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A terapia nutricional em cuidados paliativos deve ter como primeiro objetivo aumentar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas de impacto nutricional e psicossociais. Há uma escassez de evidências sobre papel, uso, benefícios e desafios da terapia nutricional em crianças com câncer em cuidados paliativos. O plano de cuidado da criança exige atuação da equipe multiprofissional e objetivos claros de cuidado com as crianças e suas famílias. A prática atual relacionada com o tratamento varia consideravelmente, e não há uma abordagem padrão para essa situação. A escolha da via de administração da TNE deve priorizar o que é mais fisiológico e seguro ao paciente. Além disso, os critérios de indicação, objetivos e metas devem ser definidos e constantemente monitorados, atentando para o momento clínico e as alterações metabólicas que a criança possa apresentar. Quando administrada, a terapia nutricional deve ser feita de forma segura e eficaz, tornando-se importante na decisão de implementação a presença da equipe multiprofissional. Sua indicação deve minimizar déficits nutricionais, complicações e custos hospitalares. Indica-se a terapia nutricional em caso de anorexia, para atender às necessidades nutricionais e promover melhora da condição clínica e nutricional e da qualidade de vida. Está contraindicada quando o potencial de risco é maior do que o benefício ou quando gere algum tipo de desconforto. Em pacientes no fim da vida, raramente está indicada; e deve seguir uma decisão baseada na discussão da equipe e no diálogo com a família. Sempre que possível, a dieta via oral deve ser preferencial, desde que o TGI esteja íntegro, o paciente apresente condição clínica para realizá-la e assim o deseje. A escolha da via deve ser criteriosa, para poupar a criança e o adolescente de mais um procedimento invasivo. Por essa razão, a indicação da terapia nutricional enteral via sonda deve ser discutida com os pais e/ou responsáveis, com o paciente, se possível, e com a equipe de saúde. Em pacientes impossibilitados de se comunicarem, comatosos, com rebaixamento do nível de consciência ou confusão mental, em especial aqueles em situação de fim de vida, deve-se considerar a opinião dos familiares. A equipe multiprofissional deve estar preparada para discutir e definir junto à família a melhor conduta nesse momento. Embora controversa, sabe-se que a terapia nutricional proporciona, na maioria das vezes, melhora na qualidade de vida. No entanto, pouco se demonstrou sobre se exerce influência na sobrevida dos pacientes, devendo ser utilizada com cautela. Ainda se discute o uso da terapia nutricional parenteral em pacientes em cuidados paliativos. Não há evidências para sua recomendação, sobretudo na fase do fim da vida. No entanto, em algumas situações de obstruções intestinais irreversíveis, presença de fístulas intestinais, vômitos intratáveis, TGI não funcional e impossibilidade de ingestão por VO e, desde que contribua com melhor qualidade de vida e expectativa de sobrevida considerável, a nutrição parenteral pode ser considerada. Assim, a terapia nutricional em cuidados paliativos pode ser indicada e utilizada, porém a decisão relacionada com sua prescrição deve considerar o quadro clínico, o prognóstico, os riscos e os benefícios da terapia proposta, os princípios da bioética e, sobretudo, a vontade do paciente e do familiar.

Essa pergunta também está no material:

consenso de nutrição oncologica
164 pág.

Nutrição Humana Centro Universitário ChristusCentro Universitário Christus

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A terapia nutricional em cuidados paliativos deve ter como primeiro objetivo aumentar a qualidade de vida do paciente, minimizando os sintomas de impacto nutricional e psicossociais. A escolha da via de administração da TNE deve priorizar o que é mais fisiológico e seguro ao paciente. Os critérios de indicação, objetivos e metas devem ser definidos e constantemente monitorados, atentando para o momento clínico e as alterações metabólicas que a criança possa apresentar. A terapia nutricional deve ser feita de forma segura e eficaz, tornando-se importante na decisão de implementação a presença da equipe multiprofissional. A dieta via oral deve ser preferencial, desde que o TGI esteja íntegro, o paciente apresente condição clínica para realizá-la e assim o deseje. A escolha da via deve ser criteriosa, para poupar a criança e o adolescente de mais um procedimento invasivo. A terapia nutricional enteral via sonda deve ser discutida com os pais e/ou responsáveis, com o paciente, se possível, e com a equipe de saúde. Em pacientes impossibilitados de se comunicarem, comatosos, com rebaixamento do nível de consciência ou confusão mental, em especial aqueles em situação de fim de vida, deve-se considerar a opinião dos familiares. A terapia nutricional pode ser indicada e utilizada, porém a decisão relacionada com sua prescrição deve considerar o quadro clínico, o prognóstico, os riscos e os benefícios da terapia proposta, os princípios da bioética e, sobretudo, a vontade do paciente e do familiar.

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