Buscar

exemplo disto está no atual debate sobre a discriminalização do aborto, a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a eutanásia. Período Apostólico...

exemplo disto está no atual debate sobre a discriminalização do aborto, a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a eutanásia. Período Apostólico Na Igreja Cristã primitiva existiram apóstolos apologetas como São Paulo (cf. 2Coríntios 10,5), São Pedro (cf. 1Pedro 3,15), São Judas Tadeu (cf. Judas 1,3), entre outros. A apologética que todos eles promoviam era principalmente dirigida contra os judeus e cristãos-judaizantes, os quais dificultavam a adesão de novos fiéis cristãos. Com efeito, os melhores exemplos da apologética do primeiro século se encontram no Novo Testamento. O livro dos Atos dos Apóstolos relata (18,24-25.27-28) que existiu um homem chamado Apolo que promoveu a defesa da fé de uma maneira audaz: "Entrementes, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e muito versado nas Escrituras, chegou a Éfeso. Era instruído no caminho do Senhor, falava com fervor de espírito e ensinava com precisão a respeito de Jesus (…) A sua presença foi, pela graça de Deus, de muito proveito para os que haviam crido, pois com grande veemência refutava publicamente os judeus, provando, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias" (BAM). Outra corrente religiosa que ampliou a apologética neste período foi o denominado "Gnosticismo cristão", o qual foi definitivamente derrotado no período seguinte, com a ajuda e intelectualidade de Ireneu de Lião (+202). Período Patrístico A literatura cristã do século II d.C. é sobretudo apologética, combatendo judeus, pagãos e imperadores. Justino Mártir aponta o cumprimento da profecia bíblica no Cristianismo. Irineu de Lião : Para Irineu, a Tradição é, de certo modo, superior à Escritura, pois os autores sacros antes pregaram, e só depois escreveram o que ensinaram. ADVERSUS HAERESES No século III, Tertuliano continua, com coragem, a apologética. Em Alexandria, Clemente compõe uma exortação à conversão chamada "O Protréptico". Orígenes sucede Clemente de Alexandria e refuta as acusações do pagão Celso em sua obra "Contra Celso". É com este autores, em especial, que a apologética alcança o refinamento filosófico. Eusébio de Cesareia, em sua "Preparação Evangélica" refuta Porfírio e vê, com Atanásio de Alexandria, a queda do Paganismo no Império Romano. Jerônimo e Agostinho de Hipona, no Ocidente, fazem brilhar a apologética cristã em obras como "Contra Helvídio" e "A Cidade de Deus". Sucedem-lhes Leão Magno e Gregório Magno. São Cirilo de Alexandria contra Nestório Idade Média No século VII, a apologética passa a responder aos muçulmanos. João Damasceno escreve diálogos entre cristãos e muçulmanos; Isidoro de Sevilha (século VIII), Pedro Damiano(século XI), Ruperto de Deutz (século XII) publicam debates. Abelardo redige um diálogo entre um filósofo, um judeu e um cristão. No século XIII, Tomás de Aquino escreve a monumental Suma Teológica e a "Suma contra os Gentios", abordando questões como a existência de Deus, a imortalidade da alma, a Santíssima Trindade e a Encarnação do Verbo. A partir do século XIV, as escolas de Scoto e Ockham passam a sustentar que só é possível alcançar a fé pela razão. Durante o Renascimento, Ficino elabora uma síntese entre a filosofia platônica e a fé cristã, defendendo a imortalidade da alma e a divindade de Cristo. Do século XVI ao século XVIII Nos séculos XVI e XVII verificou-se um grande desenvolvimento dos estudos teológicos, em parte proporcionado pela invenção recente da imprensa, pelos estudos humanistas e pela necessidade de instrução do povo, mas sobretudo deram ocasião e assunto a muitas obras os decretos, atos e estudos do Concílio de Trento: Em razão dos movimentos reformistas protestantes, os católicos do século XVI passam a se ocupar das disputas daí oriundas. O zelo apostólico e gênio persuasivo e insofismável de São Carlos Borromeu revolucionou a catequese católica. São Carlos Borromeu, Cardeal, orador, teólogo e escritor. O grande sábio Roberto Belarmino, doutor da Igreja, publicou De scriptoribus ecclesiasticis(Roma, 1613) e a monumental Disputationes de controversiis christianae fidei(escrita entre 1581–1593). O erudito Jacques-Bénigne Bossuet escreve Defesa da Tradição e dos Santos Padres(1693) e História de mudanças nas igrejas protestantes(1688). Jacques-Bénigne Bossuet, Bispo, orador, teólogo e escritor. A apologética católica deste período deve muito também aos gênios cruzados de Pedro Canísio, Bartolomeu Carranza, João Maier, Johann Faber de Heilbronn, Michael Helding, Hosius e Du Perron. O Cardeal Belarmino S.J. foi o mais célebre pelas suas obras contra as heresias da época, que demonstrou conhecer muito bem, o que lhe granjeou não poucos inimigos dentre os hereges. Também teve de suportar a sanha dos Bourbons, porque discorreu em seus escritos, de modo claro, sobre a reta doutrina sobre os direitos e deveres nas relações entre a Igreja e o Estado. Já Bossuet escreveu sobre "Histoire des variations des églises protestantes" em que faz a crítica das posições dos protestantes. No campo da Teologia Moral surgiram