Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LEUCEMIAS CRÔNICAS: Definição: bloqueio tardio na maturação e proliferação levando a forma celulares adultas em excesso Clínica: proliferação de células maduras sem tanta ocupação física na medula óssea (não tem citopenias) → ocorre leucemização precoce (corrente sanguínea = leucocitose por células adultas = contribuição de blastos e leucoestase) → infiltração tecidual (baço, fígado e linfonodo) LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA: Definição: acúmulo da linhagem mieloide causada pela translocação do cromossomo 9 com o cromossomo 22, dando origem ao cromossomo Philadelphia (gene BRC/ABL = tirosina quinase) Clínica: • Basofilia e eosinofilia • Neutrofilia com desvio para a esquerda: infecção não é frequente, pois acumula as células imunológicas adultas que exercem sua função, logo, esses pacientes dificilmente se tornam infectados • Esplenomegalia de grande monta • Fosfatase alcalina leucocitária baixa (diferente da reação leucemoide = infecção, pancreatite, hepatite alcoólica) Diagnostico: medula óssea ou sangue periférico = gene BRC/ABL = cromossomo philadelphia Evolução: pode ocorrer crise blastica, que é semelhante a instalação de uma leucemia aguda Tratamento: inibir a tirosina quinase (imatimib = glivec) ou transplante de medula óssea LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA: Idade: mais comum em idosos Fisiopatologia: acúmulo da linhagem linfoide adulta = linfócito B CD05 Clínica: • Leucocitose com linfocitose • Hipogamaglobulinemia = infecções frequentes • Linfonodomegalia • Em casos graves / terminais anemia e plaquetopenia Diagnostico: sangue periférico com linfocitose (mais de 5.000) e linfócito B CD05 pela citometria de fluxo Estadiamento: BINET e RAI Tratamento: pesquisa de mutações como IGHV, TP53 e del (17p) LINFOMA Neoplasia originado do tecido linfoide (Cadeias linfonodais, timo, baco, tonsilas, mucosa -malt e adenoide) CLÍNICA: - linfadenopatia não dolorosa (cervical e supraclavicular) - febre, sudorese noturna, perda de mais de 10% do peso em seis meses - fadiga, prurido e eosinofilia DIAGNÓSTICO: biópsia linfonodal = sempre biópsia excisional Indicação de biópsia linfonodal: • Linfonodo maior que 2 cm • Linfonodo supraclavicular ou escaleno • Crescimento progressivo • Endurecido e aderido a planos profundos ESTADIAMENTO: I – apenas 1 cadeia ou estrutura linfoide afetada II – duas ou mais cadeias afetadas do mesmo lado do diafragma III – cadeias afetadas em ambos os lados do diafragma IV – acomete órgãos não linfoides a distancia (exemplo: fígado) LINFOMA DE HODKING: Características gerais: - Células de reed-sternberg = olhos de coruja (não é patognomônico) - Imunohistoquimica: CD15 e CD30 - Menos comum - Sempre se origina de linfócito B - Bom prognóstico (60-95% de cura) - Distribuição bimodal: mulheres entre 20-30 anos e homens com mais de 50 anos Particularidades clinicas: - Dor no linfonodo após ingestão de álcool - Disseminação por contiguidade - febre de Pel-Ebstein - Linfonodomegalia central = cervical, supraclavicular e mediatinal Laboratório: nada muito característico – anemia norma/norma, leucocitose, linfopenia, eosinofilia, aumento de mediadores inflamatório Subtipos: LH clássico: CD15/CD30 • Esclerose nodular: mais comum (65%) e predomina em jovens • Celularidade mista: segundo mais comum (25%) – HIV e EBV • Rico linfocitico: 5% dos casos – melhor prognostico • Depleção linfocitaria: 1% dos casos – pior prognóstico LH com predomínio linfocitario (CD20): muito raro LINFOMA NÃO HODKING: Características gerais: - Mais comum - Origem em linfócito B (mais comum), linfócito T e células NK - Acometimento periférico (epitroclear, anel de Waldeyer) - Disseminação hematogenica - Acometimento extranodal é comum - Pior prognostico Subtipos: LNH indolente: sobrevida de anos = principalmente folicular (segundo mais comum), mais em idosos , diagnóstico tardio, paliativo, mulheres LNH agressivo: sobrevida de meses = difuso de células B (mais comum), mais comum em idosos, cura de 40-60% LNH altamente agressivo: sobrevida de semanas = linfoma de Burkett e linfoblastico pré B, mais em crianças, cura em 50-80% TRATAMENTO: - Doença localizada (estágios I e II): quimioterapia + radioterapia - Doença disseminada (estágio III e IV): quimioterapia Fatores de pior prognostico: • Idade maior que 60 anos • LDH elevado • Presença de sintomas B • Doença extranodal • Status performance menor ou igual a dois • Estágios III e IV de Ann Arbor
Compartilhar