintomática? Primeiro vamos 
revisar os valores de corte das medidas de hormônio tireoideano: -TSH: 0,4 a 4,5 mU/L 
(existe controvérsia quanto ao valor máximo, podendo variar de 3,5-5mU/L dependendo da 
referência utilizada) -T4 livre: 0.7–1.8 ng/dl. Podemos concluir que pelo valor normal de 
T4 livre e alto valor de TSH, a paciente depende de estímulo maior pelo hipófise 
(produtora de TSH) para manter a produção normal de hormônios da tireóide. Por isso, é 
portadora de HIPOtireoidismo, porém sem manifestar sintomas, ou seja, um hipotireoidismo 
SUBCLÍNICO. A maioria das referências, incluindo a sociedade brasileira de endocrinologia, 
não indica tratamento do hipotireoidismo subclínico com valores de TSH < 10 mUI/L, para 
pacientes maiores de 65 anos. Isso ocorre pela ausência de benefício em pacientes idosos, 
combinado ao maior risco de efeitos adversos do tratamento. Resposta letra C 
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Questão 547482:
Os chamados "sinais de alarme" no contexto da dengue são todos indicativos de 
extravasamento plasmático, disfunção orgânica ou alteração hematológica. Confira os oito: 
1) Dor abdominal intensa ou à palpação; 2) Vômitos persistentes; 3) Hepatomegalia abaixo 
de 2cm do rebordo costal direito; 4) Lipotímia ou hipotensão postural 5) Letargia ou 
irritabilidade; 6) Derrames cavitários (ascite, derrame pericárdico ou pleural) 7) Aumento 
progressivo do hematócrito; 8) Sangramento mucoso. A febre, presente nas alternativas A, C 
e D, é sinal cardinal da doença em tela, não configurando sinal de alarme. Resposta: letra 
B. 
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Questão 547483:
Temos um paciente jovem com quadro de disfagia de condução ( “o alimento fica preso”) e 
pirose ocasional. Além disso, de antecedentes pessoais, temos história de rinite alérgica. 
Qual seria a hipótese diagnóstica para o caso? Sempre que estivermos diante de um paciente 
jovem com quadro de disfagia persistente ou DRGE refratária e história de alergia 
alimentar/ambiental, asma ou atopia, devemos pensar em esofagite eosinofílica! Trata-se de 
uma doença esofágica crônica, imunomediada por antígeno, caracterizada clinicamente por 
sintomas relacionados à disfunção esofágica e histologicamente por inflamação 
predominantemente eosinófila. Sua fisiopatologia exata não está totalmente esclarecida, 
mas envolve uma interação entre fatores genéticos, ambientais e do sistema imunológico do 
hospedeiro. Para fechar o diagnóstico, o paciente deve ter todos os seguintes: - Sintomas 
relacionados à disfunção esofágica; - Inflamação predominantemente eosinófila na biópsia 
esofágica, consistindo caracteristicamente em um valor de pico de ≥15 eosinófilos por 
campo de alta potência (ou 60 eosinófilos/mm2); - Exclusão de outras causas que possam ser 
responsáveis ou contribuir para os sintomas e eosinofilia esofágica. Portanto, em 
pacientes com suspeita de esofagite eosinofílica, o primeiro teste diagnóstico é 
tipicamente uma endoscopia digestiva alta com biópsias esofágicas. Recomenda-se que, no 
mínimo, duas a quatro biópsias sejam obtidas do esôfago distal, bem como outras duas a 
quatro do esôfago médio ou proximal. Exames de imagem com bário não são muito úteis para o 
diagnóstico de esofagite eosinofílica, mas podem ajudar a pesquisar complicações (ex: 
estenose). O videodeglutograma costuma ser usado para investigação de disfagias mais altas 
(de transferência). A manometria esofágica e a pHmetria de 24h também não têm um papel no 
diagnóstico desta condição. Elas são usadas, respectivamente, para investigação de 
distúrbios motores do esôfago e DRGE. Resposta: letra C. 
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Questão 547484:
A colangite bacteriana aguda é uma condição marcada pela obstrução do fluxo de bile 
seguida de infecção aguda das vias biliares por bactérias piogênicas (Escherichia coli, 
Klebsiella sp. e Enterobacter). Geralmente ocorre pela presença de estase biliar + 
presença do cálculo servindo como nicho para a proliferação de bactérias. Além da 
coledocolitíase, qualquer outra causa de estase biliar pode complicar com colangite 
bacteriana aguda (ex.: estenose cicatricial, colangite esclerosante, cisto biliar, tumores 
obstrutivos). Clinicamente, podemos encontrar duas formas distintas: não supurativa: 
marcada pela tríade de Charcot (icterícia + dor biliar + febre), em geral, a febre é alta 
e a icterícia vem acompanhada de colúria; supurativa: pentadecágono de Reynolds: tríade de 
Charcot hipotensão estado confusional. Laboratorialmente, temos leucocitose neutrofílica 
(> 15.000/mm3) com desvio para esquerda, hiperbilirrubinemia (BD), aumento da FA e das 
transaminases. O diagnóstico é clínico! A USG de abdome é o primeiro exame a ser realizado 
e o objetivo é localizar dilatação de vias biliares e coledocolitíase. Quando o 
diagnóstico ainda não ficar claro, podemos lançar mão de uma colangio-RM. No entanto, o 
grande exame é a colangiografia (CPRE) tanto para o diagnóstico (localização, biópsia e 
coleta de material para cultura) quanto para o tratamento (drenagem da via biliar). 
Resposta: letra B. 
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Questão 547486:
Para responder aesta questão, vamos remeter àquele lindo ditado: "uma imagem vale mais 
que mil palavras". Literalmente, nem precisamos ler o caso clínico para chegar ao 
diagnóstico. Mas, caso tenha lido, perceba que o menor apresentava ausculta respiratória 
reduzida globalmente à esquerda e estava saturando mal, mesmo com ventilação com 
bolsa-valva-máscara, além da hipotensão. Mas caso você tenha pensado em choque, olhe bem a 
imagem: perceba como a linha da pleura encontra-se deslocada inferiormente. Tente seguir 
os vasos pulmonares até a periferia do pulmão esquerdo e perceba que eles não estão 
presentes. Isso porque no lugar do parênquima pulmonar, o AR extrapleural ocupou esse 
espaço. Logo, trata-se de um pneumotórax hipertensivo, que é a causa de toda a 
descompensação clínica do paciente. Logo, a conduta IMEDIATA é a descompressão com 
inserção de uma agulha de grosso calibre no 2º espaço intercostal, na linha 
hemiclavicular. Resposta: letra E. VISÃO DA RADIO: Questão clássica da radiologia. 
Trata-se de uma radiografia de tórax demonstrando pneumotórax hipertensivo à esquerda. 
Como saberemos disso? Primeiro, queremos que você esteja apto a diferenciar o que é 
parênquima pulmonar normal do que é acúmulo de gás na cavidade pleural. Então, compare a 
densidade da área MARCADA EM VERDE (ar no espaço pleural) com a mesma região da imagem no 
lado oposto (parênquima pulmonar normal). Agora que entendemos a aparência do ar na 
cavidade pleural, olhe para o hemitórax esquerdo, que tem densidade claramente reduzida. O 
pulmão normal, à direita, apresenta-se levemente mais denso (mais branco). As outras dicas 
são: a ausência da trama pulmonar à esquerda e o desvio do mediastino para a direita 
(lembre-se de onde costuma ver a sombra do coração em radiografias de tórax do dia a dia). 
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Questão 547489:
Nesta questão temos homem adulto jovem, com dor inicialmente epigástrica que MIGROU para 
fossa ilíaca direita (FID). Apresenta também alteração da consistência das fezes, 
taquicardia, irritação peritoneal (Blumberg positivo), leucocitose com desvio. Temos então 
um quadro clínico de apendicite aguda. Para saber quando solicitar exame de imagem devemos 
lembrar do Escore de Alvarado (descrito abaixo os achados com a pontuação correspondente): 
- Dor migra para FID (1 ponto);- Anorexia (1 ponto);- Náuseas ou vômitos (1 ponto);- Dor à 
palpação (sensibilidade/inflamação) em FID (2 pontos);- Descompressão brusca e dolorosa em 
FID (1 ponto);- Temperatura > 37,5ºC (1 ponto);- Leucocitose (2 pontos);- Desvio para a 
esquerda (1 ponto); Para pacientes com Alvarado maior ou igual a 7 temos um diagnóstico 
muito provável de apendicite, podendo indicar apendicectomia sem necessidade de exames de 
imagem (principalmente se houver indisponibilidade de realização do exame nas próximas 3 
horas); Nosso paciente apresentou dor migratória (1), leucocitose (2), dor em FID (2), 
descompressão brusca (1) e desvio para a esquerda (1), totalizando 7 pontos. Vemos então 
que o diagnóstico provável é apendicite aguda e a conduta é cirurgia (sem a 
obrigatoriedade de imagem). Resposta: letra A. 
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Questão 547490:
Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O tipo histológico mais comum (95% dos 
casos) é o adenocarcinoma gástrico. Aproximadamente 3% dos tumores malignos do estômago 
são do grupo dos linfomas. Os sarcomas, incluindo o leiomiossarcoma, lipossarcoma, sarcoma 
neurogênico e o fibrossarcoma são tumores malignos relativamente raros. O leiomiossarcoma 
do estômago representa cerca de 1% dos cânceres gástricos. Letra B: incorreta. As 
manifestações clínicas mais comuns são dispepsia associada à dor, perda de peso, anorexia, 
náuseas e vômitos. Letra C: correta. Assim como qualquer outra neoplasia gástrica, os 
linfomas, de fato, podem se apresentar como uma massa tumoral. Letra D: incorreta. A 
grande maioria dos pacientes apresenta a doença limitada ao estômago, somente 10% 
apresenta a doença em estágio avançado. Letra E: incorreta. Os dois subtipos mais comuns 
são linfoma difuso de grandes células B e o linfoma MALT. Para o primeiro subtipo, o 
tratamento tradicional é a gastrectomia total seguida de radio e quimioterapia, por outro 
lado, no caso do linfoma MALT, a erradicação do H. pylori pode ser o suficiente para 
promover a regressão tumoral. Resposta: letra C. 
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Questão 547493:
Vamos aproveitar para relembrar a classificação de Forrest: Tipo IA - Sangramento em jato; 
Tipo IB - Sangramento em babação; Tipo IIA - Vaso visível; Tipo IIB - Coágulo aderido; 
Tipo IIC - Fundo hematínico; Tipo III - Úlcera com base clara, sem sangramento. Como 
vimos, IA representa o sangraento em jato. Resposta: letra A. 
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Questão 547494:
A questão nos mostra um paciente no sexto dia de pós-operatório de apendicectomia por 
apendicite aguda perfurada com abscesso em pelve, que evolui com distensão abdominal, 
febre e hipotensão. Diante deste quadro clínico devemos pensar na persistência do abscesso 
intracavitário e o exame de escolha para o diagnóstico é a tomografia computadorizada de 
abdome total. - ALTERNATIVAS B e E estão INCORRETAS: o quadro clínico do paciente não traz 
sintomas respiratórios, como a dispneia, para pensarmos em broncopneumonia ou TEP. - 
ALTERNATIVA C está INCORRETA: apesar de ser possível uma resistência à ceftriaxona e ao 
metronidazol, dependendo do volume do abscesso a conduta correta seria a drenagem e 
aguardar o resultado da cultura para guiar o escalonamento da antibioticoterapia. - 
ALTERNATIVA D está INCORRETA: a questão não cita sinais e sintomas característicos de 
obstrução intestinal, como parada de eliminação de gases e fezes e vômitos. Resposta: 
letra A. 
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Questão 547498:
Os cálculos biliares são 3 vezes mais comuns em mulheres do que em homens (afirmativa I 
incorreta), ocorrendo entre 11 e 25% da população geral (afirmativa II correta), sendo a 
grande maioria assintomática e apenas 15 a 20% apresentarão sintomas ao longo da vida 
(afirmativa III correta). A radiografia simples de abdome é de pouca utilidade no 
diagnóstico, demonstrando apenas 10% dos cálculos biliares, sendo o melhor exame a 
ultrassonografia (afirmativa V correta). Uma das suas complicações é a pancreatite aguda, 
sendo esta a principal causa, seguida do alcoolismo (afirmativa IV correta). Resposta: D. 
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Questão 547500:
Dois dados são importantíssimos para chegarmos ao diagnóstico: 1- fratura de fêmur; 2- 
clínica ventilatória dde início após 48 horas. No que devemos pensar? Embolia gordurosa. A 
história é justamente esta, vítima de trauma com fratura de osso longo, que desenvolve um 
quadro respiratório agudo aliado à hipoxemia, alterações neurológicas e petéquias, achados 
característicos de embolia gordurosa. Nesta condição, partículas de gordura da medula 
óssea embolizam para a microcirculação, obstruindo os vasos e causando vasculite, 
mecanismo fisiopatológico das principais manifestações: hipoxemia (inflamação da 
vasculatura pulmonar), alterações neurológicas (agravadas pela hipoxemia) e rash petequial 
(obstrução de vasos da pele, com extravasamento de hemácias). O tratamento é de suporte. A 
prevenção é feita com a rápida abordagem das fraturas (imobilização e correção cirúrgica). 
Gabarito letra A. 
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Questão 547501:
É como chamamos no MEDGRUPO de "entorse da prova". A questão é conceitual... A entorse do 
tornozelo ocorre por lesão do ligamento talofibular

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