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PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE As medidas restritivas de liberdade estão subordinadas a três princípios, quais sejam: PRINCÍPIO DA...

PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE
As medidas restritivas de liberdade estão subordinadas a três princípios, quais sejam: PRINCÍPIO DA BREVIDADE (ART. 121 ECA) A medida deverá ser o de menor tempo possível. Em regra, a medida terá prazo máximo de 03 anos ou até que o adolescente complete 21 anos, e será revista de 06 em 06 meses; no caso de descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente aplicada, o prazo máximo será de 03 meses; no caso de internação provisória, o prazo máximo é de 45 dias. Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE (ART. 122, §2º ECA) Aplicada somente em casos excepcionais — necessidade pedagógica para tanto. Havendo a incidência e não necessidade pedagógica não se aplica e vice-versa. Isto é, tem que haver a incidência e a necessidade. Art. 122 § 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. PRINCÍPIO DO RESPEITO À PECULIAR CONDIÇÃO DE PESSOA EM DESENVOLVIMENTO (ART. 112, §3º C/C 123 ECA) Art. 112, § 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições. Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Parágrafo único. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas. No que tange às atividades externas na internação, estas podem ser realizadas, a critério da equipe da entidade de atendimento, salvo expressa determinação judicial em contrário, devidamente fundamentada. Diferentemente do que ocorre no regime de semiliberdade, na internação, os menores deverão ser escoltados nestas atividades externas. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS É perfeitamente possível a aplicação do princípio da insignificância, desde que observadas a mínima ofensividade, ausência de periculosidade e o reduzido grau de reprovabilidade da conduta do adolescente. PRESCRIÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS No ECA não tem nenhuma regra sobre. Duas correntes tentam explicar a situação: 1ª C (minoritária): Não existe prescrição de ato infracional, uma porque o ECA não prevê; outra porque medida socioeducativa não é pena, ou seja, não tem finalidade retributiva, mas educativa. 2ª C (MAJORITÁRIA): Existe prescrição de ato infracional. Embora medida socioeducativa não seja pena, ela tem caráter retributivo e repressivo (caráter punitivo). Súmula 338 do STJ: STJ Súmula: 338 - A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas. Sim, conforme diz a Súmula 338 do STJ. E como fixar este prazo? Resposta: Não há previsão legal, mas SE entende que: ● PSC = 1 ano e meio de prazo prescricional (prazo máximo da medida e leva ao art. 109 CP, reduzindo pela ½ por ser menor de idade); 06 meses (menos de 01 ano), prescreve em 03 anos, que será reduzido da metade, portanto, 1 ano e meio. ● Liberdade assistida (LA.) = não possui prazo máximo e mesmo considerando a ½ o prazo é alto. O mesmo acontece na Semiliberdade e Internação. Vale dizer, que a defensoria utiliza o prazo mínimo da LA. para descobrir o prazo prescricional. Prazo mínimo é de seis meses, utiliza o mesmo raciocínio acima. Aplicam-se ao ECA as regras de prescrição do CP. Assim, a prescrição da pretensão punitiva do ato infracional regula-se pelo máximo da pena cominada ao crime ou contravenção ao qual corresponde o ato infracional. Já a prescrição da pretensão

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Direito da Criança e do Adolecente
279 pág.

Estatuto da criança e do adolescente (ECA) Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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Os três princípios das medidas restritivas de liberdade são: 1. Princípio da brevidade: a medida deve ser a de menor tempo possível, com prazo máximo de 03 anos ou até que o adolescente complete 21 anos, e será revista de 06 em 06 meses; no caso de descumprimento reiterado e injustificado de medida anteriormente aplicada, o prazo máximo será de 03 meses; no caso de internação provisória, o prazo máximo é de 45 dias. 2. Princípio da excepcionalidade: a medida deve ser aplicada somente em casos excepcionais, havendo necessidade pedagógica para tanto. Havendo a incidência e não necessidade pedagógica não se aplica e vice-versa. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. 3. Princípio do respeito à peculiar condição de pessoa em desenvolvimento: os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições. A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.

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