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DIFERENÇAS ENTRE A LEUCEMIA E O LINFOMA E SEUS RESPECTIVOS TIPOS - SEMANA 10 Leucemias e linfomas são neoplasias da linhagem linfohematopoiética. S...

DIFERENÇAS ENTRE A LEUCEMIA E O LINFOMA E SEUS RESPECTIVOS TIPOS - SEMANA 10 Leucemias e linfomas são neoplasias da linhagem linfohematopoiética. São doenças semelhantes, exceto que a célula que sofre as mutações nos linfomas é mais madura do que os precursores acometidos no caso das leucemias agudas. Com isso, a proliferação não será de células indiferenciadas, mas sim de linfócitos maduros. No entanto, por derivarem de um único clone, e por apresentarem alterações funcionais, elas deixam de exercer sua função normal na defesa, além de crescerem de forma descontrolada. Por este motivo, o quadro clínico dos linfomas costuma ser o de crescimento anormal de linfonodos, ou de outros locais onde existem células linfoides (baço, fígado ou outros órgãos). As leucemias e os linfomas se subdividem em subgrupos de importância clínica, que influenciam muito o tratamento e o prognóstico. O conhecimento destas subdivisões é importante, pois o termo leucemia engloba diferentes doenças, de diferentes gravidades. As leucemias se dividem em agudas e crônicas, e em mieloides ou linfoides. As agudas são aquelas em que há um bloqueio completo da maturação das células do sangue, de modo que as células indiferenciadas (blastos) predominas no sangue do paciente. A diferença entre leucemia aguda mieloide ou linfoide exige a avaliação laboratorial mais detalhada destes blastos, para que saibamos se a origem do clone com as mutações é de um precursor que daria origem a linfócitos ou a células da linhagem mieloide (hemácias, plaquetas, neutrófilos, entre outros). As leucemias crônicas podem ser definidas como aquelas em que não há a perda da capacidade de maturação das células, mas sim a perda do controle de proliferação das mesmas. Desta forma, teremos um quadro clínico caracterizado pelo acúmulo de células maduras, com função relativamente preservada. No caso da leucemia mieloide crônica, observamos um acúmulo de praticamente todas as células de linhagem mieloide, em quantidade muito superior ao usual. No caso da leucemia linfoide crônica, temos na verdade a proliferação de linfócitos maduros na medula óssea, que circulam em número acima do normal. Em relação aos linfomas, a principal subdivisão é entre os Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, que é feita pela presença ou ausência de um tipo de célula nas biópsias dos pacientes. Uma classificação igualmente importante do ponto de vista clínico é entre os linfomas indolentes e agressivos. Conforme o subtipo de linfoma não Hodgkin, a proliferação clonal ocorre de forma mais ou menos rápida (agressivos ou indolentes respectivamente), o que modifica drasticamente o tratamento. No caso dos linfomas agressivos, o tratamento baseia-se em quimioterapia e imunoterapia com o objetivo de erradicação completa da doença. Em alguns casos, o transplante de medula óssea pode ser utilizado. Já nos linfomas indolentes, o tratamento tem como objetivo o controle dos sintomas, na medida em que o crescimento mais lento em geral não ameaça a vida do paciente. Por estes motivos, muitos pacientes com estes subtipos de linfoma não apresentam sequer necessidade de tratamento. As manifestações clínicas das leucemias agudas resultam da redução na produção de leucócitos, glóbulos vermelhos (hemácias) ou plaquetas, e consistem em risco aumentado de infecções graves, anemia e sangramento. Raramente podemos observar alterações na circulação decorrente do grande número de blastos, ou insuficiência renal decorrente da produção e morte destas células. Crescimentos de massas (tumores), comuns em outros tipos de câncer, são raros no caso das leucemias agudas. Já os linfomas se manifestam como massas de crescimento anormal, em geral nos linfonodos (gânglios) do pescoço, axila ou virilha. Estes linfonodos costumam ter mais que 2 a 3cm de diâmetro, ser indolores, e crescerem em grupos, independentes de uma infecção. Também pode haver crescimento de massas em qualquer outra parte do corpo, já que os linfócitos (célula normal que dá origem ao linfoma) existe em praticamente todos os tecidos. Outra manifestação comum dos linfomas são os chamados “sintomas B”, que incluem a perda de mais de 10% do peso corporal em 6 meses (na ausência de dieta ou alterações da dieta importantes), sudorese noturna e febre sem foco evidente. Por fim, é importante destacar que o diagnóstico das leucemias e dos linfomas requer a avaliação dos tecidos acometidos por técnicas laboratoriais complexas. Isto é feito a partir de uma amostra de medula óssea para as leucemias, ou biópsia de linfonodo (ou de qualquer outra parte do corpo onde se suspeite haver um linfoma), no caso dos linfomas.

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TICs VI - LEUCEMIA E LINFOMAS
3 pág.

Medicina Faculdade Santo Agostinho de Vitória da ConquistaFaculdade Santo Agostinho de Vitória da Conquista

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Leucemia e linfoma são neoplasias da linhagem linfo-hematopoiética. A principal diferença entre elas é que a célula que sofre as mutações nos linfomas é mais madura do que os precursores acometidos no caso das leucemias agudas. Com isso, a proliferação não será de células indiferenciadas, mas sim de linfócitos maduros. As leucemias e os linfomas se subdividem em subgrupos de importância clínica, que influenciam muito o tratamento e o prognóstico. As leucemias se dividem em agudas e crônicas, e em mieloides ou linfoides. As agudas são aquelas em que há um bloqueio completo da maturação das células do sangue, de modo que as células indiferenciadas (blastos) predominam no sangue do paciente. As leucemias crônicas podem ser definidas como aquelas em que não há a perda da capacidade de maturação das células, mas sim a perda do controle de proliferação das mesmas. Em relação aos linfomas, a principal subdivisão é entre os Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin, que é feita pela presença ou ausência de um tipo de célula nas biópsias dos pacientes. Uma classificação igualmente importante do ponto de vista clínico é entre os linfomas indolentes e agressivos.

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