O artigo 1.196 do Código Civil adotou a teoria objetiva da posse, que considera possuidor aquele que exerce de fato algum dos poderes inerentes à propriedade. No entanto, essa concepção não condiz com as noções de função social, direito à moradia e garantia da dignidade da pessoa humana, consagrados constitucionalmente. Assim, a posse é um direito autônomo, que não está subordinado ao direito de propriedade e nem se reduz à sua exteriorização. A proteção de que goza a propriedade deve igualmente abranger a posse, pois tanto uma quanto a outra servem de veículo para que o homem alcance grau superior em termos de qualidade de vida, indiferentemente seja ela exercida sobre bem móvel ou imóvel, urbano ou rural.
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