A terapia nutricional em cuidados paliativos deve ter como primeiro objetivo aumentar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas de impacto nutricional e psicossociais. A escolha da via de administração da TNE deve priorizar o que é mais fisiológico e seguro ao paciente. Os critérios de indicação, objetivos e metas devem ser definidos e constantemente monitorados, atentando para o momento clínico e as alterações metabólicas que a criança possa apresentar. A terapia nutricional deve ser feita de forma segura e eficaz, tornando-se importante na decisão de implementação a presença da equipe multiprofissional. A dieta via oral deve ser preferencial, desde que o TGI esteja íntegro, o paciente apresente condição clínica para realizá-la e assim o deseje. A escolha da via deve ser criteriosa, para poupar a criança e o adolescente de mais um procedimento invasivo. A terapia nutricional enteral via sonda deve ser discutida com os pais e/ou responsáveis, com o paciente, se possível, e com a equipe de saúde. Em pacientes impossibilitados de se comunicarem, comatosos, com rebaixamento do nível de consciência ou confusão mental, em especial aqueles em situação de fim de vida, deve-se considerar a opinião dos familiares. A terapia nutricional pode ser indicada e utilizada, porém a decisão relacionada com sua prescrição deve considerar o quadro clínico, o prognóstico, os riscos e os benefícios da terapia proposta, os princípios da bioética e, sobretudo, a vontade do paciente e do familiar.
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