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Em uma de suas viagens à África, no outono de 1925, visitando uma reserva de caça, tornou-se claro para Jung o significado profundo da consciência....

Em uma de suas viagens à África, no outono de 1925, visitando uma reserva de caça, tornou-se claro para Jung o significado profundo da consciência. Vale a pena conhecer a maneira poética como ele a descreve:

Sobre uma colina pouco elevada, na vasta savana, nos aguardava um espetáculo inigualável. Até o mais distante horizonte percebíamos manadas imensas de gazelas, antílopes, gnus, zebras, javalis. Pastando e sacudindo as cabeças, moviam-se lentamente – ouvia-se apenas o grito melancólico de uma ave de rapina. Havia o silêncio do eterno começo, do mundo como sempre fora, na condição do não ser; pois há até bem pouco tempo, não havia ninguém lá fora para saber que havia este mundo. Afastei-me de meus companheiros até perdê-los de vista. Tinha a impressão de estar completamente só. Era o primeiro homem que sabia ser esse o mundo e que, através de seu conhecimento, acabara de criá-lo naquele instante. Tornou-se, então, extraordinariamente claro para mim o valor cósmico da consciência: o que a natureza deixa imperfeito, é aperfeiçoado pela arte, diz o dito alquímico. Eu, homem, em um ato invisível de criação, levo o mundo ao seu cumprimento, conferindo-lhe existência objetiva. Agora apreendia que o homem é indispensável à perfeição da criação, sendo o segundo criador do mundo; é o homem que dá ao mundo, pela primeira vez, a capacidade de ser objetivo – sem poder ser ouvido, devorando silenciosamente, gerando, morrendo, abanando a cabeça através de centenas de milhões de anos, o mundo se desenrolaria na noite mais profunda do não-ser, para atingir um fim indeterminado. [...] A consciência humana foi a primeira criadora da existência objetiva e do significado: foi assim que o homem encontrou seu lugar indispensável no grande processo de ser. (JUNG, 1975, p. 225-256 apud GRINGERB, 2017, p. 263).

Segundo esta citação pode-se afirmar que

Grupo de escolhas da pergunta



A inconsciência é o que torna a existência objetiva de todas as coisas.


O homem está no mundo para ter consciência de sua existência e de todas as coisas criadas por Deus.


A consciência humana é obra do criador e por isso consegue dar significados a existência das coisas.


A consciência para Jung é o que torna a existência objetiva de todas as coisas.


O mundo é obra de Deus e por ele determinado enquanto existência objetiva.

💡 1 Resposta

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Segundo a citação, pode-se afirmar que a consciência humana é obra do criador e por isso consegue dar significados à existência das coisas.

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