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Manoel João (réu) Manoel ajuizou ação cautelar com pedido de alimentos provisionais (art. 852 do CPC) em face de João, com quem manteve união estáv...

Manoel João (réu) Manoel ajuizou ação cautelar com pedido de alimentos provisionais (art. 852 do CPC) em face de João, com quem manteve união estável por dez anos. Manoel passa por dificuldades financeiras e alega que desde o fim do relacionamento tem dificuldades para se manter, e que João (réu), por outro lado, além de dispor de boas condições financeiras, detém a posse dos bens que pertenceram ao casal. Na primeira instância, o juiz indeferiu o pedido. Inconformado, Manoel recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça competente também indeferiu o pedido de alimentos provisionais de Manoel pelos seguintes fundamentos: Ação cautelar. Alimentos provisionais. Pedido de liminar indeferido. Alimentos provisionais que o autor pretendia receber, enquanto pendesse de julgamento à apelação por ele interposta contra sentença que julgou extinta ação de reconhecimento e dissolução de união homoafetiva. Apelação provida, para permitir a prova da sociedade de fato, sem admitir a possibilidade de reconhecimento da situação jurídica de união homoafetiva. Impossibilidade jurídica, portanto, para se pleitear alimentos provisionais. Ausência de obrigação legal de um sócio alimentar o outro, na hipótese de desfazimento da sociedade. Recurso desprovido. Observe que a fundamentação da decisão do Tribunal de Justiça tem um argumento principal. Você, como advogado de Manoel, decide recorrer junto ao STJ. Para isso, você deve: a) indicar qual é o argumento fundamental ou principal da decisão do Tribunal de Justiça que será objeto do seu recurso; b) refutar esse argumento baseando-se na doutrina e na evolução da jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a matéria família homoafetiva.

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O argumento principal da decisão do Tribunal de Justiça é que não é possível pleitear alimentos provisionais em uma ação cautelar quando se trata de uma união homoafetiva, pois não há obrigação legal de um sócio alimentar o outro na hipótese de desfazimento da sociedade. Para refutar esse argumento, é possível utilizar a doutrina e a jurisprudência dos Tribunais Superiores que reconhecem a união homoafetiva como entidade familiar e, portanto, sujeita às mesmas obrigações e direitos das uniões heteroafetivas. Além disso, é possível argumentar que a necessidade de alimentos provisionais não está vinculada à existência de uma sociedade, mas sim à necessidade de quem os pleiteia. Dessa forma, é possível sustentar que a decisão do Tribunal de Justiça deve ser reformada para permitir que Manoel receba os alimentos provisionais necessários para sua subsistência enquanto aguarda o julgamento da apelação interposta contra a sentença que julgou extinta a ação de reconhecimento e dissolução de união homoafetiva.

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