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O quadro descrito é de angina mesentérica ou seja, isquemia mesentérica crônica. Clinicamente se manifesta, cerca de 20 a 30 min depois de grande r...

O quadro descrito é de angina mesentérica ou seja, isquemia mesentérica crônica. Clinicamente se manifesta, cerca de 20 a 30 min depois de grande refeição, por dor abdominal pós-prandial extremamente intensa, podendo durar 2 a 4 h. Entre as refeições, o paciente está livre da dor. A nítida relação desta com a alimentação o leva a diminuir a ingestão alimentar. Embora essa sequência de comer-doer leve ao medo de se alimentar, o apetite permanece bom. Isso associado a esteatorreia, de leve a moderada, causa importante perda de peso, sugerindo neoplasia. Sintomas menos frequentes são diarreia ou constipação, náuseas, vômitos e distensão abdominal. É comum o encontro de fatores predisponentes, como diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo e, principalmente, idade avançada. O exame físico revela sinais de doença aterosclerótica avançada, eventualmente sopro abdominal e sinais de emagrecimento. o Exames baritados e endoscópicos são realizados inicialmente para investigação da dor e perda ponderal, e não costumam apresentar alterações. Porém, o achado de múltiplas úlceras antrais atípicas, não responsivas ao tratamento convencional para doença péptica, pode ser um indício de doença isquêmica. O duplo estudo ultrassonográfico que associa o modo B Doppler pode ser uma forma não invasiva de demonstrar o fluxo sanguíneo insuficiente, aprimorado pelo teste provocativo com alimentação. Embora ainda hoje a ultrassonografia seja promissora, na suspeita de angina abdominal impõe-se o estudo angiográfico. Este é positivo quando exibe estreitamento de 50% ou mais da luz em, pelo menos, duas das três grandes artérias e com evidente fluxo colateral. Porém, as alterações angiográficas só são válidas para diagnóstico de angina abdominal se associadas a fortes evidências clínicas e afastadas outras causas de dor. O tratamento clínico, visando manutenção ou recuperação do estado nutricional e de hidratação do paciente, consiste em redistribuição da alimentação durante o dia e/ou, se necessário, hiperalimentação parenteral, enquanto se realizam testes diagnósticos e se decide por tratamento cirúrgico. As opções cirúrgicas são trombectomia transaórtica, bypass através de prótese de safena ou, ainda, reimplante arterial. Como alternativa à cirurgia, pode-se realizar angioplastia percutânea, se a lesão for em local acessível. A importância maior de um pronto diagnóstico da angina abdominal é que esta geralmente precede um episódio de infarto intestinal. Resposta a.

Essa pergunta também está no material:

Coloproc Prova
91 pág.

Med Curso 2018

💡 1 Resposta

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A alternativa correta é a letra A.

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