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Com relação à natureza declaratória da ação de usucapião, Câmara afirma, ao tratar da sentença de procedência do pedido de usucapião, in verbis: “N...

Com relação à natureza declaratória da ação de usucapião, Câmara afirma, ao tratar da sentença de procedência do pedido de usucapião, in verbis: “Não há muitas dúvidas a respeito da natureza da sentença de procedência do pedido em ‘ação de usucapião’: trata-se de sentença meramente declaratória. A sentença de procedência do pedido em ‘ação de usucapião’ não constitui o direito de propriedade, mas tão-somente reconhece um domínio preexistente. Isto decorre de alguns fatores. Em primeiro lugar, é de se recordar que a jurisdição não é função constitutiva, mas meramente declaratória de direitos. Esta característica essencial da jurisdição estaria sendo negada se afirmássemos que é a sentença judicial que, no caso em exame, cria o direito subjetivo de propriedade. A sentença não cria direitos, apenas reconhece direitos preexistentes. Constitutivas, como visto, no primeiro voluma desta Lições, são as sentenças que criam, modificam ou extinguem relações jurídicas, e não direito subjetivos. Ora, parece evidente que a propriedade não é uma relação jurídica, mas um direito subjetivo, razão pela qual não poderia ser criada por uma sentença constitutiva. Além disso, é de se afirmar que é possível a alegação de usucapião em defesa [...]. Ora, só se pode admitir a alegação do usucapião como matéria de defesa se for aceita a natureza meramente declaratória da sentença”. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. v. 3. 15. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 379/380).

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A sentença de procedência do pedido em ação de usucapião é meramente declaratória, ou seja, não cria o direito de propriedade, mas apenas reconhece um domínio preexistente. A jurisdição não é função constitutiva, mas meramente declaratória de direitos. A propriedade não é uma relação jurídica, mas um direito subjetivo, razão pela qual não poderia ser criada por uma sentença constitutiva. Além disso, é possível a alegação de usucapião em defesa somente se for aceita a natureza meramente declaratória da sentença. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. v. 3. 15. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 379/380).

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